Amor Maluco

By alicejfsilva

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Apesar de crescer com a fama, Malu sempre procurou levar uma vida tranquila, morando em Hills City, uma peque... More

Aviso
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Parte 2 - Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80
Capítulo 81
Capítulo 82
Capítulo 83
Capítulo 84
Capítulo 85
Capítulo 86
Capítulo 87
Capítulo 88
Capítulo 89
Capítulo 90
Bônus Mike
Capítulo 91
Capítulo 92
Capitulo 93
Capítulo 94
Parte 3 - Capítulo 95
Capítulo 96
Capítulo 97
Capítulo 98
Capítulo 99
Capítulo 100
Capítulo 101
Capítulo 102
Capítulo 103
Capítulo 104
Capítulo 105
Capítulo 106
Capítulo 107
Capítulo 108
Capítulo 109
Capítulo 110
Capítulo 111
Capítulo 112
Capítulo 113
Capítulo 114
Capítulo 115
Capítulo 116
Capítulo 117
Capítulo 118
Capítulo 119
Capítulo 120
Capítulo 121
Capítulo 122
Capítulo 123
Capítulo 124
Capítulo 125
Capítulo 126
Capítulo 128
Capítulo 129
Capítulo 130
Epílogo
Agradecimentos

Capítulo 127

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By alicejfsilva

Meus olhos travam e focam na escolha perfeita de imediato, eu imaginei de uma forma na minha cabeça mas o resultado final que está diante dos meus olhos é muito melhor.

- Perfeito... - murmuro, passando meu indicador pela extensão circular de ouro branco.

No centro da aliança maior, a de Mike, está cravejada uma mediana pedra de diamante azul e, em uma única fileira fina, pedras menores rodeiam toda a extensão de ouro. Sorrio ao sentir as letras do meu nome inseridas na parte interna da joia. Já consigo visualizar ela no dedo anelar de Mike, anunciando o nosso noivado.

Não é de hoje que tenho pensado nisso, mas acho que a coragem e a oportunidade para fazer o pedido surgiram agora. Não preciso esperar a atitude vir dele, acho que já deixei claro inúmeras vezes que não me prendo às tradições do passado. Como quando começamos a namorar, foi eu quem fez o pedido. Mike não vai acreditar quando escutar a pergunta saindo dos meus lábios, mesmo que eu tenha insinuado diversas vezes nos últimos dias, desde que está aqui em Manchester. Acho que depois de muita enrolação, finalmente decidi fazer as coisas do jeito certo. Nós vamos dar certo aqui, nem que eu tenha que trazer tudo o que ele quiser para cá e isso inclui dona Haydee. É bom ter esta sensação de finalmente saber que chegou o grande momento, depois de tudo o que passamos, de todos os anos que ficamos longe, chegou a hora de recompensar.

O único diferencial da minha aliança para a de Mike, além do tamanho e nome, é que no lugar das pedras de diamante azul tem pedras de esmeralda. Diamante azul que simboliza a cor dos meus olhos; esmeralda que representa a cor dos olhos dele.

Não deslizo a aliança pelo meu anelar, apenas encaixo na pontinha do dedo e sorrio ao visualizar o momento em que Mike a colocará para mim.

- Aqui está seu cheque - volto à realidade ao lembrar que o joalheiro ainda está aqui, diante de mim. Rabisquei depressa o valor e minha assinatura antes de lhe entregar seu pagamento. - Ficou melhor do que imaginei. Obrigada mesmo.

- Não tinha como errar. - Se levanta ao mesmo tempo que eu, recolhendo sua maleta. - Foi ótimo fechar esta compra com a senhorita. - Imagino que tenha sido mesmo. - Te desejo sorte.

- Obrigada. - Aperto sua mão. Guardo a caixinha preta brilhosa dentro da última gaveta do meu escritório, trancando-a ali. - Te acompanho até a porta.

Ele concorda com um gesto, se posicionando discretamente ao meu lado como eu havia pedido para não causar nenhuma suspeita em Mike. Este senhor não passa de um negociador, oras.

- Até mais, foi um prazer - o senhor finaliza quando chegamos à porta com seu sotaque italiano.

Fecho a porta e me viro lentamente na direção de Mike, que está sentado no sofá observando de longe.

- Foi uma reunião bem rápida, né? Pensei que o Roger também viria, você disse que ele costuma estar presente em todas.

- Ah, sim. Não foi bem uma reunião, só precisei assinar alguns documentos.

- Entendo, sobre o quê? - puxa assunto, não parece estar perguntando por desconfiança.

- Hmm, sobre uma marca que modelo, enfim, nada de diferente. E você, já conversou com o Forbes hoje?

Por mais esquisito que tenha sido, Tommy e Mike têm se falado constantemente por causa da empresa Beauregard. Foi muito estranho assistir de perto esta interação profissional acontecendo, mesmo o Forbes foi formal e apenas solta piadinhas ao final de suas conversas, ele está fazendo o possível para manter Mike dentro de todos os assuntos.

- Sim, ele até perguntou sobre você - pelo seu tom de voz, sei que se trata de uma provocação.

- Ah, jura? Manda um beijinho pra ele.

Mike me agarra pela cintura, espremendo seus olhos para mim.

- Não, vou roubar para mim. - Envolve minha cintura com suas mãos grandes e me joga no sofá, me fazendo cair deitada com as pernas sobre ele.

- Como você é egoísta, precisa compartilhar com os amiguinhos.

- Seus beijos? Então sou mesmo um grande egoísta.

Mike desliza a ponta do seu nariz pelo meu pescoço, roçando levemente os seus lábios na pele sensível ao seu toque.

- E Tommy não é meu amigo.

- Bom, é seu irmão.

- Não foi escolha minha.

- Até que vocês estão se entendendo, vai. Vejo isso do meu ângulo, não sei se é apenas por causa da empresa, mas... não sei, acho que está fluindo algo.

- Tommy é complicado demais para que qualquer pessoa possa o compreender, mas penso que não o detesto tanto quanto antes. Reconheço que está fazendo um bom trabalho na empresa, pelo que parece.

- Sim, papai disse que está surpreso com o desenvolvimento positivo nos números da empresa após a entrada do Forbes.

- Aquilo pode até estar em meu nome pela genialidade da vó Lourdes, mas Tommy realmente é o único apto para aquele cargo no momento. Vou dar um jeito de mantê-lo lá pelo tempo que for possível.

Entrelaço meus dedos atrás de sua nuca.

- Estou orgulhosa de você e do esforço que tem feito para administrar tudo o que aconteceu recentemente na sua vida. Sei que não foi fácil passar por aquela descoberta sobre Mason, seu avô, sua avó e logo na sequência a perder e pra finalizar receber um império que nunca esteve em seu plano de vida e carreira, simplesmente foi lançado em cima de você para se virar com tudo aquilo sozinho, ainda tendo que lidar com os Stewart. Sabe, você é um cara forte pra caramba e eu sou a namorada mais sortuda do mundo.

- Você foi fundamental para isso, que fique claro. Não sei como estaria caso você não tivesse reaparecido do nada e voltasse a trazer um agito para minha vida. No inicio, quando cheguei aqui em Manchester, pensei que havia me equivocado e que tinha sido um erro eu ter vindo, mas conforme os dias foram se passando eu pude perceber o quanto ficar aqui contigo me faz bem, de verdade, Malu, obrigado por tudo. Não consigo imaginar um futuro sem você, do jeito que estamos vivendo nesta última semana.

O momento parece perfeito para o meu pedido acontecer, mas não foi assim que planejei. Precisa ser especial e bem elaborado, se trata de nossas vidas. Mike praticamente acabou de dizer que deseja o mesmo, não há porque perdermos mais tempo, além dos anos que já se foram. Eu já sou uma mulher de quase vinte dois anos, bem-sucedida e decidida; Mike é um homem de vinte e seis, também bem-sucedido e completamente focado em seus objetivos. Sabemos o que queremos e no resto podemos dar um jeito. Depois de tanta história, dramas, aventuras e desentendimentos, acho que finalmente está chegando a hora de finalizar da forma que merecemos.

- Vamos, lembra que fiquei de te ensinar uns truques culinários? Já deixei tudo pronto para facilitar e agilizar no processo enquanto estava em reunião.

- Sim! Vamos, vamos. - O puxo pela mão, empolgada com a ideia de cozinhar com ele novamente depois de tantos anos. Agora pelo menos eu tenho um pouco mais de conhecimento na área e não vou depender completamente de sua ajuda.

Solto a mão de Mike apenas depois que entramos na cozinha espaçosa dificilmente usada por mim antes, assim como qualquer outro cômodo desta cobertura.

Mike realmente deixou todos os utensílios que vamos precisar sobre a bancada e todos os alimentos que vamos precisar estão na ilha, imagino que ele tenha adorado fuçar nesta cozinha, já que demonstrou muito interesse no espaço desde que chegou aqui.

- Tudo bem. - Oscilo o peso do meu corpo entre a ponta dos pés e os calcanhares, como uma gangorra. - Por onde começamos?

- Você está absurdamente fofinha assim, toda animada.

- Não ria de mim. - Empurro seu ombro.

- Linda. - Me agarra pelo pulso para me beijar brevemente. - Começaremos cortando os legumes, sabe como faz, né?

- Sei.

- Então mãos a obra, Maluca.

Mike pega uma faca para si e me entrega outra, ficamos lado a lado na ilha, dividindo uma tábua de corte enquanto cortamos tudo. É engraçado olhar a forma habilidosa com que Mike consegue mover as mãos ao manusear a faca em uma velocidade incrível, enquanto eu pareço uma lesma tentando acompanhar os cortes padronizados dele, sem muito sucesso.

- O que foi? - Ele pergunta rindo ao reparar na minha expressão de fascínio com suas técnicas.

- Você é muito habilidoso com as mãos.

Mike me encara, erguendo as duas sobrancelhas de uma forma maldosa.

- Pelo amor de Deus, quando se tornou tão safado? - Empurro ele com a lateral do quadril. - Mas me responde: é hábil assim com as mãos em todos os sentidos?

Mike abre a boca, incrédulo com minha pouca vergonha. Podem se passar anos, ele nunca vai saber lidar com esse meu lado.

- Bem, só você experimentando para me dizer se sou ou não. - Mike passa a língua de uma forma sensual em seus lábios, sustentando meu olhar intenso e carregado de imaginação.

- Quando vou poder tirar a prova? - Olho para ele de cima abaixo, devolvendo sua provocação.

- Ok, chega. Eu sempre vou perder pra ti nestes joguinhos de sedução e, se queremos que este jantar saia hoje, precisamos nos concentrar.

Dou uma risada alta e divertida, me esticando para beijar seus lábios.

- Mas, falando sério agora, qual sua técnica? Porque eu realmente não me vejo fazendo isso sem perder um dedo no processo.

- É questão de prática. - Segura a ponta do cabo da faca e reposiciona na abobrinha que eu estava cortando, demonstrando como se faz. - Vem, tenta comigo.

Mike encaixa minha mão embaixo da sua e com a outra ele apenas pega na ponta dos meus dedos e posiciona no legume, instruindo que preciso ir retrocedendo conforme vou cortando. Ele guia meus movimentos com cautela, acelerando o ritmo aos poucos até eu conseguir guiar quase sem sua ajuda, ainda longe de ser tão veloz quanto ele mas já está melhor do que antes.

- Muito bem, agora se continuar praticando vai ficar craque. - Mike coloca sua mão livre em minha cintura, havia me esquecido do pequeno detalhe de que está bem atrás de mim.

- Assim vou me desconcentrar. - Perco o rumo padronizado dos cortes, o fazendo rir no topo da minha cabeça. - Sem distrações, lembra?

- Sim, capitã. - Afasta meu cabelo, deixando um beijinho em meu pescoço antes de retomar seu lugar ao meu lado.

Cortamos mais rápido do que eu imaginava, quer dizer, Mike cortou. Enquanto ele estava cortando, sei lá, o quinto legume, eu ainda estava terminando o primeiro. Ele realmente é muito bom fazendo isso.

- E agora? - Junto meus dedos em cima da bancada, assistindo ele juntar tudo o que cortamos dentro de um pote mediano.

- Agora precisamos fazer uma mistura com alguns temperos, mas vai lavando o arroz enquanto cuido disso.

- Sim, capitão.

Mike deixa eu cuidar da parte do arroz completamente sozinha, que é quando decido preparar um risoto ótimo que aprendi lá na Espanha. Ele reparou que eu estava aprontando algo de diferente, mas não perguntou e apenas abriu o sorriso mais lindo do mundo ao me ver tão concentrada e dedicada em algo tão banal, como se eu estivesse prestes a bater um pênalti que garante vitória.

Movemos-nos de um lado para o outro na cozinha, trocando de funções, como em uma dança silenciosa e harmônica. Vez ou outra ele vem me ajudar com alguma coisa que desconheço e me sinto absurdamente feliz a cada explicação que ele me dá, tão paciente ao explicar com clareza cada detalhe, suponho que apenas aperfeiçoou este seu lado mais pedagógico quando foi professor de dança lá na B.D.A. Tudo parece perfeito, mesmo que estejamos fazendo algo tão bobo como é preparar o jantar, acho que nada superplanejado seria tão bom quanto fazer tudo isso está sendo.

- Uau, nem acredito que isso tem minhas mãos envolvidas - digo assim que termino de colocar a última travessa sobre a mesa, dando de cara com um banquete bonito e cheiroso, fazendo meu estômago roncar.

- Parece ótimo, não acha?

- Com toda certeza. Bate aqui, parceiro. - Estendo a mão para ele dar um high five. - Fazemos uma boa dupla até na cozinha.

- Vamos comer logo, tô morrendo de fome. Quero ver se este seu risoto ficou mesmo tão bom quanto parece.

- Nunca achei que gostaria de comer abobrinha algum dia, mas esta mistura que você fez é de enriquecer os olhos.

- Tudo perfeitamente planejado para não quebrar sua dieta.

Me sento ao lado dele, tratando logo de preencher meu prato com nossa comida fabulosa. Antes de dar a primeira garfada, espero Mike terminar de se servir para podermos saborearmos juntos.

- Hmm... - Fecho meus olhos com prazer, sentindo o gosto delicioso.

- Excelente, nossa. Esquece a dieta, vamos quebrá-la por hoje e encher a pança.

- Não posso desobedecer as recomendações do meu médico.

Apenas para dar um toque final, abro uma garrafa do meu vinho favorito e preencho nossas taças.

Acredito que nada poderia ter sido mais agradável do que este nosso jantar improvisado e feito por nós mesmos, definitivamente preciso fazer isso mais vezes com ele, pareceu até uma espécie de terapia.

Mike não mentiu quando disse que iria encher a pança, definitivamente me sinto farta e pesada. Acho que nunca comi tanto em toda a minha vida. Mas não paramos por aí, a parte que deveria ser ruim também foi excelente e divertida, precisamos limpar e reorganizar tudo. As últimas horas passaram voando, tem acontecido isso nos últimos dias.

Agora, cá estamos nós, esparramados no sofá.

- Podemos fazer isso outras vezes?

- Com toda certeza.

- Adoro te ver cozinhando, sabia?

Mike sorri, voltando sua cabeça na minha direção.

- Mesmo? Por quê?

- Bom, além do fato de que você fica um tremendo gostoso de avental, apenas gosto. Não tem um motivo.

- Só de avental? - Faz um falso bico de decepção.

- De médico também e, ah, minha nossa, como pude esquecer? De professor também.

- Entendi, gosta de fantasias.

- Parece que sim, desde que esteja em você. - Apoio meu queixo no punho. - Lembra daquela vez, lá no seu ensino médio, que ganhamos como rei e rainha do baile?

- Como esquecer? - Sua expressão de nostalgia some depressa, parecendo ficar abatido de repente.

- O que foi?

- Acho que nunca te pedi perdão pelo cano que te dei na sua formatura.

- Ah, isso? Bom, não tem importância agora.

- Era importante pra você e eu sequer te parabenizei ou me justifiquei, nunca achei que pudesse ser tão babaca.

- Para com isso, aquilo tudo foi por causa de uma mentira e sua insegurança, que não existe mais. Doeu muito na época, reconheço, mas não importa mais agora. Já resolvemos tudo e estamos bem, Mike, de verdade. - Me levanto, indo até o sofá em que está. - Não deixou de ser uma noite boa, apesar de tudo.

- Só queria me desculpar, foi outro grande erro meu. Quebrei uma promessa. Eu juro que ia, até tinha comprado um corsage pra você, mas algo me fez desistir de ultima hora.

- Não vamos falar sobre isso agora. - Me inclino sobre ele, tocando levemente seus lábios. - Estamos bem - repito.

- Um dia vou compensar essa falta, prometo. Mas, tem razão, não vamos falar sobre coisas ruins agora que o clima está tão agradável.

- Ah, e quer falar sobre o quê? - provoco.

- O que acha de não falarmos?

Não o respondo, apenas coloco minha mão em seu rosto e o puxo para perto de mim, o beijando logo. Sua língua macia desliza sobre a minha com familiaridade, me fazendo aprofundar um pouco mais ao sentir sugar meu lábio inferior. Mike puxa meus cabelos da nuca sem exagerar na força, mas o suficiente para fazer com que todo o meu corpo peça por mais.

Mike e eu não temos tido muitos momentos quentes, parece que estamos com medo de perder o controle da situação agora que estamos debaixo do mesmo teto até o fim do mês, além do fato de que finalmente reatamos o namoro.

Deslizo a mão por dentro da camiseta de Mike, tocando a pele quente e rígida do seu abdômen. Finco sem muita força as unhas em suas costas, sei que ele adora quando faço isso.

Não demoro muito para começar a sentir nossos corpos pedindo por mais, sinto, literalmente falando.

Mike me ajuda a tirar sua camiseta, me fazendo perder um pouco o raciocínio lógico diante do seu corpo esculpido. Nunca vou me acostumar com a beleza absurda deste homem, ele é definitivamente um sonho.

Agarro seus ombros para conseguir me sentar, desta vez assumindo o controle e ficando por cima ao sentar em seu colo e voltar a atacar seus lábios.

As mãos dele agarram minha cintura, me mantendo o mais perto possível. Mike se afasta um pouco para recuperar fôlego, meu coração perde o compasso diante do seu olhar carregado de paixão e luxúria.

Suas mãos se embolaram na barra da camiseta dele que estou usando, me fazendo tomar a iniciativa de tirá-la. Sorrio com satisfação ao ver que engoliu em seco e parece incapaz de manter os olhos longe dos meus seios, escondidos apenas pelo fino tecido de renda do meu sutiã vermelho. Gosto de saber que tenho esse efeito sobre ele, assim como ele tem sobre mim.

Trocamos um breve olhar que parece dizer muitas coisas, mas logo foi interrompido pela nossa sede um pelo outro. Rebolo involuntariamente em seu colo, sentindo seu pênis rígido bem embaixo de mim.

Sinto as mãos de Mike deslizarem pelas minhas costas até o fecho do meu sutiã, onde o solta e permite que meus seios escapem da renda.

- Você é tão linda - murmura, o rosto a pouco centímetros de distância dos meus peitos. É uma visão e tanto.

Mordo meu lábio com certa força no segundo em que o polegar quente de Mike toca o bico do meu peito esquerdo, fazendo movimentos circulares. Estamos entrando em uma zona perigosa e ele sabe disso, consigo sentir que está receoso e não sabe até onde pode ir. Ao contrário dele, apenas quero mais. Por isso, prendo meus dedos em seus cabelos e empurro sua cabeça na direção do meu seio direito. Mike molha seus lábios com a ponta da língua, me encarando como se buscasse certeza, apenas o incentivo mais até sentir que finalmente o abocanhou.

- Cacete... - resmungo ao sentir sua língua macia tocar a auréola do meu peito com deliciosos movimentos circulares de vai e vem. Afundo mais meus dedos em seus cabelos, o fazendo ir mais fundo.

Mike se deixa levar também, agarrando a base do outro seio com mais firmeza e segurança, enquanto ainda trabalha com os lábios no direito.

Ondas cheias de novidade e prazer se espalham por todo o meu corpo e parecem se concentrar em um único lugar que Mike não pode chegar perto ainda, mas é onde mais preciso dele no momento.

Em um ímpeto de curiosidade e entrega ao calor da situação, coloco minha mão entre nossos corpos até chegar no zíper do seu short. Apenas toco seu pau por cima do tecido, mas é o suficiente para fazer Mike perder o foco do que está fazendo.

- Não vou passar disso - garanto enquanto abro o zíper e o toco por cima da cueca, meu ventre estreme com o que sinto na palma da mão. Mike está duro feito pedra e, minha nossa, parece ser muito largo.

Estou explorando algo novo, por isso vou o conhecendo apenas pelo toque, sem poder o sentir de fato já que sua peça de roupa me impede de ir mais adiante, acho que aqui é o limite. Contudo, ainda é ótimo estar conhecendo isso com Mike.

Lanço um olhar para Mike enquanto conheço esta parte do seu corpo. É quente, grande e pulsante. Estou ainda mais curiosa para ver realmente e poder tocá-lo, com sorte isso não vai demorar muito.

Estou perto de alcançar sua base quando sou interrompida pela sua mão envolvendo seu pulso.

- Se você continuar fazendo isso, me olhando com essa cara, juro que nossa promessa vai ser rompida agora mesmo. - Mike parece ter dificuldade para falar e me encarar, jogando sua cabeça para trás com a respiração fora de compasso. - Não podemos fazer isso de novo, Malu. Consigo ser resistente até certo ponto, não posso mergulhar na tentação.

- Tem razão, foi coisa do momento. - Me afasto para conseguir vê-lo melhor, Mike finalmente abaixa seus olhos para mim, mas logo trata de os fechar com pressa ao dar de cara com meus peitos novamente. - Ah, desculpa. - Controlo uma risada, consigo ver pelas veias saltadas em seu pescoço que está em seu limite de autocontrole.

Saio de cima do seu colo, cobrindo meus peitos com o antebraço enquanto pego meu sutiã. Tento me vestir o mais rápido possível, voltando a colocar sua camiseta enorme. Ainda me sinto extremamente excitada, mas a situação cômica me ajuda um pouco, ao contrário do meu namorado que ainda está paralisado no sofá. Eu não sinto falta de sexo porque nunca fiz, diferente de Mike. Sei que isso deve ser um jogo duro de resistência para ele.

- Certo... - Suspira.

Mordo meu lábio, deixando o silêncio cortar a tensão sexual presente no ambiente. Espero a respiração de Mike voltar ao ritmo padrão, até ele finalmente voltar a abrir os olhos e me encarar.

- Podemos ver um filme, o que acha?

- Parece ótimo, definitivamente não estou com nenhum pingo de sono. - Mike esfrega seu rosto com uma mão e com a outra deposita uma almofada em seu colo, decido não comentar nada. - Qual filme?

- Hmmm, vamos escolher. - Plugo o HD na televisão, tenho uma porção de filmes baixados aqui que o Johnny fez questão de me presentear há alguns meses. - O que acha desse?

- Relembrar os velhos tempos? - Ele sorri.

- É uma boa.

- Você pode sentar aqui do meu lado, está ficando tudo sob controle por aqui.

- Tem certeza?

- Sim, agora estou revigorado e voltando a ser o jovem puro e casto que costumo ser quando você não está por perto.

- Até parece. - Me sento em cima da minha perna dobrada, me aconchegando debaixo do seu braço. - Agora cala a boca, vai começar. - Sinto ele rir, passando a mão em meus cabelos antes de deixar um beijo ali.

Tenho a sensação de que ele está sendo cauteloso quando vai encostar em mim, parecendo parar e pensar antes de seguir adiante. Sei que esta noite as coisas fugiram um pouco do controle, mas não acho que seja algo que vá afetar nossa intimidade pelos próximos dias.

- Tenho uma coisa pra te mostrar - digo de imediato ao final do filme. Antes que ele possa questionar eu me levanto. - Um segundo.

Corro para o andar de cima e reviro minha mesinha da cabeceira em busca do pequeno objeto, sorrio assim que o encontro. Não sei o que fazer com isso, talvez Mike e eu possamos decidir juntos, nem sei se ele ainda tem a dele. E se não tiver, realmente não tem problema algum, eu mesma teria perdido caso minha mãe não tivesse encontrado. Isso é apenas um simbolo, o sentimento está dentro de nós e é o que realmente importa.

Paro diante de Mike e estendo minha mão com a palma virada para cima, exibindo a aliança de compromisso que ele me deu anos atrás. Não quero fazer caso da situação, só quero dar algum destino para ela.

- Você guardou...

- Na real ela estava perdida lá no meu quarto em Hills, mamãe achou e me entregou há poucos dias. Só não sei o que fazer com ela, não estamos mais nesse relacionamento e você provavelmente nem deve ter a sua também. E, quer saber, não acho que precisamos disso para validar o nosso amor.

- Estou de acordo, não precisamos disso para provar nada. - Mike estica sua perna para pegar algo em seu bolso, franzo a testa ao ver sua carteira. - E, pra sua informação, eu não perdi a minha.

Observo sua aliança ainda bem conservada, para falar a verdade é bem do feitio de Mike manter isso consigo, ele é um romântico incurável.

- Elas voltaram a se encontrar. - Aproximo as duas. - Olha, estou até vendo fumaça saindo delas e formando um coração.

- Você é muito ridícula. - Mike me abraça. - O que fazemos com elas?

- Bem, é uma ótima recordação do nosso passado e dos tempos bons que vivemos. Mas... não sei, não acho que faz sentido voltarmos a usá-las.

Mike parece refletir sobre a questão, os olhos fixos na sua aliança.

- Eu concordo. E, se tivermos que usar aliança novamente, que a próxima seja a de casamento.

Mal sabe ele que o momento está mais próximo do que imagina, é bom saber que estamos na mesma sintonia agora.

- Não quero me desfazer delas - Mike pontua. - Podemos simplesmente guardá-las e deixar como uma lembrança de uma das fases da nossa história.

- De acordo. - Pego a caixinha no meu bolso e entrego para ele. Mike coloca a sua no lugar e depois a minha, nós dois sorrimos com a imagem diante de nós.

Isso me traz uma nostalgia muito grande, é um sentimento bom mas ao mesmo tempo gosto de ver o quanto progredimos e nos tornamos adultos maduros. Não precisamos dessas alianças, parece que muitas pessoas usam apenas para lembrarem a si mesmas de que estão em um relacionamento. Mike acredita na minha fidelidade e eu na dele, mas, mais do que isso, nós acreditamos em nosso própria fidelidade com nós mesmos, não traímos nossos sentimentos.


Não se esqueçam de votar!

Beijos, até amanhã!

Alice.

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