↬ [3] O QUE HÁ DE TÃO BOM NO NATAL?

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4 dias até o natal.

      — Essa é a sua ideia de natal?

Parei o filme pela quinta vez.

      — Conhece algum filme de natal melhor que "origem dos guardiões?" — eu perguntei, me virando para encara-lo.

      Estávamos deitados em minha cama com o notebook ligado no filme. Como estava de madrugada e não poderíamos perder mais tempo, a única coisa que se passou pela minha cabeça foi ver um filme.

Sim, eu aceitei ajuda-lo nessa loucura.

      — Não conheço muitos filmes de natal, como você já pode perceber, eu não sou exatamente o fã número um do gordo.

      — Que horror, garoto. Deve estar na lista negra desde que nasceu — fechei o notebook, derrotada.

      — Vai me dizer que você acredita nessa baboseira? — ele virou de lado, apoiando a cabeça em seu braço, sustentando seu olhar ao meu.

      — Não — eu respondi, vendo ele fazer uma cara de "Viu? Estou certo". — Mas é legal fingir que é real. Essa é a magia do natal.

      — A magia do natal foi construída sob uma mentira?

      Peguei um travesseiro e o bati em Alexander, que começou a rir.

      — Não em uma mentira, bobo, em uma história.

      — Uma história que não existe.

      O olhei incrédula.

      — Você não entendeu mesmo, não é? — me virei de lado para encara-lo também.

      — Não entendi o que? — ele perguntou. Não parecia estar mentindo.

      O encarei por alguns segundos, pensando em como eu poderia explicar da melhor forma possível.

      Um sorriso se formou em meus lábios quando tive a ideia.

      Me levantei da cama e fui até o guarda-roupa, vasculhando-o.

      — O que você está fazendo? — Alex perguntou.

      — Já vai descobrir. — Eu disse, entusiasmada.

      Demorou um pouco até que enfim, eu encontrei.

      — Uma... caixa? — ele me olhou como se eu estivesse ficando maluca ou algo do tipo.

      — Não é só uma caixa. Pode abrir. — Eu disse, colocando a caixa em cima da cama.

      Alex me olhou como se esperasse algo a mais, mas por fim, ele abriu.

      Sua feição era de confusão.

      — Uma caixa de fotografias...?

      Suspirei percebendo que eu teria que explicar até os mínimos detalhes.

      Me sentei na cama e puxei a caixa para mim.

      — Está vendo essa foto? — a ergui.

      Era uma fotografia revelada de quando mamãe e eu fomos ao lago da nossa cidade para patinar.

      — Essa foto é da primeira vez que eu patinei no gelo. — Eu disse e entreguei a foto para ele.

      Peguei outra foto.

      — E essa aqui foi de quando a vovó me levou para tirar foto com o Papai Noel. — Também a entreguei a Alex.

❆ ENQUANTO O NATAL NÃO CHEGAOù les histoires vivent. Découvrez maintenant