Happiness Is a Butterfly ⊱ĭ⊰...

By tinyfeetlouis

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A vida de Louis era organizada e segura. Harry era o oposto disso. Ou Um clichê onde Louis é um ômega tímido... More

AVISOS
Chapter One: Styles
Chapter Two: Tomlinson
Chapter Three: Antonyms
Chapter Four: Cherry Blossom
Chapter Five: Unforgettable
Chapter Six: Assistance
Chapter Seven: Clumsy
Chapter Eight: Protection And Affection
Chapter Nine: Knowledge
Chapter Ten: Ferris Wheel
Chapter Eleven: Hazzy
Chapter Twelve: Suggestion
Chapter Thirteen: Kiss My Fist
Chapter Fifteen: Libido
Chapter Sixteen: Rebel Kitten
Chapter Seventeen: Rocks At My Window
Chapter Eighteen: Group Fun
Chapter Nineteen: Hazzy's Movie Theater
Chapter Twenty: Freedom
Chapter Twenty One: Gratitude
Chapter Twenty Two: Flaming Desire
Chapter Twenty Three: Plans
Chapter Twenty Four: Valentine
Chapter Twenty Five: Discovery
Chapter Twenty Six: Hissing
Chapter Twenty Seven: Birthday Party
Chapter Twenty Eight: Initiative
Chapter Twenty Nine: Confrontation
Chapter Thirty: Get Free, Get Wild
Chapter Thirty One: Next Steps
Chapter Thirty Two: Realization
Chapter Thirty Three: Touch My Soul
Chapter Thirty Four: Changes
Chapter Thirty Five: Feed Your Future
Chapter Thirty Six: Animalistic, pt. I
Chapter Thirty Seven: Animalistic, pt. II
Chapter Thirty Eight: Fairytale

Chapter Fourteen: Tastes Like Strawberries

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By tinyfeetlouis

Inhaiiii, butterflies!

Primeiramente, queria dedicar esse capítulo à hlouwtstyles por me aturar e me ajudar com o capítulo!!! <3

Gente, hoje não é beijo... ALOKA É SIMMMM BORA BORA BEIJINHOOOOO. Caso vocês encontrem algum erro, me avisem!!!!

UMA DICA: Eu escrevi o capítulo inteirinho apenas ouvindo o último álbum da Lana Del Rey "Norman F****** Rockwell!", então seria uma delícia se vocês ouvissem enquanto leem.

Os looks estão na mídia, mas podem imaginar do jeito que quiserem!

Votem e comentem muitão, espero que vocês gostem!

Boa leitura!

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💘🥰Hazzy🧸🍆:

Hoje vou cometer um crime. Vou roubar um beijo seu.

Te vejo às cinco, gatinho. Estou morrendo de saudades. Xxxxxx

O rosto de Louis estava tão iluminado quanto a tela acesa do celular. Seu sorriso poderia substituir a lanterna do eletrônico, e a quantidade de "x" enviada por Harry não faziam jus a quantidade de ansiedade que era sentida pelo ômega. Seu coração palpitava mais forte do que o sino de uma igreja. Ele se sentia quente com o mero conhecimento de que a partir de hoje tudo mudaria.

Ao mesmo tempo que se afogava em nervosismo, ele estava contente. Era isso o que o de franja quis desde que pousara os olhos em Harry, agora sua mente tinha consciência disso, diferente da época que a mesma era fortemente oprimida. Seus desejos finalmente estariam sendo atendidos ao invés de rejeitados. Ele escutaria seu lobo interior. Louis faria algo por si próprio pela primeira vez em sua vida.

Ele estava pronto. Seu lobo se libertaria naquela noite, ele podia sentir isso em seu interior mais profundo. Suas presinhas pressionavam fortemente a carne de seus lábios em um claro sinal de tensão, mas então ele se recordava de que gostaria de mantê-la intacta para que o alfa pudesse realizar tal ação. Isso é o suficiente para que o sangue de seu corpo pousasse em suas bochechas gordinhas.

Sua mãe estaria de folga até as quatro da tarde, sendo necessária para o plantão do restante do dia na clínica. Jay tomava um banho enquanto aguardava Betty chegar para poder ficar com as crianças, já que eram duas da tarde e ela levaria Louis até a casa de Perrie. O ômega possuía uma pequena mala de viagem em frente aos seus pés na sala da casa, enviando uma mensagem rápida à Harry antes que Johannah aparecesse pelo ambiente. Para a matriarca, no interior da bolsa de Louis, existia apenas um pijama confortável e alguns preparativos para sua skincare que era preparada todas as noites pelo garoto. Ela não tinha motivos para duvidar de seu filho neste momento.

Era frequente Tomlinson pedir à mulher para poder dormir na casa de Perrie ou Liam após uma semana conturbada e cansativa de provas e, como parabenização, ela permitia que seu pedido fosse concedido. Ela amava tanto seu filhote, era um garoto tão bom. Jay sentia falta dele, era sempre muito ocupada, mas às vezes se tornava difícil encarar aqueles olhos azuis que a remetiam tanto de seu passado.

Seu passado era escuro, assim como a falta do brilho nos olhos de seu primogênito. Contudo, nos poucos momentos em que compartilhava com Louis, ela começara a perceber mudanças em sua postura. O azul de seus olhos estava intenso e destacado, os dentes perolados em conjunto com seus caninos pontudos eram frequentemente avistados. Ele nunca pareceu tão bem.

Como mãe, seu instinto era querer vê-lo em sua melhor forma, e isso era real. Ela não sabe qual a virtude dessa modificação, mas ficava grata pelas escolhas que fazia pelo filho. Talvez seu bem-estar fosse decorrente disso. Louis estava seguro, era apenas isso que ela queria. Observando minuciosamente as alterações na fisionomia de Tomlinson, ela se sente como uma boa mãe.

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— Boo, não se esqueça de me mandar uma mensagem de vez em quando. Estarei aqui às sete da manhã, tudo bem? Qualquer coisa, não hesite em me ligar. — Jay repercutia seu discurso de sempre. Ela parecia robótica, como se temesse que algo de ruim fosse acontecer se ela não soltasse aquelas informações. Examinando o modo como Louis prontamente acenava com a cabeça, ela solta um sorriso gentil, seus olhos enchendo-se de carinho. Seu filho era uma preciosidade. — Eu te amo, Boo. Até mais. — Com um beijo singelo na testa coberta pela franja macia, ela assiste seu filho repetir sua última frase e descer de sua Range Rover branca em direção à porta da mansão de Perrie.

Não demora muito para a beta aparecer do interior do lar, rindo animada e acenando para Jay que finalmente deixava o local.

— Babez! — Edwards envolve o ômega fortemente em seus braços, balançando lateralmente seu tronco enquanto ria no ombro de Louis. — Meu Deus, eu estou tão animada! Me sinto como uma cúmplice! — O menor, que abraçava a cintura da beta, ri timidamente, se afastando da amiga para poder pegar sua bolsa.

— Eu mal consegui dormir essa noite, Pez. Parece que tem várias joaninhas em minha barriga que não param de fazer cócegas. — Recebendo um coro de fofura da garganta da beta, ele segue os passos da loira até o grande quarto luxuoso.

— Ele te contou onde ele vai te levar? — A de mechas rosa questiona com os lábios esticados em um sorriso gigante, se sentando em sua cama exageradamente espaçosa.

— Não! E isso é o pior de tudo... Se eu soubesse para onde iríamos, talvez eu não me sentisse tão ansioso. — Louis descansa sua pequena mala no colchão da beta, se deitando com um resmungo na maciez. Eram duas da tarde, e o ômega começaria a se aprontar naquele instante, já que Perrie havia o dito que tinha muitas coisas planejadas para ele.

— Pensa pelo lado bom, o beijo não será surpresa... — A garota provoca, adorando como as bochechas de Louis se tornam rosas no mesmo instante. — Vá tomar um banho e se encher de hidratante, quando voltar, vamos fazer skincare.

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Após se banhar em hidratante que intensificava seu cheiro natural, fazer máscara preta com sua melhor amiga e pintar delicadamente as unhas de suas mãos e pés com um esmalte vermelho, Louis está pronto para vestir sua roupa. O conjunto era composto por um vestido curto com tecido de musseline inteiramente branco de mangas longas, e um corset underbust de pano rosa-bebê por cima. Nos pés, ele usaria uma sandália rasteira branca enfeitada de flores.

— Venha aqui, vou te maquiar. — A beta puxa seu amigo até que o mesmo esteja sentado na cama com seu roupão de banho cobrindo seu corpo.

Perrie não exagera na maquiagem, a beleza natural de Louis era incomparável, então ela apenas a realçaria. Aplicando máscara de cílios, blush rosa nas bochechas arredondadas, um lip balm que aprofundava a cor avermelhada de seus lábios e um pouco de iluminador em suas maçãs do rosto e ponta do nariz, Edwards termina seu trabalho. Nos cabelos do ômega, ela resolve secá-lo e mantê-lo naturalmente macio em frente à sua testa.

Observando Louis vestir sua roupa, a beta não tem certeza se Harry estará vivo até o final da noite.

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Faltam cinco minutos para às cinco, e Harry está estacionado na frente da mansão de Perrie há pelo menos vinte. Ele se sente como uma garotinha de treze anos prestes a ter o seu primeiro encontro. O cacheado não queria parecer um desesperado, então preferiu aguardar até o horário combinado para enfim se fazer presente. Seus dedos cobertos por anéis batucavam o volante do mustang preto de Zayn, e ao encarar pelo retrovisor o banco de trás, um sentimento de familiaridade o abraçou.

Sempre utilizou o carro do melhor amigo especificamente para suas transas insignificantes, e se recordando desta época, ele se sente estranho. Aquele não era ele. O alfa se sentia muito melhor no banco de couro do motorista, sabendo que a poucos minutos iria se encontrar com o ômega mais lindo do mundo, sem nenhuma intenção de leva-lo para o banco de trás naquele dia.

O tatuado reflete sobre o quão rápido sua vida mudara. Quando era criança, em um simples dia ela se transformara em um verdadeiro inferno, sendo assombrado até os dias de hoje pelos demônios do passado, e agora seus dias drasticamente mudaram em uma velocidade acelerada, e ele adora isso. Neste momento, sua vida estava remodelando para o melhor, ele sabe disso ao que sentia seu corpo todo tremelicar em ansiedade.

Se antes ele era assombrado por demônios, agora ele era abençoado por um anjo.

No rádio de Zayn, ele repara a mudança do horário, sinalizando cinco horas da tarde. Era agora. Ele veria seu gatinho.

Constatando a presença do buquê de flores de cerejeiras no banco do passageiro, assim como o pote de Ben & Jerry's sabor chocolate chip cookie dough, ele respira fundo, exalando o ar bruscamente pelos lábios rosados. Ele estava muito nervoso. Suas mãos suavam frio, e o cacheado tenta diminuir a transpiração ao esfrega-las em sua calça jeans preta.

Era ridículo um alfa experiente de dezenove anos de idade estar se sentindo assim apenas com a possibilidade de um encontro, mas não era apenas um encontro. Era um encontro com o ômega de seus sonhos, um ômega que ele jurava ser perfeito demais para ser verdade, mas que sempre que sentia seu aroma e seu coração batendo em seu corpo, o cacheado percebia que era real. Harry quer causar a melhor das impressões, ele quer merecer aqueles lábios.

Finalmente abrindo a porta do carro com o buquê de cerejeiras e o sorvete em mãos, ele se dirige ansiosamente até a entrada da enorme mansão de Edwards. O alfa tentou o seu melhor ao se aprontar. Não queria que aquele encontro fosse muito formal, portanto, optou por vestir uma camisa de botões azul-esverdeada com linhas brancas que formavam grandes quadrados, a peça era larga em seu corpo, e as mangas estão dobradas até um pouco abaixo de seu cotovelo, expondo as tatuagens do local. O de covinhas se desfez dos três primeiros botões, manifestando seu peitoral desenhado e forte e sua corrente de prata com um pingente de cruz, a gola de sua camisa estava devidamente dobrada. Por hoje, ele deixara seu vans de lado, preferindo calçar sua bota marrom. Seus cachos curtos estavam arrumados em um topete e em seu pulso esquerdo ele portava um relógio comum. Ele estava lindo.

Respirando fundo, seu dedo indicador pressiona a campainha.

Ele não precisa esperar muito até a porta se abrir, mas decepção raia em seu peito ao encarar os cabelos loiros com mechas rosas. Revirando os olhos, ele solta uma lufada de ar.

— Styles! Ainda não terminei de me arrumar... — Perrie teatralmente entreabre os lábios, uma de suas mãos se apoia em seu peito em falso espanto. Contudo, seus olhos se arregalam verdadeiramente ao avistar o buquê de flores e o pequeno pote de sorvete na mão do alfa. — Eu não acredito nisso! Você comprou flores e sorvete? Ah meu Deus! — A beta começa a saltitar em frente à Harry, e o mesmo apenas grunhe em irritabilidade.

— Cadê o Louis?

— Ele está terminando de se arrumar, daqui a pouco ele desce. Esse sorvete deve estar todo derretido, não pense que eu não percebi você parado na frente de casa há quase trinta minutos. — Edwards empurra o peitoral do alfa, que não muda sua expressão descontente. — Quais suas intenções com o Louis? — A beta cruza os braços em frente a seu peitoral coberto por um cropped branco de algodão. Ela tem uma pose de liderança, o queixo esticado para cima, parecia um pai protetor. Perrie só estava fazendo isso para poder importunar Styles.

— Vai à merda, Edwards. — Harry solta uma risada debochada, revirando os olhos de esmeralda.

Entretanto, antes que fosse possível a beta continuar com sua provocação, um aroma vigoroso e chamativo atrai o olfato apurado de Harry. Cheirava à lar. Ao mesmo tempo em que seu coração começa a acelerar descomedidamente, seu lobo sente que poderia flutuar. Instintivamente, seus olhos verdes esbarram no contorno do garoto que descia as escadas timidamente.

Porra.

Harry não sabe qual a sensação da morte, não faz ideia qual o sentimento que encheria seu peito ao encontrar o portal dos céus. Algumas pessoas afirmam que é como encontrar a paz, seu corpo se torna leve e sua alma estaria serena, mas ele pode afirmar com confidência de que a emoção que esmagaria seu peito ao deixar essa vida e entrar no paraíso não faria jus ao que ele sentia no momento em que pousou os olhos em Louis.

O alfa não acredita em Deus, mas se acreditasse, pensaria que nunca o encontraria. O céu não era seu lugar, ele não pertencia a ele. Contudo, quando ele analisa com fascínio o ômega descer timidamente as escadas, ele percebe que seu céu está na Terra. O paraíso são os olhos de Louis. O ômega era seu anjo. A eternidade que muitos diziam existir após a morte, era a eternidade que Harry almejava passar observando aquela divindade. Tomlinson era seu propósito, ele era uma necessidade. Não se tratava de querer tê-lo ao seu lado, e sim de precisar. Styles nunca mais seria o mesmo depois desta noite, ele sabia disso. Seu coração o avisava, gritava em seu peito.

Louis seria seu. Seria impossível ele conseguir desgrudar sua alma do ômega, ele era seu, assim como Harry era dele. O alfa sente vontade de chorar apenas observando o menor se aproximar. Ele queria apagar seu passado e recomeçar, queria ser bom o suficiente para ser merecedor de Louis. Honestamente, em sua cabeça, nenhum ser humano comum merecia o ômega, ele não pertencia à Terra, pertencia aos céus. Contudo, ao admirar o modo como o mais novo tinha a franja lisa e macia sobre seus olhos que focava no alfa por baixo de seus cílios ampliados, ele se sente fraco demais para rejeitar essa oportunidade de fazer de Louis seu mundo.

Tomlinson não pertence à Terra, mas ele entende que também não pertence aos céus. Ele pertencia à Harry, ele ficaria abrigado eternamente em seu coração. Styles o manteria aquecido e protegido.

O mais novo era como uma obra prima que a cada dia se tornava mais aprimorada. Quando acreditava que o ômega havia atingido a perfeição, o dia seguinte chegava e com ele vinha a confirmação de que Louis se superava.

O ômega possuía um vestido branco que alcançava um pouco abaixo de seu traseiro. O tecido era fino, combinando com a suavidade da pele bronzeada de Louis. As mangas atingiam suas mãozinhas que tinham as unhas pintadas de vermelho, e quanto mais próximo o tecido se aproximava do final, mais solto ele se tornava. A gola do vestido estava dobrada afinadamente em seu tronco, e possuía um pequeno decote que se estendia até a altura de seu estômago. Como se tratava de Louis, o decote quase não mostrava a pele dourada do ômega. Por cima do vestido, o mais novo usava um corset underbust rosa-bebê de pano, não estava lá para aperta-lo exageradamente, apenas para acentuar suas curvas deslumbrantes e magníficas. O corset possuía alças e em sua frente era conectado com linhas brancas costuradas.

Ele era a mistura do pecado e da prudência. Ele era a salvação, assim como a perdição.

Harry queria se perder em seu corpo, seus lábios, sua alma, mas se salvaria de si mesmo ao se aproximar daquela potestade.

Uma sandália branca com tiras de flores enfeitava seus pezinhos miúdos, os dedinhos estavam pintados de vermelho, e o alfa precisou se segurar para não alcança-los e beijá-los. 

Tomlinson estava parado há alguns metros de distância do alfa, mas pela força de seu perfume, ele parecia estar embaixo das narinas de Harry. O cheiro deixava Styles bobo, de um jeito bom. As mãozinhas estão entrelaçadas em frente a seu vestido, e ele mexia nervosamente os pezinhos, visivelmente envergonhado. As bochechas gordinhas do ômega estavam quase tão vermelhas quanto o esmalte em suas unhas, e seus olhos azuis encaravam com nervosismo os objetos que estavam na posse do mais alto. Ele parecia menor do que o costumeiro.

A mente de Harry estava em branco, ele não sabia o que fazer sem que fosse uma reverência. Se ajoelhar perante àquela perfeição seria muito vergonhoso? Talvez. No momento, o interior da mente de Styles era composto de cereja, morango e flores. Ele nunca se sentiu tão drogado.

— Styles! Styles! STYLES! — A última chamada é a que faz o alfa retornar à realidade, e vislumbrando que sua realidade ainda consistia em Louis Tomlinson, ele desvia atordoadamente o olhar para a voz que o chamara. — Meu Deus, garoto. Quer que eu chame a ambulância ou algo assim? — Perrie ria divertida com a reação que o alfa transparecia. Harry está tão atordoado com a beleza surreal e perfume de Louis que mal processa a provocação da beta, focando novamente no ômega encolhido.

— Oi, gatinho. — O objetivo de seu cumprimento era ser alto e confiante, mas as palavras saem em um sussurro, e ele suspira pesadamente no final, como se apenas aquele vocábulo fosse uma competição de exercícios a serem feitas. Percebendo o modo como Louis ainda continuava acanhado e não o respondeu, ele pigarreia e ajeita sua postura confiante. — Eu trouxe para você. Uma flor para minha flor, e um sorvete para o meu doce. — Ele finaliza com um sorriso lateral com direito a covinhas, estendendo os objetos ao ômega. — Eu lembrei que você gosta de sorvete, então achei mais legal se eu trouxesse isso ao invés de chocolates.

— O-obrigado. — Tomlinson está tão vermelho que poderia ser a definição de carmim. Os olhos azuis encontram timidamente os verdes, e o contraste entre sua íris e suas bochechas é celestial. De modo retraído, ele alcança o buquê e o pequeno pote de sorvete das grandes mãos do alfa.

Quando as flores de cerejeira estão em sua posse, ele conduz as plantas sob seu nariz, fungando o aroma com os olhos fechados. Um sorriso tímido foge do controle e se transforma em um sorriso enorme. Uma risadinha infantil é libertada de seus lábios cobertos pelo lip balm, e ao encarar novamente o alfa, ele se sente acanhado com a forma como Harry parecia estar presenciando uma pedra preciosa.

— O encontro vai ser aqui mesmo, então? — Perrie interrompe, se encaminhando até Louis para poder pegar as flores e coloca-las em um vaso enquanto o ômega está em seu encontro. — Abraça ele! — A beta sussurra no ouvido de Tomlinson, que se torna mais vermelho ainda.

Isso realmente estava acontecendo, ele estava em frente à Harry e iria em um encontro com o mesmo!

O alfa estava encantador, ele atingia um outro nível de beleza, um que Louis nunca imaginou encontrar. Ele era alto, muito alto. Desde o dia da proposta, o ômega se sentiu nervoso e ansioso sobre como esse dia ocorreria, mas agora, observando os presentes que Styles o dera, ele ficou mais nervoso ainda. O cacheado havia feito uma surpresa e o trazido flores e sorvete, e ele não tinha nada a oferecer. Será que o tatuado estaria decepcionado?

Contudo, ao finalmente encarar a íris esverdeada de Harry, ele constata que há tudo menos decepção nos olhos fascinantes do cacheado. Ele precisava se mover. Seu lobo interior gritava em concordância com Perrie, ansiando estar no calor dos braços desenhados do alfa.

Aos poucos, ele se aproxima do aroma forte de Harry. O cacheado encarava com atenção cada movimento feito pelo menor, ansioso por uma reação. Ao perceber que Louis não paralisava seu andar, seu sorriso cresce tanto que ele acredita ser possível a lateral de seus lábios encostarem em seus olhos. Os braços longos do tatuado se abrem, e assim que o tronco de Harry está totalmente exposto para as mãozinhas de Louis o contornarem, o ômega se choca com rapidez no peitoral cheiroso e másculo do alfa.

Um choramingo necessitado é liberto da garganta do ômega. Aquele choramingo era seu lobo gritando de saudades. Céus, ele sentira tantas saudades de Harry.

Sentindo o cheiro amadeirado natural de Styles, ele se pressiona com mais força no tronco musculoso do cacheado. Sua bochecha é esfregada excessivamente na camisa do alfa em busca de captar um pouco daquele cheiro viciante em si, seus olhos se fecham e ele se sente aéreo. De sua garganta, saem pequenos ronronados.

Harry tem os braços rodeados nos ombros magros de Louis, e ele nunca quer soltá-lo. Ele prefere que cortem sua garganta ao deixar aquele ômega escapar. Era destinado, Tomlinson era seu. Fungando o topo da cabeça do menor, ele encontra sua paz. Se o perguntassem qual superpoder ele gostaria de ter, ele facilmente responderia que não precisava de nenhum, sentir o aroma de Louis já o fazia flutuar, o mundo parecia congelar e ele se sentia invisível ao mal. Quando estava na presença do ômega, ele era invencível.

— Meu gatinho cheiroso... Eu senti tanta falta do seu perfume, do seu abraço. Nem em meus sonhos mais realísticos eu conseguiria saciar a saudade que sentia de você. — O alfa sussurra nas madeixas macias, recebendo um choramingo baixinho e sentindo mãozinhas apertarem o tecido traseiro de sua camisa com mais desespero.

-

Logo que deixam o interior da mansão de Perrie, a beta grita da porta "Quero o Louis em casa às oito!" de maneira brincalhona, arrancando pequenos risos de Louis e um revirar de olhos de Harry.

O ômega caminhava timidamente ao lado do alfa até o automóvel. Ele se surpreendeu ao perceber que não iriam de moto, e sim com o carro de Zayn. Os dedos cobertos por anéis de Styles alcançam a porta preta do passageiro, abrindo-a para que Louis possa se sentar confortavelmente. Isso havia sido uma dica de Anne, e pelo modo como o ômega abaixara sua cabeça em submissão e suas bochechas se tornaram rosadas ao adentrar o automóvel, ele acredita que fora uma boa dica.

Os dois estão há alguns minutos dentro do mustang preto, Harry dirigia até o primeiro local que frequentariam enquanto o ômega serve ambos com colheradas generosas de sorvete. Assim que se ajeitaram no banco de couro, o alfa retirou colheres de plástico embrulhadas no porta-luvas, entregando ambas para o menor. Contudo, não demorou muito até o mais novo timidamente começar a servir com a sua própria colher alguns pedaços da sobremesa ao alfa, que entreabria os lábios de modo infantil enquanto esperava o ômega levar a colher até sua boca. O vestígio do gosto doce de Louis era mais delicioso do que o sabor verdadeiro do sorvete.

— Eu tirei A e A+ na maioria das avaliações, acho que o pior resultado foi em química. Eu tirei B+. — Harry comentava sobre a semana de provas com o ômega, que estava curioso sobre. — Eu te disse, gatinho. Não tem como eu ser melhor em algo que existe apenas entre nós dois. — O alfa suspirava teatralmente, arrancando risinhos do menor, que levava mais uma colherada até os lábios de Styles.

— Eu estou muito orgulhoso de você, Hazzy. — Tomlinson comenta em um tom de voz baixo, obrigando a audição apurada do cacheado a trabalhar.

— Não é como se fosse alguma surpresa, eu tenho o melhor professor do mundo. E o mais lindo também. — O mais alto tem um sorriso cafajeste nos lábios, observando de canto o modo como o de franja corava com o elogio.

— Onde vamos, Hazzy?

— É uma surpresa, gatinho. Mas eu acho que você vai gostar.

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O alfa não mentiu.

Quando o carro fora estacionado em uma vaga em frente à loja Build-A-Bear, o ômega quase deixou alguns gritinhos de felicidade escaparem. Seus pezinhos se esperneavam sutilmente no chão do mustang, e suas coxas douradas esfregavam uma na outra com o movimento, roubando suspiros de Harry. Seu sorriso estava gigante ao observar da janela do automóvel o grande edifício, seus olhos azuis brilhavam. Ele parecia uma criança ao encontrar uma mina de doces.

O estabelecimento era especializado em pelúcias. Nele, era possível construir o seu próprio brinquedo com as características escolhidas por si, assim como era executável a possibilidade de escolher o som que a pelúcia faria, o aroma e nome.

Louis estava tão distraído observando a fachada do local que continha ursos gigantes que mal percebeu quando o cacheado se retirou do banco do motorista, contornando o carro até parar em frente à porta do garoto de olhos azuis, abrindo-a e oferendo uma mão para o mesmo.

— O que acha de adotarmos um irmão para Larry, gatinho? — Com uma de suas sobrancelhas elevadas, Harry questiona com um sorriso enfeitiçado.

— Sim, Hazzy! — Talvez esse fosse o tom mais alto que o alfa já ouviu sair dos lábios perfeitamente modelados de Louis. Uma risadinha infantil em conjunto com a mão miúda do ômega segurando a do cacheado fazem ele prometer a si mesmo que faria desse dia o mais divertido da vida do de olhos azuis.

Ao ajudar o pequeno a deslocar-se de dentro do mustang, o tatuado entrelaça seus dedos grandes nos delicadamente pintados de Tomlinson. Após trancar o carro, eles caminham de mãos dadas até a entrada do local. Louis estava corando por finalmente estar em contato com a pessoa que o arrancava suspiros, rindo abobadamente quando Harry fazia alguma piada sobre o urso Larry sentir ciúmes de ganhar um irmão.

A loja era enorme, e realmente parecia o paraíso para amantes de pelúcias. Harry manteria isso em segredo, mas todas as ideias sobre o dia atual ele conseguiu com sua mãe e pai, os verdadeiros especialistas em romantismo. O alfa mais velho contara sobre os inesquecíveis encontros que teve com Anne, e Styles nunca se importara, mas tudo mudou quando ele conheceu Louis. Ele queria levar o ômega à encontros, mimá-lo como ele merecia, ter a chance de observar o brilho de seus olhos azuis se intensificarem em alegria, assim como estava acontecendo agora.

Harry se sentia satisfeito. Hoje era sobre agradar o de franja, e pelo sorriso enorme com presinhas que enfeitava a beleza exorbitante do mais novo, o cacheado sabia que estava fazendo as coisas certas. Ele lavaria louça para sua mãe por um mês em agradecimento.

— Olá, sejam bem-vindos à Build-A-Bear! Eu sou a Dolly, sintam-se à vontade para escolherem o urso perfeito! — Uma beta mais velha de cachos loiros cumprimenta sorridentemente. — Assim que finalizarem essa etapa, estarei aguardando vocês na segunda sessão.

— Obrigado! — O ômega responde simpático. Estava tão animado que mal sentia a timidez cotidiana. — Hazzy, podemos escolher uma pelúcia? Tem tantas opções... — Louis aperta os dedos cobertos de anéis do alfa, arrastando sua outra mão para envolver totalmente a de Harry. Os dedos do alfa acariciam com carinho a pele macia que seguravam a sua. Eram necessárias duas mãozinhas de Tomlinson para poder rodear plenamente as do cacheado e, mesmo assim, ainda era possível observar alguma parte da pele tatuada escapar. Os grandes olhos azuis do ômega observavam com pureza os enfeites da loja.

— Claro, gatinho. Você gostou? — O tatuado questiona em um tom doce, sorrindo em direção ao ômega que acenava freneticamente com sua cabeça. — Já tem alguma ideia do que vai escolher? — Percebendo o modo como os ombros de Louis caem em derrota e um biquinho fofo ganha forma em seus lábios vermelhos, o de olhos verdes sabe que a resposta é negativa. Rindo levemente com a adorável cena, Harry inclina seu tronco até seus lábios encostarem no topo das madeixas de Tomlinson. Subitamente, ele tem uma ideia, se pronunciando em seguida. — Já sei! E se você escolhesse uma pelúcia que te faz pensar em mim e eu faço o mesmo?

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O alfa não demora para encontrar a pelúcia que o recordava de Louis. Era algo óbvio. Em sua percepção, combinava tão bem com o ômega que ele sentiu inveja, mas quando se lembrava do modo como suas mãos se enovelavam, ele sabia que nada se ajustaria melhor do que a mistura de seus corpos e almas.

O par combinara de escolherem separados, querendo surpreender um ao outro no final, mas aparentemente Louis estava verdadeiramente empenhado em obter a opção perfeita. Harry estava o aguardando na sessão dois da loja há uns vinte minutos, e neste tempo ele se pergunta o que o velho Styles pensaria disso. Ele estava em um encontro construindo um urso de pelúcia com um ômega. Contudo, talvez o Harry de doze anos atrás ficasse orgulhoso. Sim, o Harry de doze anos atrás com certeza estaria orgulhoso.

Não demora muito mais para o anjo terrestre aparecer em seu campo de visão. Observando o modo como a silhueta curvilínea e pecaminosa de Louis caminhava até si de modo acanhado, ele se questiona se por algum motivo ele seria o preferido do universo. Ou talvez isso fosse uma pegadinha, afinal, ele era o último a ser merecedor de algo bom. O tatuado resolve não pensar sobre isso e apenas apreciar o jeito que o ômega delicioso tinha a pelúcia amassada em seus braços e ao lado de seu rosto. Com essa visão, a escolha da pelúcia de Harry nunca fez tanto sentido.

Rapidamente, suas mãos grandes escondem o brinquedo atrás de suas costas, e suas covinhas estão à mostra para Tomlinson. Isso era comum. Suas covinhas sempre estariam à mostra para aquela doce criatura.

— Hazzy! Desculpa se eu demorei, eu queria escolher o melhor, mas todos os ursinhos queriam que eu os levasse... — O ômega está há alguns passos de distância de si, e ele posiciona a pelúcia em frente a seu corset rosa-bebê, um biquinho tristonho compõe a graciosidade que era Louis Tomlinson. O alfa se pega imaginando o menor conversando e pedindo desculpas aos outros ursos, e sua barriga é tomada por um calafrio enorme.

— Bom, eu não os culpo... Se eu fosse um urso, também imploraria pra você me escolher. — Uma risadinha substitui o antigo beicinho, e suas presinhas estão à mostra novamente, assim como a coloração avermelhada de suas bochechas. — Posso ver o que você escolheu, gatinho?

— Eu escolhi a Dory! — As mãos que tinham posse da pelúcia azul se esticam em direção ao alfa, o apresentando com orgulho sua escolha.

— A Dory? Por que a Dory? Eu pensei que você fosse escolher algum urso com caveira ou algo assim! A Dory, gatinho? — O semblante de Harry claramente demonstra surpresa e confusão. Dory? Desde quanto ele parecia a Dory? — Eu ficaria muito decepcionado se você me respondesse que me acha lerdo ou algo assim. Se bem que quando estou com você, realmente esqueço de todo o resto. — No final de sua frase, o cacheado não consegue segurar um sorriso cafajeste de aparecer em sua face. Louis não consegue conter as risadas de escapam de sua garganta, uma mãozinha escondendo as linhas esticadas de seu rosto. Harry era tão bobo. Os olhos azuis do ômega estavam escondidos por trás de suas pálpebras que se fechavam com a força de sua risada.

— Não, Hazzy! — As risadas continuam a deixar seus lábios, o alfa sente vontade de tomá-las com os seus. Se ele beijasse o ômega enquanto o mesmo ria, seria possível que a alegria contagiante de Tomlinson o possuísse? Se o de olhos azuis fosse o anjo caído, ele imploraria para ser possuído por ele. — Eu escolhi a Dory porque eu fiquei muito feliz com o seu esforço na escola, e como ela diria: continue a nadar, continue a nadar... Você tem que continuar nesse caminho! — O modo como o ômega cantava timidamente a parte de Dory fez com que mais um dos inúmeros sorrisos de Styles aparecessem em seu rosto. Subitamente, Louis desvia os olhos para seus pezinhos que esfregavam a sola da sandália no chão em nervosismo, sua franja caía sobre seus olhos e Harry se atenta ao que está saindo de seus lábios desejados. — E também... E-Eu me sinto como ela quando estou com você... Sempre me esquecendo de tudo ao redor. — Se o alfa não estivesse tão absorto em como os lábios de Louis se mexiam, ele não perceberia o que estava sendo falado, de tão baixo que saía o som. — No f-filme, ela ajuda o Marlin a encontrar seu filho... Ele era sua vida. E e-eu acredito que você faz a mesma coisa comigo. Você me auxilia a me en-encontrar na vida...

Styles ouvia tudo com atenção e fascínio. Ele estava encantado com as palavras que lutavam para se fazer presente no ambiente. O cacheado tem consciência de que o que acabara de acontecer havia sido um passo enorme para o ômega, e isso só comprovava o quanto ele confiava no alfa.

Contudo, talvez nem Louis tivesse noção do quão impactante foram aquelas palavras. Continue a nadar. Ele precisava ser lembrado frequentemente sobre isso, mesmo sentindo como se merecesse se afogar. Repentinamente, tudo fazia sentido à Harry e ele não poderia concordar mais com o ômega sobre se sentir como a Dory. O peito do cacheado arde em angústia, e então ele caminha os poucos metros que o distanciava de Louis e seus braços tatuados o rodeiam fortemente.

Ele era tão perdido quanto a personagem. Não sabia onde estava, e então ele encontrou Louis e foi como se uma luz no fim do túnel clareasse sua mente. Ele não entende porquê, mas se o ômega estava aqui, com ele, dizendo o quão importante o alfa era em sua vida, então talvez isso fosse verdade. Harry se perdeu na vida, mas está ajudando Louis a se encontrar. Acidentalmente, o de olhos azuis também o ajudou, contudo, apenas a mera existência daquele ser divino era o suficiente para fazê-lo se achar, afinal, ele era sua vida. Ele sabia disso agora, e ao sentir o aroma delicioso e vivo de sua cerejinha, ele nunca se sentiu tão ansioso para vivê-la.

Seus olhos esverdeados enchem de água ao inspirar tão fortemente o perfume que parecia ser feito para ele. Louis pareceu surpreso com a súbita ação, mas tão certo como parecia para o alfa, também pareceu para o ômega. Os braços cobertos pela manga branca do vestido rodeiam o tronco do tatuado, e ele espera estar retribuindo todos os sentimentos que sentia no momento. Eles eram uma bolha de paixão, impossível de ser estourada.

Pressionando um beijo final demorado no topo das madeixas cheirosas e castanhas de Tomlinson, ele respira fundo tentando controlar sua emoção, e se afasta minimamente do menor, sua mão tatuada preenchendo a pele de sua bochecha, seu polegar acariciando com paixão o local.

— Agora eu me sinto um idiota por ter escolhido um simples gato pra te descrever. — Styles solta uma risada rouca, e entrega desanimadamente a pelúcia que tinha em suas mãos ao ômega. O de franja se desprende do abraço, seus olhos procuram a pelúcia e então eles se iluminam da forma mais intensa naquele dia.

— Marie! — Os lábios de Tomlinson se entreabrem em surpresa e entusiasmo. Recolhendo o pano vazio da pelúcia, ele a leva até seu pescoço, a apertando em seus braços e a balançando com os olhinhos fechados, suspirando fundo com a escolha de Harry. Guardando a imagem que seus olhos prestigiavam, o alfa se questiona se seria possível arranjar uma pelúcia de Louis.

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Na segunda etapa, Dolly os encaminhou até as opções de cheiros que colocariam na pelúcia. Suas mãos não demoraram a se atraírem novamente. Na loja, era possível absorver o aroma natural dos indivíduos e colocá-los em um objeto circular pequeno, enfim enterrando o círculo aromatizado dentro da pelúcia. Ambos aromatizaram o pequeno objeto, seguindo até o aparelho onde poderiam gravar um som para colocarem em seus ursos.

Haviam opções de optar por um som já existente, mas o par não quis isso. Eles preferiam gravar seu próprio som. Para Dory, Harry insistiu que Louis cantasse "continua a nadar", e após bochechas excessivamente vermelhas e oposição, o de olhos azuis finalmente concordou.

— Quando eu dizer "ok", você pode começar a falar. — Dolly instruía, e o ômega estava parado em frente à grande caixa de som de modo nervoso, suas mãos haviam se soltado das de Harry, e ele abraçava fortemente o pano sem preenchimento de algodão de Dory em frente à seu peitoral. — Ok. — Respirando fundo, Louis se aproxima do microfone.

— Continue a nadar, continue a nadar, continue a nadar, a nadar, a nadar... Para achar a solução, nadar, na- Hazzy! — Um alfa totalmente apaixonado atrapalha a gravação de Louis, não se contentando com apenas observar o quão adorável o ômega estava cantando a canção. Subitamente, o nariz do tatuado encontra o pescoço chamativo e extremamente cheiroso de Tomlinson, suas mãos grandes que tinham posse de Marie se instalam na cintura marcada de maneira intensificada pelo corset, e o cacheado rodeia o tronco do ômega, trazendo seu corpo para seu espaço pessoal enquanto fungava fortemente o pescoço do menor. Isso fez com que Louis sentisse cócegas, se atrapalhando com a música e soltasse um "Hazzy" surpreso, deixando risadas adoráveis escaparem de seus lábios. Toda a interação havia sido gravada em áudio.

— Você é a coisa mais adorável do mundo. Meu gatinho cheiroso. — As risadas roucas do tatuado causavam cócegas no pescoço do ômega, e ele tenta afastar a pele do nariz do cacheado enquanto não se continha e ria, mas o mais velho é muito mais forte, portanto, não é difícil conquistar a vitória. Todavia, o de olhos verdes retira sua narina do local, apoiando seu queixo no topo da cabeça de Louis, os braços continuavam rodeando a cintura fina com firmeza, uma de suas mãos acariciavam o quadril largo por cima do vestido fino.

É a vez de Styles gravar o áudio, e ele sabe exatamente o que dizer. Contudo, ele não quer que Louis escute agora. Tentando ignorar o biquinho adorável que se formava nos lábios do ômega, ele pede à Tomlinson para ir em outra sessão para que o alfa possa gravar o áudio surpresa.

— Você só pode escutar quando chegar em casa!

Na terceira etapa, eles precisam preencher a pelúcia com algodão, então Dolly recolhe as escolhas do par e as preenche. Um coração pequeno que contém batimentos cardíacos eletrônicos é entregue aos dois.

— Vocês precisam esfregar o coração de vocês na bochecha para sempre sorrirem. — Dolly instrui com um sorriso. O alfa e o ômega não deixavam o calor um do outro, esfregando o coração em suas bochechas, mas o cacheado pega Louis de surpresa ao começar a friccionar o objeto vermelho na maçã do rosto de Tomlinson, sendo retribuído com risadas gostosas. — Agora vocês esfregam o coração nos braços para sempre se sentirem abraçados. — Mesmo tímido, o de olhos azuis acompanha a brincadeira do alfa e fricciona o coração na pele tatuada dos braços que rodeavam sua cintura. — E por fim, vocês deverão beijar o coração e fazer um pedido, e ele se realizará. — O par coloca o objeto um na boca do outro, mas o alfa aperta ambas as bochechas de Louis com uma de suas mãos, formando um biquinho adorável. As risadas são impossíveis de serem contidas.

O desejo que fazem é o mesmo sem que saibam. Eles desejam liberdade de suas almas e corações.

Finalizando, eles se dirigem até a sessão de roupas e acessórios. Iriam finalmente caracterizarem suas pelúcias. Eles entram em um consenso de que Harry vestiria Marie em uma mistura de sua personalidade com a de Louis, e o ômega faria o mesmo com Dory.

Deixando o calor do corpo do alfa apenas para poder decidir entre as centenas de opções, ele corre seus olhos azuis em animação. Dory estava posicionada em seus braços, ele a abraçava em seu tronco coberto pelo corset e o vestido branco. Encontrando uma saia de tutu de arco-íris, seus olhos se iluminam e ele não hesita em escolhê-la. Na sessão de camisetas, o ômega descobre uma camiseta rosa com uma borboleta lilás no centro, e ele não consegue impedir o significado que domina seus pensamentos. A borboleta ficaria posicionada exatamente no estômago de Dory, era perfeito para ilustrar o que ele sentia quando estava na presença do mais velho. Animado com suas escolhas, o menor se dirige até a sessão de acessórios, e sua imaginação retorna ao dia do parque de diversão ao analisar a bandana enfeitada de ursinhos rosas. A de Harry tinha a estampa da bandeira dos Estados Unidos, mas na concepção do ômega, essa era muito mais fofa.

Não era preciso ser uma pessoa observadora para concluir que a cor favorita de Louis era rosa.

O os olhos azuis de Tomlinson não encontravam os cachos de Harry, e ele entende que o alfa provavelmente estava escolhendo algo um pouco mais distante de onde ele estava. Pensando em procurar o tatuado, ele caminha pela loja com os pertences em mãos, mas paralisa ao encontrar uma moto de pelúcia rosa-choque. Era perfeito! Soltando um gritinho animado, ele segue a trilha até o objeto em pequenos pulinhos.

— Gatinho? Estava te procurando. — O mais novo vira sua atenção à voz, procurando-a e sorrindo largo quando observa o alfa atraente caminhar em sua direção com um sorriso doce nos lábios. Era quase impossível para os bracinhos do ômega carregarem todos aqueles pertences, ele quase desaparecia por detrás deles. — Uau, você realmente encontrou muitas coisas. — Harry não aguenta tamanha fofura e solta uma risada, Tomlinson acenava com a cabeça de modo ansioso. Styles não sabia o que esperar das escolhas do ômega, mas não deveria se surpreender pelo foco de seus olhos serem tomados pela cor rosa.

— Hazzy, a Dory tem uma moto, assim como você!

— Estou vendo, gatinho. — Styles ria em conjunto com o olhar brilhante ao analisar as ruguinhas no canto dos olhos de Louis. — E por que essas roupas? Você acha que eu deveria começar a usar saias? — Harry se aproxima com os dentes ainda expostos, ajudando o ômega a segurar melhor suas pelúcias. Investigando as vestimentas de Dory, ele arqueia uma de suas sobrancelhas para Louis que abraçava fortemente o peixe em frente a seu tronco.

— Não, Hazzy! Mas eu adoro saias. E a camiseta eu escolhi porque... — No final da frase, o tom de sua voz diminui, e ele encara seus dedinhos calçados na sandália, suas bochechas estão incrivelmente vermelhas e o alfa está tendo dificuldades em não apertá-lo em seus braços. — P-Porque você me faz sentir borboletas no estômago. — Styles sente que seu rosto se rasgaria em um sorriso.

— Eu faço, é? — O alfa provoca, intensificando a coloração avermelhada nas bochechas do ômega que solta uma lufada de ar de modo irritado por Harry estar o envergonhando. — Sabia que eu literalmente tenho uma borboleta no meu estômago? — Com isso, o de olhos azuis encara rapidamente o semblante risonho do alfa. — É uma tatuagem. Talvez um dia eu te mostre se você for um bom gatinho. — O cacheado pisca um de seus olhos verdes, e o menor cora novamente, abaixando sua cabeça em submissão. Isso era tudo o que ele queria, ser um bom gatinho para Harry.

As peças de roupa que Styles escolhera para Marie consistia em um avental de confeiteiro da cor azul com alguns enfeites de girassóis — caracterizando o amor que Louis sentia pela culinária — e um lacinho de cerejas para prender no topo da cabeça da gata Marie. Como acessório secundário, o cacheado selecionara um banquinho de madeira feito de pelúcia, uma provocação ao fato de Louis ser extremamente baixinho e precisar de um banco para que o topo de seus cabelos possa pelo menos atingir o nariz do alfa.

Ao notar a organização do tatuado, Louis não consegue conter uma risada infantil e bochechas coradas.

Na quinta etapa, eles poderiam decidir o nome de cada pelúcia. Louis resolveu nomear Marie de Hazzy, e o alfa nomeou Dory de Cerejinha. No final, eles trocaram os brinquedos, o ômega ficaria com a gata Marie que tinha cheiro de grama recém-cortada, cravo e um toque amadeirado, era o aroma do alfa. Dory possuía perfume de cereja, morango e flores.

No pagamento, Louis insistia em pagar pelo menos por Dory, mas o alfa não aceitou, pagando por ambas as pelúcias e rindo quando seu gatinho portou um biquinho emburrado nos lábios, os braços cruzando em frente ao seu peitoral. O tatuado não se conteve e abraçou o de olhos azuis por trás, deixando singelos beijos no pescoço cheiroso do ômega, que não suportou a carícia e começou a rir.

Na hora de partirem, suas pelúcias estavam em uma mochila especial para elas, e eles carregavam risonhamente os brinquedos em suas costas, as mãos unidas ao que caminhavam até o mustang de Zayn para poderem chegarem ao próximo destino.

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Harry empurrava um carrinho de supermercado com um ômega sorridente dentro pelas estantes do local. Louis estava sentado com as pernas retraídas rente a seu peitoral, ele tinha cuidado em não deixar à mostra sua roupa íntima, cobrindo-a com as dezenas de petiscos que compunham o espaço. A mochila com Marie era carregada em suas costas, e o alfa impulsionava o carrinho, às vezes seus pés deixavam o chão e o cacheado se apoiava nas rodas do objeto, seus braços agarrando as laterais do metal, seu tronco se inclinando até estar colado ao pescoço do ômega.

Para cativar ainda mais risadas de Tomlinson, ele ocasionalmente utilizava sua força e rapidez para empurrar o carrinho e correr pelos corredores, os fios macios e cheirosos de Louis voavam com a velocidade, e ele gargalhava alegre com as brincadeiras bobas de Styles. As pessoas encaravam, algumas riam extrovertidamente, outras reviravam os olhos, mas era inegável o quão palpável era a paixão que rodeava o alfa e o ômega.

O par estava presente no estabelecimento para poderem comprar guloseimas e bebidas para o destino final. O de olhos azuis não fazia ideia do que poderia ser o plano, mas ele confiava cegamente em Harry, se o alfa o levasse até o inferno, ele continuaria se sentindo seguro, afinal, não importava o lugar se ele estivesse na presença de Styles.

Contudo, o cacheado não se satisfez em apenas escolher guloseimas. Ele queria que até a mera seleção de alimentos se tornasse uma diversão. O de olhos verdes propôs escolher às cegas os petiscos. Louis andava pelo corredor timidamente enquanto apontava com seu dedo indicador as prateleiras, os olhos fechados e esperando o comando de "parar" vindo de Harry que observava tudo com um sorriso enorme em seu rosto. O ômega fizera o mesmo com o alfa, e no final eles conquistaram dezenas de alimentos aleatórios, assim como ambos conquistavam o coração um do outro a cada segundo que passava.

Styles comunicou que deveriam escolher filmes, e após se encaminharem para a sessão de DVD's, o par também escolheu às cegas as projeções. Acabaram levando "As Crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian", "Liga da Justiça" e "Legalmente Loira 3". Honestamente, Styles ficou extremamente animado com as opções. Ele odiava aqueles filmes, e acreditava que pelo modo como um biquinho se formou nos lábios rosados de Louis, ele também não era o maior fã. Isso apenas significaria que ele poderia perturbá-lo com beijos no meio das longas-metragens e não seria um problema.

Com mochilas nas costas preenchidas pelas pelúcias e sacolas sendo carregadas por Styles, eles partem para o carro, Louis quase saltava em animação com a possibilidade do que seria o terceiro e último destino.

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O alfa dirigia o carro há alguns minutos, a costa da mão direita do tatuado estava apoiada na coxa macia e farta de Louis, e apenas aquele toque fora o suficiente para ele acreditar que estava dirigindo em direção ao paraíso. Os dedinhos do ômega brincavam timidamente com a mão grande do alfa, apertando seus dedos cobertos pelos anéis, passeando as unhas sobre a palma quente do cacheado, descobrindo todas as linhas de sua pele. Em alguns momentos o de olhos azuis entrelaçava acanhadamente sua mão na do tatuado, observando a diferença de tamanho entre ambas, e então ele soltava risadinhas tímidas que preenchiam o ouvido de Harry, que sentia uma vontade imensa de estacionar o carro e beijá-lo com todo o seu amor.

— Chegamos, gatinho.

Tomlinson desvia sua atenção das mãos entrelaçadas para presenciar a visão a sua frente. A franja caía sobre seus olhos, e suas sobrancelhas franziam em confusão ao encarar o local. Era um estacionamento deserto um pouco longe da cidade, o mustang de Zayn era o único automóvel ocupando o espaço, e um muro enorme compunha a paisagem. As íris azuis de Louis deslocam o foco para o alfa em um questionamento silencioso.

Antes de soltar a mão macia do ômega, o cacheado a traz até a altura de seus lábios e pressiona um beijo casto no local. Retirando-se do carro que continha a mistura de ambos os aromas, o tatuado se dirige até o porta-malas, se deparando com os pertences que ele empacotou especialmente para esta noite.

— Hazzy? — Uma voz tímida obtém sua atenção. O ômega estava parado ao lado do porta-malas, suas mãozinhas se entrelaçavam em frente ao corset rosa, as alças da mochila de Marie apareciam em seus ombros e seus pezinhos estavam quase grudados um no outro.

— Vem cá, gatinho. — Harry abre os braços tatuados com um sorriso fascinado, e Louis não hesita em se dirigir rapidamente até o calor do abraço. Ele rodeia a cintura do cacheado, apertando o tecido da camisa larga em suas mãozinhas, seu nariz fungava o aroma do peitoral forte. — Vamos assistir filme sob as estrelas.

E só então Tomlinson repara na bagagem que compunha o interior do automóvel. Havia uma caixa com uma imagem de um colchão inflável, informando o que consistia dentro. Cobertores felpudos e travesseiros brancos estavam devidamente dobrados e escondidos no canto, e uma outra caixa menor estava posicionada em cima de um notebook e ao lado de uma sacola espaçosa de plástico.

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Posteriormente, o colchão inflável de casal da cor azul estava preenchido por ar e posicionado em frente ao carro. O par havia ajeitado as cobertas e travesseiros, transformando o leito em algo confortável e aconchegante. Styles trouxe velas, e as acendeu ao lado do colchão, dando um aspecto romântico. O local estava iluminado, tanto pelas velas quanto pelas estrelas que pincelavam o céu negro.

No final do colchão, as guloseimas que o alfa comprou estavam espalhadas pelas cobertas, e um cabo de extensão conectava o notebook apoiado em cima de uma bolsa preta no chão do estacionamento deserto a um adaptador de tomada no interior do mustang. O eletrônico estava ligado, o DVD de "As Crônicas de Nárnia" já estava devidamente inserido e pronto para ser iniciado, e um projetor exibia a imagem no enorme muro posicionado à alguns bons metros de distância.

Louis está fascinado. Maravilhado. Apaixonado.

O alfa se esforçou tanto apenas para um simples encontro, ele se pega sonhando acordado sobre como seria quando ele o beijasse. O sentimento que sentiria seria maior do que a infinidade do céu estrelado? Os lábios do cacheado teriam um gosto melhor do que o gosto de liberdade que ele sentia no momento? O toque de Harry o faria viajar para outra dimensão mesmo continuando nos braços do tatuado? Louis tem certeza que sim, não seria possível que isso não se concretizasse se a pessoa que estava ao seu lado era a razão de ele estar vivendo o paraíso na Terra.

Retirando a sandália e se deitando no colchão macio revestido por cobertores, ele observa o modo como o alfa faz o mesmo com suas botas, e o espaço ao seu lado é preenchido por um corpo forte e cheiroso. O corpo que ele decretou como o seu lar.

O ômega está sentado com as pernas relaxadas ao lado do corpo, as cobertas sob seu traseiro, e o vento fresco da noite arrepia sua pele. Marie e Dory os acompanham, e quando o alfa finalmente se senta, Tomlinson não raciocina antes de se acanhar no calor do tatuado. Seus braços cobertos pelo vestido branco agarram a cintura de Harry, e sua bochecha rósea cola no peitoral musculoso de Styles. Inspirando fundo o aroma amadeirado, ele fecha os olhos azuis, sorrindo quando o de covinhas retribui o aperto e o deita no colchão.

Querer estar com Harry se tornou um instinto.

O ômega não sabe se faria isso se refletisse mais de uma vez antes de agir, mas mesmo morrendo de vergonha, ele não se arrepende. O abraço do alfa era mais confortável e aconchegante do que o colchão que sustentava seus corpos.

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O filme estava sendo refletido no muro por pelo menos trinta minutos, o alfa não prestava atenção em nada, apenas focalizava no modo como o ômega apertava suas mãozinhas em sua camisa larga, um claro sinal de nervosismo. Os pezinhos de Louis batiam incansavelmente no colchão, e às vezes era possível notar que quando Styles se aproximava mais do que o normal para poder oferecer uma guloseima ou apenas fungar o aroma doce de Tomlinson, o de olhos azuis subitamente travava e sua respiração falhava.

Louis estava uma pilha de nervos.

O braço direito do alfa está servindo como travesseiro para a cabeça do mais novo, e Tomlinson gostaria de possuir um travesseiro como aquele para sempre. Com o braço por baixo do ômega, a mão do maior está dobrada em uma posição que se torne possível que os dedos ágeis e doces de Styles acariciem a maçã do rosto de Louis.

Com o outro braço, o cacheado se estica para alcançar o pacote de jujubas que estava atrás do ômega, e assim que o ato se concretiza, o menor congela. Harry não aguenta mais vê-lo desse modo.

— Gatinho. — Se Styles não estivesse tão atento aos mínimos detalhes de Louis, ele não perceberia o jeito como o corpo do ômega sobressalta ligeiramente em receio. Seus troncos estão colados, e ele sente os batimentos cardíacos do mais novo se acelerarem. — Olha pra mim. — Não conseguindo negar o pedido do alfa, os olhos azuis encontram o rosto do cacheado. O mais velho já tem as íris posicionadas no semblante perfeitamente modelado de Tomlinson e, pela falta de distância, quase não há espaço entre os dois rostos.

Ao mesmo tempo que o ômega sente necessidade de acabar com o pouco espaço, ele também quer se distanciar. Suas bochechas estavam avermelhadas, e seus lábios entreabertos. A respiração quente do alfa invade a pele de seu rosto, causando arrepios até os dedos de seus pés. Mesmo seus lábios não estando conectados ainda, o ar entre suas bocas já estava interligado.

— Por que você está tão nervoso, cerejinha? — O olhar do cacheado intercalava entre os lábios convidativos e os olhos divinos do ômega. Com a pergunta, o mais novo abaixa o olhar, encarando o pescoço tatuado de Harry. Os dedos do alfa continuam dançando pelo rosto vermelho do menor.

— E-Eu... Estou com m-medo. Eu não quero ser ruim. — A confissão sai em um sussurro, e quando o olhar azul do de franja focam novamente nos de Harry, o alfa percebe que eles estão levemente molhados.

— Está com medo de não ser bom para mim, cerejinha? É isso? — Styles questiona com um pesar no coração, e o ômega assente timidamente. O alfa não consegue deixar de soltar uma risada leve. — Você, um anjo, está com medo de beijar um mero mortal, cerejinha? Se tem alguém que deveria estar com medo, esse alguém sou eu, e eu estou. Estou com medo, cerejinha. Muito. Eu não sei o que isso significa pra você, mas pra mim é muito mais do que um beijo. Eu sinto que isso irá recomeçar a minha vida, e a minha vida agora é você. Eu quero recomeçar tudo, quero ser bom pra você também. Você nunca seria ruim pra mim, você é a perfeição. É tudo o que eu sempre sonhei, tudo o que eu sempre quis. Você é um sonho que eu não mereço estar vivendo, mas fico contente se eu nunca mais acordar. Você é o meu mundo, cerejinha. — As palavras são sussurradas no estreito espaço entre seus lábios, e o ômega não consegue se segurar ao que algumas lágrimas escorrem por seu rosto. Ele estava tão feliz.

Um soluço curto deixa os lábios rosados do ômega, e Harry estica os lábios em um sorriso triste. Ele não merecia Louis, mas não o deixaria escapar. Com a outra mão que não estava acariciando o rosto de Tomlinson, o alfa varre os dedos sobre as lágrimas grossas do mais novo. Subitamente, ele vira o rosto, encarando o céu estrelado que pairava sobre eles.

— Se as noites fossem tão lindas quanto você, eu passaria noites em claro olhando para o céu. — Como se quisesse provar o seu ponto, os olhos verdes se voltam para o semblante encantado de Louis. O olhar do alfa transmitia tudo o que ele sentia no momento, uma imensidade de sentimentos bons. A mão esquerda de Harry desce pelo corpo delineado do ômega, estagnando na cintura marcada pelo corset.

Imprevistamente, Styles se sente nervoso e, ao sustentar o olhar nos lábios vermelhos de Louis, sua mente fica mais branca do que o vestido que o mais novo usava.

— Você é padeiro? — O cacheado sorri com a própria pergunta, sabendo que isso acalmaria os nervos do ômega. Tomlinson por um segundo tem o semblante confuso, mas então ele está sorrindo abertamente com algumas risadinhas escapando por entre as presinhas. Quando o menor nega, o alfa continua. — Porque seu pai é um sonho. Não, espera...

As sobrancelhas castanhas de Styles se aproximam, formando uma expressão confusa, os olhos de esmeraldas desviam para um ponto qualquer. Aquilo não estava planejado, contudo, a gargalhada alta e infantil que deixava a garganta de Louis foi a reação que ele almejava. Percebendo o modo com o ômega tinha os olhos fechados e suas ruguinhas marcavam o canto de seus olhos, o cacheado finalmente se aproxima, e ele destrói a distância que separava seus lábios.

Instantaneamente, o de olhos azuis congela, mas não se afasta. Suas mãozinhas apertam mais fortemente o pano da camisa de Harry, e o alfa consegue sentir a intensidade com que o coração de sua cerejinha está batendo em seu peito. Ambos os corações pareciam querer deixar o interior de seus corpos e se enlaçarem, transformando-se em um só.

Era isso o que eles eram agora. Um só. Não existia mais Harry sem Louis, nem Louis sem Harry. A partir daquele momento, suas vidas seriam sobre um ao outro, e eles seriam o próprio infinito.

Se a vida do alfa acabasse nesse instante, ele morreria feliz. Contudo, em seu atestado de óbito estaria escrito que a causa de sua morte fora a experiência de beijar os lábios feitos de nuvem. Ele estava no solo, mas se sentia no céu.

Por alguns segundos, os lábios não se movem, apenas se familiarizam com o toque e sensações que era acolhida em seus corpos. Harry nunca sentiu lábios tão macios quanto os de Louis. Eles se encaixavam perfeitamente sobre os seus, era a peça que faltava no corpo do alfa. Por tempos, ele cobria sua pele com desenhos, em busca de encontrar algo que finalmente estacasse seu vazio, mas era em vão. Agora, sob o céu estrelado enquanto o filme passava no muro, ele sabe que nunca esteve tão completo. Ele havia finalmente encontrado algo que o inundava.

Seus lobos interiores gritavam, eles se sentiam vitoriosos.

Lentamente, Styles se afasta do calor dos lábios de Tomlinson, e mesmo sendo por poucos segundos, ele sente falta. Suas pálpebras relaxam, e a cena que ele presencia talvez seja o suficiente para que dentro de si esteja mais iluminado do que a junção de todas as luminosidades da noite. Louis tem os olhos fechados, as bochechas extremamente coradas, os lábios entreabertos e vermelhos. Ele era o sinônimo de perfeição.

— Você me tira o fôlego, cerejinha. — O alfa sussurra, a mão que apoiava a cabeça do ômega estreita o aperto, buscando trazer o menor para mais próximo de si. Com a outra, ele tira o seu tempo para acariciar e delinear o rosto do garoto de olhos azuis. Seus narizes se encontram, e o ômega entreabre os olhos. A imensidão possível de ser observada deixava o alfa zonzo, ele enxergava seu futuro naquelas íris. Surpreendendo Styles, um sorriso enorme toma conta das linhas dos lábios do ômega, e Harry retribui com a mesma intensidade. — Espero que dessa vez você não me dê um tapa. — Com a brincadeira sobre o passado deles, ambos riem, e então Louis o olha como se esperasse algo. Ele queria ser beijado novamente. Sua cerejinha o queria.

Como se o ômega fosse feito de porcelana, os lábios úmidos, rechonchudos e macios do alfa encontram mais uma vez os de Tomlinson, e a sensação parece ser mais avassaladora ainda. Contudo, Harry não se contenta em apenas pressionar seus lábios no do mais novo, ele queria sentir o sabor interno do garoto de franja, e pela maneira como as mãozinhas de Louis apertavam sua camisa e um de seus pezinhos se colocava sobre a perna do cacheado, ele sabe que o ômega também quer.

Entreabrindo os lábios, ele sente o de olhos azuis seguir timidamente os seus movimentos, e é impossível conter um sorriso entre o contato. A ponta de sua língua experiente adentra lentamente o interior da perdição que era Louis Tomlinson, e ele sente seu coração falhar uma batida ao recolher o sabor de morangos e cerejas tão vivo em seu paladar. Ele era delicioso.

Suas bocas estavam em contato há alguns minutos, mas Harry já se sente como um viciado. Agora que finalmente provou do sabor de Louis, ele nunca iria se contentar com menos do que algo angelical.

Sua língua esbarra na inexperiente de Tomlinson, sua pele parece pegar fogo, ele sente o modo como Louis está nervoso. Ansiando por entrelaçar suas línguas, ele leva sua mão que descansava na cintura do menor para sua nuca, aprofundando o beijo. O ômega está entregue, totalmente submisso e à sua disposição para seu próprio desfrute, mas ele quer que isso seja bom para ambos.

As salivas com o gosto característico de cada um banham a boca um do outro em desejo, e Harry se empenha em auxiliar o de franja. Mesmo o ômega sendo inexperiente e não sabendo direito o que fazer, é o melhor beijo da vida de Styles.

A tatuagem de borboleta em seu estômago parece criar vida e querer sair de seu interior, em busca de mais da experiência que vivenciava. Seus lábios passeiam e exploram o sabor de ambos, as línguas se juntam em sincronia, e Harry vira sua cabeça levemente para o lado para obter melhor acesso à Louis. O barulho de suas salivas ecoava por seus ouvidos, remexendo seus interiores em felicidade. O alfa beija o ômega como se ele fosse feito de vidro.

Styles estica seu tronco para cima com o objetivo de ficar sobre o corpo do ômega, mas Louis parece entender errado e um miadinho necessitado deixa seus lábios que ainda estavam colados no de Harry.

Porra.

Isso é o suficiente para o alfa perder o resquício de sanidade que lhe restava, e ele se debruça sobre o corpo pequeno do ômega, beijando-o com o máximo de paixão que conseguia transparecer. Um rosnado baixo em deleite escapa da garganta do alfa, e o aperto que Tomlinson possuía na camisa do cacheado se intensifica. As mãozinhas de Louis abraçam as costas do cacheado, seus dedos caminham pelo local, passeando pelos músculos do tatuado.

A cabeça do mais novo continua apoiada no antebraço do cacheado, e com a outra mão, o alfa utiliza os dedos como uma dança ao descê-los pelo tronco pecaminoso de Tomlinson. A palma da mão de Styles encontra a coxa macia e quente de Louis, e ele varre o local de modo carinhoso, sentindo a pele se arrepiar sob seu toque. Os traços eram inocentes, o momento era inocente. A corrente que estava pendurada no pescoço grosso de Harry se balança sobre o corpo do ômega, e o frio da jóia com o calor da pele dourada de Louis é o suficiente para arrancar suspiros tímidos de Tomlinson.

O ômega era tão macio, tão cheiroso, tão perfeito. Os aromas se misturavam de modo intensificado pela alegria do momento, Harry banhava o corpo de Louis com seu cheiro, e o mesmo era feito inconscientemente pelo de olhos azuis.

O colchão em que estavam parecia ter se transformado em nuvem.

Os dedos dos pés de Louis se embolavam em felicidade. Após um tempo, Styles afasta minimamente seus lábios, um fio de saliva interligava o local. O verde encontra o azul, e ele não consegue se conter ao que começa a pressionar selinhos na boca de Louis, que ri timidamente com a ação, suas bochechas totalmente vermelhas. Sempre que Harry se aparta, o ômega timidamente segue seus lábios como um ímã, não querendo acabar com o contato.

— Meu gatinho cheiroso, seus lábios são o paraíso. — O alfa rouba mais um selinho delicado, sua língua passeando pela sua própria boca em busca de resquícios do sabor adocicado de Tomlinson. — Você foi tão bom, você é um ômega tão bom. O melhor de todos, o único para mim. — De maneira submissa, o de franja fecha os olhos, e ele liberta mais um miadinho. Os dentes perolados do alfa agarram cuidadosamente o lábio inferior vermelho e brilhante do menor, puxando-o e abrigando-o em uma sucção pequena no final. As covinhas de Harry estão tão profundas quanto o buraco em seu coração recém-coberto.

Louis parece adorar as mordidinhas em sua boca, ronronando entre o contato, suas mãos aparentam fazer o movimento de um verdadeiro gato afofando o tronco do alfa, eram verdadeiras garrinhas. A língua saborosa do cacheado passeia pelos lábios avermelhados do menor, umedecendo-os.

— Você quer tentar me morder, gatinho? Eu quero sentir suas presinhas nos meus lábios. — O tatuado sussurra em um suspiro no espaço inexistente entre suas bocas, recebendo um aceno tímido, porém ansioso de Louis. — Meus lábios são seus, faça o que quiser com eles.

Lentamente e cuidadosamente, as presinhas do ômega encontram o lábio inferior do alfa, e ele morde de modo tímido e suave a carne farta do local, tentando reproduzir do mesmo jeito que Styles fez em si. Os olhos azuis estão abertos, e ele encontra os esverdeados e apaixonados do mais velho. Por cima, o cacheado solta um grunhido necessitado.

— 'Azzy... — Um biquinho se forma no semblante de Tomlinson, ele deseja ser beijado verdadeiramente novamente. Styles concede, afinal, o alfa desejava o mesmo.

Pelo resto da noite, o filme é esquecido ao que os lábios se prendem poderosamente. Eles passam o resto da noite trocando beijos inocentes, conversando sobre coisas aleatórias, sobre suas famílias e seus sonhos e, quando a madrugada chega, Louis não pode dizer que é tão inexperiente assim. Assim como ele fora um bom professor para o cacheado, o tatuado estava sendo ótimo para o ômega também.

Quando eles resolvem deixar o local, faltam poucos minutos para o sol nascer e, mesmo que na opinião de Harry o sol já estivesse presente desde sempre, eles escolhem se dirigir para o mustang de Zayn que já estava preenchido pelos pertences utilizados na noite.

Durante o percurso de volta até a mansão de Perrie, suas mãos se mantém entrelaçadas, e eles não conseguem disfarçar o sorriso que explode em seus rostos. Olhares cúmplices são trocados em alguns momentos, e as bochechas de Louis estão há um bom tempo avermelhadas.

Estacionando na fachada da mansão, ambos descem do veículo. Styles rapidamente puxa a cintura do ômega a seu encontro, e seus lábios se chocam novamente ao que eles soltam o peso de seus corpos na traseira do veículo. Como se fosse seu território, a língua macia e quente do mais velho se apossa do interior da boca do ômega. As mãos de Louis encontram os cachos curtos da nuca do alfa, e as de Styles pairam sobre a cintura fina do baixinho. Os pés calçados pela sandália branca se apoiam na superfície das botas do alfa, diminuindo a diferença de altura do par. Mesmo assim, Tomlinson se encontra na ponta dos pés, causando uma ondulação genuína no espaço entre o traseiro e a espinha do ômega.

As mãos grandes de Styles varrem pelas costas e cintura do mais novo, a ponta de seus dedos causando arrepios pelo corpo de Louis ao que ele os sente passearem pela sua pele coberta pelo vestido. O sol começara a nascer, e quando o alfa se desprende dos lábios deliciosos de Louis, ele pressente seu coração doer ao observar o dourado do sol entrar em contato com o dourado da pele do menor, ele parecia ser beijado pela grande estrela. Todavia, ele não se acanha. Ele sabe que seus lábios são os únicos que tem a liberdade de encostar no mais novo.

Com o passar da madrugada, o de olhos azuis se sentia mais solto e confiante para explorar sedentamente o interior da boca do alfa. Ele utiliza dos lábios e sabor de Harry para o seu próprio prazer e curiosidade.

Se não fosse por uma loira descabelada e com a cara amassada abrindo a grande porta e gritando estridentemente de felicidade, ambos continuariam daquele modo até a mãe de Louis chegar, o que seria um perigo.

Notando a presença de sua amiga, o ômega esconde seu rosto no peitoral cheiroso do alfa, envergonhado por ter sido pego beijando Harry. O tatuado rodeia seus ombros, o apertando em seu tronco com um sorriso rasgando seus lábios.

— Eu não acredito! Eu deveria ter vindo com meu celular! — Perrie exclama, dando pulinhos. Contudo, a beta explica que veio checar se realmente era o ômega que chegara de carro, preocupada com o fato de que Johannah o buscaria em poucos minutos. Assustado e sendo bruscamente trazido para a realidade, Tomlinson tenta se desprender do calor confortável do alfa e correr até a casa para tomar um banho e — mesmo com dor no coração — retirar com sabonetes especiais o cheiro do tatuado em seu corpo.

Todavia, ele é impossibilitado de deixar o abraço de Harry sem pelo menos uma despedida digna. Perrie comunica que voltaria em poucos segundos, deixando-os a sós. Eles se beijam por mais algum tempo antes de Perrie interrompê-los novamente.

Eles estavam viciados um no outro.

— Vou deixar você entrar, gatinho. — Um selinho é deixado nos lábios de Louis, que cora. — Obrigado por hoje. Obrigado por existir. — Outro selinho, mais demorado. — Saiba que esse foi o melhor dia da minha vida. — Então o alfa retorna a beijá-lo, aprofundando o beijo antes de ser interrompido novamente por Perrie. O ômega estava totalmente vermelho, envergonhado por Edwards estar presenciando aquilo. Sempre julgou casais que se beijavam na frente de outras pessoas, mas ele não queria realmente parar.

— Esse também foi o melhor dia minha vida, Hazzy. Obrigado. — Louis sussurra com as bochechas rosadas ao encontrar os olhos verdes, seus cílios batendo graciosamente em inocência, não percebendo o efeito que possuía em Styles.

O alfa observa com paixão o ômega entrar, a mochila com a Marie em suas costas. Sorrindo, ele retorna para o carro, se sentando confortavelmente no assento de couro. A saudade dos lábios e presença de Louis retornam. Suspirando apaixonadamente, suas covinhas tomam conta de sua face, e seus dedos alcançam seus lábios, varrendo em nostalgia o local.

Ele nunca esteve melhor.

Tudo ficaria bem.

-

Sendo interrogado incansavelmente por sua melhor amiga, ele timidamente responde suas perguntas com um sorriso sonhador nos lábios, mas então ele se recorda da pelúcia Hazzy — Marie — e com ansiedade, a aperta em seus braços, querendo descobrir qual fora o áudio gravado pelo alfa.

Oi gatinho, já está sentindo saudades da minha voz? Então imagina como está meu coração quando meu verdadeiro lar não está em meus braços.



-

E AÍ PESSOAL O QUE VCS ACHARAM??????????? Finalmente, hein. Essa foi a minha primeira vez escrevendo beijo, espero que não tenha ficado mico.

Gostaram da ideia do encontro? Achei importante frisar que o Harry pegou o carro que ele só usava pra transar pra levar o Lou em um date sem ter isso em mente!!!

Gente, caso vocês queiram, procurem vídeos de Build-A-Bear no YouTube, eu fiquei literalmente viciada neles.

A partir de agora, não vai demorar pra acontecer as coisas entre eles (smuttttt, amo). Hmmm, eu acho que eu tinha um monte de coisa pra falar mas esqueci!!!!

De qualquer forma, muuuuuuuuuuuuuito obrigada pelo apoio que vocês sempre me dão. Amo muito vocês, de verdade mesmo! <3 Feliz 2021!!!!

EU VOU CRIAR UM GRUPO NO WHATSAPP!!! QUEM QUISER ENTRAR, MANDA UMA MÃOZINHA QUE EU CHAMO NO PV!!!

Até a próxima! <3

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