CAMREN: Capitã Prolactinadora...

By Uvanachuva

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Lauren era a invasora e Camila, a proprietária. Só que não! Lauren G!P - Se não gosta, não leia!!! More

Cap. 1 - Meu Escritório
Cap. 2 - Mergulhei Nela
Cap. 4 - Acordo Com a Assistente
Cap. 5 - Você é Boa... Ao Telefone!
Cap. 6 - Não Jogo Limpo
Cap. 7 - Fique! Você e Sua Mesa
Cap. 8 - Má Ideia
Cap. 9 - Famosas Últimas Palavras
Cap. 10 - O conto da Ponte do Brooklyn
Cap. 11 - Vamos Fazer Dar Certo
Cap. 12 - Conselho Realista
Cap. 13 - Prolactina
Cap. 14 - Xereta
Cap. 15 - No Meu Escritório
Cap. 16 - Sr. Gravatinha
Cap. 17 - Era Minha Esposa
Cap. 18 - Fazer Meu Parceiro Brilhar
Cap. 19 - Não Gosta de Elogios?
Cap. 20 - Sr. Escargot
Cap. 21 - Talvez o Acorde
Cap. 22 - Um Sinal?
Cap. 23 - Posso Remarcar?
Cap. 24 - Como Me Inscrevo?
Cap. 25 - Não é o Que Você Faz
Cap. 26 - Um, Dois, Três...
Cap. 27 - Paraíso
Cap. 28 - Não Há Engano
Cap. 29 - Cicatriz
Cap. 30 - Foda Brava
Cap. 31 - Levi Archer Bodine
Cap. 32 - O Que Você Quer, Alexa?
Cap. 33 - Lábios Vermelhos
Cap. 34 - O Que Estamos Fazendo
Cap. 35 - Te Mostro Meus Movimentos
Cap. 36 - Vocês Brigam Muito?
Cap. 37 - Por Que Não se Senta?
Cap. 38 - Pratique o Que Prega
Cap. 39 - Incidentes Acontecem
Cap. 40 - Quero Fazer Amor Com Você
Cap. 41 - Eu Poderia Me Acostumar
Cap. 42 - Dia Tenso
Cap. 43 - Apenas Pareceu Certo
Cap. 44 - Nós, e Não Eu
Cap. 45 - Vamos Dar Um Jeito
Cap. 46 - Vá Se Foder
Cap. 47 - Relacionamentos à Distância Não Funcionam
Cap. 48 - Você Está Um Lixo
Cap. 49 - Ela Está Com Medo
Cap. 50 - Não Estava Preparada
Cap. 51 - Cor à Sua Vida
Epílogo
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Cap. 3 - Temos Um Probleminha

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By Uvanachuva

Pov Lauren

Girei o mostrador do meu relógio. Vinte minutos atrasada.

Ela era sexy e aquele pontinho fraco que permaneceu no meu coração, na verdade, me sentia mal por ela ter sido enganada. Mas vinte minutos? Eu cobrava 675 dólares por hora. Tinha acabado de perder 225 dólares parada em frente à maldita delegacia de polícia. Olhei uma última vez para o fim da rua e estava prestes a voltar para meu escritório quando um flash de cor virou a esquina.

Verde. Sempre gostei de verde. Como não gostar? Dinheiro, grama, aqueles sapos com olhos esbugalhados que eu adorava perseguir quando criança, mas hoje "gostar" foi promovido a "preferir" quando vi os peitos de Camila balançarem para cima e para baixo em sua blusa. Para uma moça pequena, ela
tinha peitos pequenos e perfeitos; combinavam bem com sua bunda redonda.

— Desculpe pelo atraso.

Seu casaco estava aberto e suas faces pálidas, cor-de-rosa por ela ter corrido o quarteirão. Ela estava diferente da outra noite. Seu cabelo comprido e ondulado estava solto, e a luz do sol iluminava algumas mechinhas douradas em sua cor acobreada. Ela tentava domá-lo enquanto falava.

— Peguei o trem errado.

— Eu estava quase indo embora. — Olhei para baixo, para meu relógio, e flagrei minúsculas gotas de suor em seu decote. Limpei a garganta e disse há quanto tempo estava esperando. — Trinta e cinco minutos. Serão 350 dólares.

— O quê?

Dei de ombros e mantive minha expressão estoica.

— Cobro 675 por hora. Você me fez perder mais de meia hora do meu tempo. Então serão 350 dólares.

— Não posso te pagar. Estou falida, lembra? — Ela ergueu as mãos, desesperada. — Enganada ao alugar seu escritório chique. Não deveria ter que te pagar esse dinheiro todo só porque perdi a hora.

— Relaxe. Estou brincando com você. — Pausei. — Espere. Pensei que tivesse pegado o trem errado.

Ela mordeu o lábio, parecendo culpada, e apontou para a porta da delegacia.

— Deveríamos entrar. Te deixei esperando por muito tempo.

Balancei a cabeça.

— Você mentiu para mim.

Camila suspirou.

— Desculpe. Perdi a hora. Não consegui dormir de novo ontem à noite. Isso tudo ainda parece um pesadelo para mim.

Assenti e, atipicamente, deixei passar.

— Vamos. Vamos ver se há uma chance deles pegarem esse cara.

Dentro da delegacia, o sargento da recepção estava falando ao telefone quando entramos. Ele sorriu e ergueu dois dedos. Depois que terminou de dizer à pessoa que ligou que circulares de supermercado roubadas seriam uma questão para o fiscal do correio e não a Polícia de NY, ele estendeu a mão, inclinando-se sobre o balcão.

— Lauren Jauregui... O que a traz até a escória? Baixando o nível hoje?

Sorri e apertei a mão dele.

— Algo assim. Como está indo, Frank?

— Nunca estive mais feliz. Vou para casa à noite, não tiro os sapatos na porta, deixo o assento da privada levantado depois de dar uma mijada e uso pratos de papel para não ter que lavar a merda toda. A vida de solteiro é boa, minha amiga.

Virei para Camila.

— Este é o sargento Frank Caruso. Ele me mantém empregada com a forma como troca de esposa. Frank, esta é Camila Cabello. Ela precisa preencher um B.O. Alguma chance de Mahoney estar trabalhando hoje? Talvez ele possa ajudá-la.

— Ele ficará fora por algumas semanas. Torceu o tornozelo perseguindo um criminoso por invasão. Mas vou dar uma olhada de quem é o turno e chamar alguém bom. O que aconteceu? Problema doméstico? Marido dando trabalho
para ela?

— Nada disso. Camila não é uma cliente comum. Ela alugou um espaço no meu edifício há algumas semanas.

Frank assobiou.

— Espaço na Park Avenue. Bonita e rica. Você é solteira, querida?

— Você nunca vai aprender, velhote?

— O que foi? Só testei feias e falidas. Talvez esse seja o meu problema.

— Tenho quase certeza de que não é isso.

Frank acenou para me fazer parar de falar.

— O que te traz aqui? O senhorio está causando problemas para ela ou algo parecido?

— Ela alugou minha sala por 2.500 dólares por mês. Pagou 10 mil adiantado. O problema é que ela não alugou com o senhorio. Foi enganada por alguém fingindo ser um corretor de imóveis enquanto eu estava fora da cidade e meu escritório era reformado.

— Por 2.500 por mês? No seu edifício?

— Ela é de Oklahoma.

Ele olhou para Camila.

— Não tem Monopoly em Oklahoma? Não conseguiu perceber que aquele lugar era cinco vezes o preço dos condomínios luxuosos normais?

Cortei o sargento Espertalhão antes de ele fazer Camila se sentir pior do que já se sentia. Afinal de contas, eu tinha ridicularizado seu julgamento na outra noite quando ela me surpreendeu com as boas-vindas que eu não estava esperando.

Era suficiente. Frank deu a ela alguns papéis para começar a preencher e nos levou a uma sala privada para aguardar. No caminho, parei para conversar com um velho amigo, e Camila tinha quase acabado de preencher os formulários quando me juntei a ela. Fechei a porta. Ela olhou para cima e perguntou:

— Você trabalha com casos criminais?

— Não. Só matrimoniais.

— Parece que todo policial te conhece.

— Meu amigo costumava trabalhar nesta delegacia. Alguns dos meus primeiros clientes foram policiais. Quando se é amigo de policial e faz um bom trabalho para um, você pega os casos da delegacia inteira e mais um pouco. Eles são leais. Pelo menos, uns aos outros. Mas é o emprego com taxa mais alta de divórcio na cidade.

Um minuto mais tarde, um detetive que eu nunca tinha visto entrou e anotou a
declaração de Camila, depois a minha. Quando terminou, disse que havia terminado comigo, se eu quisesse ir...
Eu não fazia ideia do porquê ainda estava ali meia hora depois enquanto Camila pegava seu segundo livro grosso de fotos de criminosos.

Ela virou a página e suspirou.

— Não acredito no quanto muitos criminosos se parecem com pessoas comuns.

— Teria sido mais difícil para você entregar 10 mil em dinheiro se o cara parecesse um criminoso, não é?

— Acho que sim.

Cocei o queixo.

— Como você carrega esse tanto de dinheiro, a propósito? Um saco marrom de papel cheio de notas de cem?

— Não. — Seu tom foi defensivo, mas ela não disse mais nada. Então a encarei, aguardando. Ela revirou os olhos. — Certo. Mas não era um saco marrom de papel. Era branco. E tinha Wendy's escrito nele.

Ergui uma sobrancelha.

— Wendy's? O restaurante de fast-food? Tem mesmo uma queda por hambúrgueres, né?

— Coloquei o hambúrguer que tinha acabado de comprar para almoçar na minha bolsa e enchi o saco com o dinheiro porque não queria tirar as mãos dele no metrô. Pensei que seria mais provável alguém tentar roubar minha carteira do que meu almoço.

Ela tinha razão.

— Bem pensado para uma garota de Oklahoma.

Ela semicerrou os olhos para mim.

— Eu sou da cidade de Oklahoma, não da fazenda. Você acha que sou ingênua
só porque não sou de Nova York e por isso tomo decisões ruins.

Não consegui me controlar.

— Mas você deu 10 mil para um corretor falso em um saco do Wendy's.

Parecia que estava prestes a sair fumaça de suas orelhas. Felizmente, uma batida na porta me impediu de levar um sermão do estilo Oklahoma de novo.

Frank colocou a cabeça para dentro.

— Tem um segundo, advogada?

— Claro.

Frank abriu mais a porta, esperou que eu passasse por ela e a fechou antes de falar.

— Temos um probleminha, Lauren.

Ele tinha sua expressão de sargento ao apontar para a porta fechada onde Camila estava atrás, sentada.

— O procedimento padrão de operação é verificar a ficha do solicitante.

— Sim, e daí?

— A Oklahoma ali tem passagem. Tem um mandado pendente.

— Está me zoando?

— Queria estar. O novo sistema nos faz reportar o motivo de estarmos procurando o nome. O detetive que pegou a declaração dela já tinha relatado que ela estava no recinto. Não é como nos velhos tempos. Tudo pode ser rastreado agora. Ela terá que cuidar do mandado. Meu turno acaba em uma hora. Vou
pegar o mandado e levá-la para a corte para que responda às acusações e para que não precisemos algemá-la, se quiser. É crime de menor potencial ofensivo.
Tenho certeza de que ela pode entrar com um apelo e cuidar disso facilmente.

— Qual é a acusação?

Frank deu um sorrisinho.

— Atentado ao pudor.

                         ******************

— Então, me conte a história toda, do começo.

Nos sentamos em um banco do lado de fora da corte, esperando pela audiência da tarde começar.

Camila baixou a cabeça.

— Preciso mesmo?

Menti.

— Você terá que contar sua história para o juiz, então, como sua advogada, preciso ouvi-la primeiro.

Sem dúvida, ela ficaria brava quando visse que audiência de crimes de menor potencial ofensivo não exigia que ela recontasse os eventos em questão. Nós entraríamos, a declararíamos culpada, pagaríamos uma multa e sairíamos em uma hora. Mas meu dia todo foi perdido, então eu merecia um pouco de
divertimento. Além disso, eu gostava do lado feroz de sua personalidade. Ela ficava ainda mais sexy brava.

— Ok. Bom, eu estava aqui em Nova York no verão, visitando minha avó. E conheci um cara. Nós saímos algumas vezes, estávamos nos conhecendo, e essa noite específica de agosto estava muito quente e abafada. Tinha acabado de me formar no Ensino Médio e nunca tinha feito nada nem remotamente rebelde em
casa. Então, quando ele sugeriu que nadássemos nus na piscina pública, pensei:
Por que não? Ninguém nunca vai saber.

— Continue.

— Fomos ao hotel na rua 82 que tem uma piscina a céu aberto e pulamos a cerca. Estava tão escuro quando nos despimos que pensei que nem o cara conseguiria me ver.

— Então você se despiu? Que cor eram seu sutiã e calcinha? — Sério? Eu era uma doente por perguntar esse tipo de coisa. Mas, em minha imaginação distorcida, eu a via em uma calcinha pequena branca combinando com o sutiã de laço.

Ela pareceu momentaneamente em pânico.

— Você precisa mesmo saber de tudo isso? Foi há dez anos.

— Eu deveria. Quanto mais detalhes, melhor. Vai mostrar ao juiz que você se lembra bem da noite e ele vai achar que você está com remorso.

Camila mordeu seu polegar, refletindo.

— Brancos! Eles eram brancos.

Legal.

— Fio-dental ou normal?

Suas bochechas ficaram cor-de-rosa e ela cobriu o rosto com as mãos.

— Fio-dental. Deus, isso é tão embaraçoso.

— Esclarecer tudo agora vai facilitar as coisas.

— Ok.

— Você se despiu ou o cara te despiu?

— Eu me despi.

— Ok. O que aconteceu depois? Me conte todos os detalhes. Não deixe nada de fora. Você pode pensar que não é relevante, mas pode ajudar no seu caso.

Ela assentiu.

— Depois de me despir, deixei minhas roupas em uma pilha perto da cerca que pulamos. Jared, o cara com quem eu estava, tirou as roupas dele, deixou-as perto das minhas e foi para a prancha alta de mergulho e pulou.

— E depois?

— Depois a polícia chegou.

— Você ainda nem tinha entrado na água? Não brincou na piscina nem nada?

— Não. Nunca entrei na piscina. Logo depois de Jared subir para respirar, as sirenes estavam brilhando.

Senti como se eu tivesse sido trapaceada. Toda aquela história e era isso? Nem passadas de mão? Antes de eu poder perguntar mais coisas a ela, um oficial da corte anunciou uma lista de nomes. Escutei-o chamar Cabello, então guiei Camila para onde ele estava parado do lado de fora da corte com uma prancheta.

— Sala 132, no fim do corredor à sua direita. A assistente da corte irá encontrá-las lá para discutir seu caso antes de você ver o juiz.
Espere do lado de fora. Ela vai chamar seu nome quando for sua vez.

Eu sabia onde era a sala, então acompanhei Camila até o fim do corredor e nos sentamos no banco do lado de fora. Ela ficou quieta por um minuto. Quando falou, sua voz estava um pouco trêmula, como se estivesse lutando contra o choro.

— Sinto muito por tudo isso, Lauren. Provavelmente, te devo uns cinco mil dólares por todo o seu tempo e não posso nem te pagar quinhentos.

— Não se preocupe com isso.

Ela esticou o braço e tocou o meu. Eu tinha colocado a mão em suas costas quando caminhamos e também ao ajudá-la a sair do carro de polícia do sargento Caruso, que nos levou, mas era a primeira vez que ela me tocava. Gostei. Droga!

Eu não a conhecia bem, mas sabia o suficiente para saber que Oklahoma não era o tipo de mulher com quem se brinca. Eu precisava acabar com isso e dar o fora.

— Sério mesmo. Sinto de verdade e não sei como te agradecer por vir comigo hoje. Eu estaria destruída se você não estivesse aqui. Vou te pagar de algum jeito.

Consigo pensar em algumas formas.

— Tudo bem. De verdade. Não se preocupe com isso. Tudo será bem tranquilo, e estaremos fora daqui em vinte minutos.

Nesse instante, uma voz chamou de trás da porta.
— Cabello. Número do caso 18493094.
Advogada de Cabello?

Presumi que fosse a assistente da corte. Eu não pegava muitos casos criminais, apenas tráfico comum ou acusação de violência doméstica para um cliente de divórcio que valesse a pena. Mas a voz da mulher era vagamente familiar,
embora não conseguisse reconhecer.
Até abrir a porta.
De repente, ficou claro o motivo de ter soado familiar.

Já a tinha escutado antes.
Na última vez, ela estava gritando meu nome enquanto eu a estocava por trás no banheiro do escritório de uma firma de advocacia concorrente.

De todos os advogados no condado de Nova York, Keana Marie Issartel  tinha que ser nossa assistente.

Talvez "tranquilo" não fosse exatamente a palavra certa para como as coisas estavam prestes a acontecer.

*

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