PERPETUAL - MÁFIA KRAVT I Spi...

By lauvsanti

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Vitória é uma mulher decidida, brincalhona e sem um pingo de autopreservação. Estar no controle da sua própri... More

casting
soundtrack
prólogo
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bônus
série obscuros

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By lauvsanti

CAPÍTULO 13
VITÓRIA MOTTA

O caos causava uma turbulência em minha mente. Por mais que eu estivesse sentada em um sofá confortável eu sentia que estava em uma montanha russa onde a decida era íngreme demais e me roubava o ar.

Todo esse tempo eu tentei não surtar com minha vida virando de cabeça para baixo, tentei lembrar das palavras da minha mãe e tentei me lembrar de quem eu realmente era e ser fiel a isso.

Talvez tenha sido isso que tenha tido me impedido de sucumbir até o momento. Eu saber quem eu de fato sou, senão eu já teria me tornado o que essas pessoas falavam a meu respeito.

- Quer parar de remexer essa perna. Vai perder o pé dessa forma. – A voz irritadiça de Alex me puxa de volta para realidade.

Estávamos trancados em uma sala que parecia ser blindada. Alex e Mikhail pareciam não ter concorda muito com a ideia de ficarem me vigiando. E eu achava toda ideia ainda mais absurda, porque eu não era uma criança que precisava de duas babás de barba.

- Essa espera está me matando. – Resmungo.

Vladimir não confiava em mim e por mais que eu não devesse me surpreender com isso, de alguma forma me chocou e magoou. Tudo em relação a ele era intenso demais e instável demais e isso estava me matando.

Bufo frustrada ao me lembrar de nossa última conversa. Aquele idiota!

- Qual motivo de todo esse barulho? – Alex me encara com um sorriso de lado no rosto.

- Talvez porque eu não tenha motivos para sorrir. – Brado.

Meu irmão abaixa a cabeça e suspira pesadamente.

- Vitty, vamos tirar você daqui. Eu prometo.

Me tirar daqui?

E como se eu tivesse levado um soco no estomago eu perco o ar ao pensar no final de toda essa história. E no final eu não ficaria com Vladimir.

Que ideia ridícula. É obvio que eu não ficaria, o homem está louco para se livrar de mim. E eu devo manter em mente que eu devo me livrar dele primeiro.

E as memórias era o que restaria.

O som alto de uma explosão me faz pular do sofá. Meu peito subia e descia violentamente devido ao susto.

- O que foi isso? – Mikhail questiona alarmado.

Vladimir.

- Temos que ir lá ver. – Ando até a porta com urgência.

As mãos de Alex agarram meu braço e me puxam para longe da porta. Esbravejo e me solto de suas mãos.

- O que está fazendo? – Grito nervosa.

- Mikhail pode ir ver o que está acontecendo. – Alex fala sério.

E eu rio nervosa.

- Não seja um covarde, Alex. – Me viro para Mikhail que já estava com o fuzil nas mãos. – Vamos, ou você quer falar alguma coisa também?

Mikhail ergue uma sobrancelha em divertimento.

- Na verdade, quero falar algo. – Ele fala quando coloco a mão na maçaneta da porta. Me viro irritada. – Vai precisar de uma arma. – Ele entrega o revolver em minhas mãos.

Sinto o olhar de Alex em cima de mim e Mikhail sai da sala dando ordem aos soldados que estavam montando guarda do lado de fora.

- Vitória. – Alex segura minha mão. – Não se arrisque dessa forma. Não posso deixa-la morrer.

E o medo dele me contagia, porque eu também não queria morrer.

- Então não deixe. – Seguro seu rosto em minha mão. – Não posso deixa-lo sozinho, Alex. – Suspiro sentindo o peso da verdade em meu peito.

- Vitória, não siga por esse caminho. O que ele fez por você?

Ele me bagunçou completamente.

Não respondo e saio da sala e vejo Mikhail ainda falando com os soldados. O lugar onde estávamos é no subsolo e tivemos que subir três lances de escadas para sair do alçapão que ficava no fundo da casa.

A fumaça tomava conta dos corredores da casa e o silêncio que se seguiu me deixou alarmada. Os soldados se espalharam e Mikhail mandou que cada um de nós verificássemos uma ala da casa.

- Não vou deixar Vitória ir sozinha. – Alex protesta me irritando.

- Alex, para com isso. Eu sei me virar muito bem sozinha. E é um péssimo momento par querer bancar o irmão protetor sendo que não fez isso em anos. – Surto.

Sem esperar por uma resposta eu sigo na direção que Mikhail tinha apontado. A casa estava destruída e eu me pergunto como foi que tudo isso aconteceu em tão pouco tempo.

Tropeço em algo, me viro e vejo o corpo estendido no chão. Meu coração se comprimiu no peito em pensar em Vladimir. E uma vertigem me acometeu ao imaginar Vladimir no lugar do homem sem vida aos meus pés.

Me afasto o mais rápido que posso e vejo um homem armado conversando com outro de forma acelerada. Ele parecia estar nervoso.

Antes que um dos dois me veja eu me escondo embaixo da escada e ajeito a minha mira e rapidamente eu atiro nos dois.

- Vladimir. – Chamo sentindo que isso me acalmaria. – Vamos... – Olho ao redor nervoso. – Lord Vlad, cadê você.... – Penso alto.

Continuo procurando qualquer sinal de Vladimir e cada sala vazia em que eu entrava meu coração se apertava mais no peito.

E a raiva que eu senti era sem precedentes. O ódio por pensar em perde-lo dessa forma queimava em minhas veias.

Vladimir não podia ser tão idiota em morrer na mão de um bastardo coo Gynnad, não eu me negava a acreditar nisso. Ele não podia morrer, não antes de eu falar os diabos para ele e colocar ele e toda a marra dele no lugar certo.

Lord Vlad, você simplesmente não pode morrer.

O barulho saindo do escritório de Yvon chama minha atenção. Me aproximo de forma cautelosa e devagar eu abro a porta e paraliso no lugar ao ver Gynnad revirando as gavetas da mesa de madeira maciça que ficava no canto da sala.

Gynnad estava tão concentrada no que estava fazendo que nem percebe minha presença. Olho ao redor procurando por Vladimir e arfo ao ver um homem mal-encarado jogado no chão agonizando com uma faca enfiada em sua garganta.

Os olhos agoniados do homem jogado no chão encontram os meus e suas mãos alcançam meus tornozelos e ele aperta desesperado agonizando e aos poucos perdendo a força.

Quando meu olhar sobe em direção a Gynnad ele está me encarando e seus olhos denunciavam o seu desespero. O desespero de alguém que estava perdendo o controle, de alguém que estava sendo afogado pelas próprias mentiras.

Mentiras sejam elas as mais elaboras possíveis sempre são destruídas por verdades impetuosas.

E Gynnad parecia estar à mercê disso.

- Ora, ora, ora... – Ele fala se recompondo. – É sempre um prazer te ver Vitória. – Ele solta um riso frouxo.

- Onde ele está? – Pergunto séria.

Gynnad joga a gaveta aberta no chão e revira os olhos. Ele se apoia na mesa e me encara irritado.

- Vladimir? – Ele desdenha. – Ele está pela casa. – O sorriso sádico dele fez eu me afastar.

Vacilante eu olho em sua direção desconfiando de suas palavras.

- O que quer dizer com "ele está pela casa"?

Gynnad dá uma gargalhada sombria e eu levanto a arma em sua direção assustada.

- Quero dizer que os pedaços dele estão espalhados pela casa, queridinha. – Eu o fito. – É o mais provável depois de eu explodir ele.

Tudo ao meu redor pareceu perder a cor e eu sentia meu coração sendo espremido em meu peito. Abro meus olhos e a visão turva não me permite ver as feições de Gynnad.

Respiro fundo tentando controlar as emoções que estavam me entorpecendo. E eu decidi não acreditar nas palavras dele, porque se eu acreditasse eu não conseguia seguir adiante.

- Você é patético. – Solto um riso sôfrego.

Gynnad olha ao redor capcioso e age rapidamente jogando na minha direção a gaveta de madeira. Tento desviar o mais rápido que posso, mas ponta da gaveta quadrada pega na lateral do meu rosto me fazendo gritar com a dor.

De joelhos no chão ouço os passos pesados de Gynnad em minha direção. Recobro a postura e miro em sua direção quando ele já estava perto demais. Consigo disparar a arma duas vezes até que dá um soco em meu punho me fazendo largar o revolver com o golpe.

O soco em meu rosto vem logo em seguida me fazendo cair de cara no chão.

- Argh...

De esguelha vejo ele levantar os pés na intenção de pisar em cima da minha cabeça. Ignorando a dor lancinante em minha cabeça eu giro para o lado e me levanto lançando minha perna na direção do seu peito o chutando para trás.

Cambaleio para trás me sentindo zonza.

Corro em direção a arma e as mãos de Gynnad em meus cabelos me puxam me fazendo gritar. Me viro toda torna e soco seu rosto, mas ele não largava meu cabelo. Tento me virar para ele e a frustração me consome.

Em um golpe raivoso dou um soco em seu saco e ele solta meu cabelo na hora, ele geme de dor e curva o corpo para frente. Seguro sua cabeça e juntando todas as forças eu levanto meu joelho acertando em cheio sua cara.

Gynnad cai no chão desnorteado e gritando de dor. Me distancio dele procurando pela arma jogada no chão.

A adrenalina corria por minhas veias fazendo tudo ao meu redor parecer em câmera lenta. Eu ia matar esse desgraçado e eu faria isso com muito prazer.

Eu já podia imaginar o sangue escorrendo do buraco da bala em seu peito enquanto seus olhos me fitavam e eu seria a última coisa que esse desgraçado veria. E ele me veria mandando ele ir para o inferno.

A arma estava próxima do sofá, corro até ela e com ela em minhas mãos me viro rapidamente vendo Gynnad já de pé desnorteado.

- Sua vadia. – Ele ladra irado. – Eu não vou deixar você estragar tudo, sua vagabunda.

- Estou chocada com seu vocabulário extenso para ofensas. – Zombo.

Minha cabeça doía em níveis alarmantes e meu coro cabeludo estava ardendo pelos puxões de Gynnad.

- Vladimir achou mesmo que conseguiria me derrotar? Vocês são patéticos. Ninguém pode me derrotar.

- Nossa, quanta confiança.

Os olhos dele estavam vidrados no revolver em minhas mãos apontado em sua direção.

- Isso não morre comigo, italiana. – Ele balança a cabeça descontente. – Então pode atirar.

Gynnad estava com o nariz quebrado e sangrando. Ele se encosta na parede e me encara com um olhar arrogante que faz tudo em mim arder revoltada.

Meu dedo afunda no gatilho e o clique vazio faz meu corpo estremecer. Olho para Gynnad e ele estava com um sorriso gigantesco no rosto.

A arma estava sem bala.

A constatação fez eu rir desacreditada.

Gynnad corre em minha direção, jogo o revolver na sua cara e isso o atrasa um pouco me possibilitando ir tentar dar a volta nele e chegar até a porta da sala. Ele é um homem muito alto e bastante forte e quando seu punho se choca contra meu estomago eu perco completamente o ar.

O soco foi tão forte que a dor aguda me faz acreditar que ele tinha quebrado minha costela.

Ele vem por trás de mim e segura por trás da minha cabeça e com força bate minha cabeça contra a quina da mesa de madeira.

O grito estridente rasga por minha garganta e eu sinto o sangue quente escorrer por minha testa.

Minha visão estava turva e a dor parecia ter drenado minhas forças. Caio no chão e me arrasto para longe de Gynnad.

A risada aguda dele denuncia a proximidade dele. Me arrasto até o corpo do homem morto jogado no chão.

- Você é tão patética. – Gynnad ri.

Seus passos vão se aproximando e eu de forma cautelosa procuro por algo no corpo do homem jogado ao meu lado.

Eu sentia que estava me afundando em agonia. Minhas mãos corriam pelos bolsos do homem morto e eu não encontrava nada.

Gynnad era muito maior que eu e muito mais forte a desvantagem era evidente. Eu tinha que pensar rápido.

- Quando você apareceu na Rússia e Yerik logo se enfiou no meio das suas pernas eu até cheguei a ter um pouco de inveja dele. – A voz dele estava mais alta. – Acha que ainda dá tempo de a gente se divertir, Vitória? – Ele gargalha diante do meu desespero.

Eu suspiro aliviada quando minhas mãos encontram o cabo pistol de uma faca. Meu corpo é puxado com força fazendo eu me virar para cima.

Gynnad sobe em cima de mim colocando seus joelhos ao lado do meu corpo e se sentando em cima das minhas pernas.

O golpe tinha que ser exato, se ele tomasse a faca das minhas mãos eu não conseguia sair debaixo dele. Eu não tinha forças para empurra-lo.

- Vladimir tem que admitir que esse casamento não foi de todo ruim. – Suas mãos deslizam pela pele do meu rosto me fazendo grunhir.

E eu tento colocar meus pensamentos no lugar para tentar elaborar uma resposta à altura, mas a dor que eu estava sentindo estava me impedindo de pensar.

Gynnad fecha o punho e aperta abaixo da minha costela me fazendo gritar de dor. Com todo meu controle eu tento não tirar a mãos escondida com a faca debaixo do corpo do homem morto ao meu lado, para bater nele.

E a porta da sala se abre com tudo fazendo Gynnad se assustar e tirar as mãos de mim. Sinto que enfim posso respirar.

Minha cabeça cai para o lado cansada e vejo Vladimir em pé na porta olhando para mim assombrado. Seus olhos desviam para Gynnad em cima de mim e o seu semblante se fecha e sua ira é refletida em seus olhos frios.

E eu não tenho tempo de sentir alivio de ver Vladimir vivo bem a minha frente. Meus olhos se voltam para Gynnad que parecia ter esquecido da minha existência. E era minha chance de sair de suas garras.

Vladimir estava armado, mas eu podia ver seu receio de agir nessa situação.

- Quer se juntar a festa, Vladimir? – Gynnad zomba completamente focado em Vladimir.

Sem pestanejar eu puxo a faca e a enfio na lateral do pescoço de Gynnad. O sangue esguicha para todos os lados enquanto ele se vira para mim atordoado.

Gynnad leva as mãos até a faca e antes que ele a pegue eu retiro a faca do lugar e enfio em seu peito com toda minha ira.

Ao ver seu corpo cair ao meu lado agonizando eu subo em cima dele e esfaqueio seu peito deixando todo o ódio me dominar.

E naquele momento eu só tinha olhos para Gynnad, embaixo de mim já sem vida e todo ensanguentado enquanto eu ainda o esfaqueava irada.

Eu blasfemava a cada facada e gritava liberando toda ira contida dentro de mim.

Meu corpo todo estremece ao sentir alguém me tocando e eu solto a faca assustada. Vladimir estava agachado ao meu lado e uma de suas mãos estavam pousadas em minhas costas. Ele me olhava preocupado de uma forma angustiada.

- Foxy... – Ele sussurra.

Aos poucos eu vou voltando para realidade. Minhas mãos estavam ensanguentadas e Gynnad estava morto embaixo de mim. Eu pulo para longe do corpo dele e começo a limpar minhas mãos freneticamente.

- Foxy... – Vladimir se aproxima de mim e segura uma das minhas mãos. – Acalme-se.

E eu sinto meu coração se afundar dentro do meu peito e meus olhos encontram os dele. Vladimir me encarava aflito e enfim eu processo o fato dele estar aqui na minha frente. Vivo.

Corro até ele e me jogo em seus braços e o aperto contra mim deixando que todo o medo que eu senti transbordasse.

E sem controle das minhas emoções eu começo a chorar. E um grunhido esganiçado irrompe por minha garganta.

- Eu...eu... – Gaguejo. – Pensei que você tinha morrido. – Me afasto para encara-lo.

Meu corpo ainda tremia devido a todo nervosismo.

- Foxy, eu estou bem aqui. – Vladimir sorri, mas a preocupação não deixou seus olhos.

- Eu não queria acreditar que você tinha morrido. Eu... – Para de falar ao sentir os dedos dele acariciarem minha pele.

Vladimir emiti um ruído assustador e eu o encaro assustada.

- Olha o que o desgraçado fez com você. – A dor em sua voz é desesperadora. – Esse desgraçado, eu... – Vladimir se afasta possesso e passa as mãos nos cabelos.

- Lord Vlad... – Eu o chamo calmamente. – Estamos vivos, não é o que importa? – O medo ainda estava presente em minha voz.

Saber que Vladimir estava vivo teve poder calmante em meu corpo. Eu me sentia em inercia.

- Eu o matei. – Afirmo e estremeço ao ver o corpo todo esfaqueado no chão.

- Fez pouco. – Vladimir me puxa para ele. – Me desculpe. Eu vim o mais rápido que pude. Quando encontrei com seu irmão e Mikhail meu mundo desabou. Eu cansei de gritar por você, Vitória. E eu mais uma vez falhei com você. – A decepção em sua voz me machuca.

Seguro seu rosto em minhas mãos e vejo os machucados em sua pele. Suas roupas estavam sujas e rasgadas.

- Não seja tão duro com você mesmo, Vladimir.

- Você quase morreu, Vitória.

- Mas sem você talvez eu não tivesse sobrevivido. – Dou de ombros.

- O que? – Vladimir me fita confuso e irritado.

Não respondo sua pergunta, eu o fito em silêncio e foco em ir me acalmando. As dores logo se tornam presentes novamente e sinto toda minha cabeça doendo e meu rosto ardendo. Minha barriga doía pelo simples fato de eu respirar.

Olhar nos olhos de Vladimir me fez suspirar, eu estava tão feliz por vê-lo e eu queria poder abraça-lo e abrir meu coração dizendo que eu quase morri por simplesmente cogitar sua morte. E acreditar que ele estava vivo me fez lutar com Gynnad com todas minhas forças.

Mas eu prefiro me calar, porque eu não queria que ele achasse que isso significasse que eu o perdoei. Eu ainda estava magoada com ele e ele tinha que merecer meu perdão.

Eu odiava estar me apaixonando por ele, porque eu sabia que Vladimir nunca se permitiria me amar e nunca deixaria que eu o amasse.

Vladimir olha para Gynnad no chão e depois para o homem ao seu lado e vejo a tristeza se aprofundar em seu olhar.

- Gurkin. – Ele lamenta.

Yvon, Mikhail e Alex invadem a sala afobados. Todos olham na mesma direção de Vladimir e as lamentações são a mesma.

- Sinto muito. – Quebro o silêncio. – Quando cheguei aqui Gynnad já o tinha ferido. – Lamento.

Alex olha em minha direção e seus olhos me analisam e todo seu corpo fica tenso e ele vem até mim preocupado.

- Vitty... – Suas mãos passam por meus cabelos e seguram meu rosto com cuidado. – O que houve? Meu deus... – Ele passa a mãos por meu rosto e eu estremeço com a dor dos machucados.

Sorrio sem jeito e coloco minha mão sobre a sua a acariciando.

- Estou bem. – Sussurro acalmando-o.

Alex me puxa mais para perto e apoia a testa na lateral da minha cabeça.

- Me perdoa. – Sua voz sai estremecida.

- Não precisa disso... – Nego com a cabeça. – Estamos bem. – Sorrio fraca.

Yvon se aproxima de Vladimir e os dois encaram Gurkin tristes.

- Acha que ele perdeu o gravador? – Mikhail pergunta da porta da sala.

- Não. – Yvon afirma veemente. – Eu tinha dito para ele escondê-lo.

- Onde? – Mikhail questiona.

E Yvon caminha até um quadro atrás da enorme mesa de madeira e retira um quadro da parede e puxa o papel de parede vermelho da parede exibindo um cofre atrás de si.

Todos olham para ele em expectativa e eu só queria poder sair daquela sala. O cheiro metálico de sangue estava embrulhando meu estomago.

Saio correndo da sala e do lado de fora apoio minhas costas na parede sentindo tudo a minha volta rodando.

Era muita coisa acontecendo de uma só vez e eu estava um passo de desmoronar. A bagunça dentro de mim estava me sufocando. Fecho os olhos tentando me controlar, tentando me manter em pé.

- Vitória... – A voz distante de Vladimir me puxa de volta. – Foxy... – Sinto seus braços enlaçando minha cintura. – Me desculpa. – A sinceridade em seu pedido me faz abrir os olhos.

- Pelo que exatamente está pedindo desculpas? – Suspiro e deixo que seus braços me sustentem.

- Por ter falhado com você.

- Não! – Brado. – Não é isso que quero ouvir.

- Eu sinto muito por te decepcionar, Vitória. Por ter deixado você acreditar que existe algo dentro de mim que pertence a outra mulher. – Ele ergue meu queixo me obrigando a encarar seus olhos. – Sendo que tudo aqui dentro. – Ele coloca minha mão sobre seu coração. – Tudo, exatamente tudo, pertence a você.

Pisco atônita e sorrio para ele.

- Não pense que te perdoarei tão fácil assim. – Beijo seus lábios.

- Ah eu não seria tão prepotente dessa maneira. – Ele brinca.

Cansada eu apoio a cabeça em seu peito, a exaustão estava me esmagando e eu sentia meu tremendo.

- Me leve para casa, Lord Vlad... – Sinto seu corpo. – Para nossa casa. – Remendo.

E por mais que eu não tivesse olhando em seu rosto eu podia afirmar que meu Lord Vlad estava sorrindo. 

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