Thimoty fica com cara de emburrado, mas não abre mais o bico.

Seguro suas coisas, e o moço afere sua pressão.

- 12 por 8, pressão perfeita. - O homem diz e mede a temperatura de Thimoty, tudo aparentemente está bem.

Thimoty fica calado e o moço preenche uma ficha, ele pede os documentos de Thimoty e pego a carteira no seu paletó.

Depois de preencher alguns dados, e de Thimoty responder algumas perguntas básicas o homem nos encaminha para outro setor, vamos ver um cardiologista.

- É a primeira vez que o Senhor sente essa dor? - O cardiologista pergunta para Thimoty.

- Sim, Senhor. Já passou, foi algo momentâneo. - Thimoty explica.

- Ele desmaiou doutor, eu fiquei tão assustada. - Digo segurando a mão de Thimoty, pois estou sentada ao seu lado, ele ainda está na cadeira de rodas.

O doutor faz inúmeras perguntas e pede alguns exames. Como Thimoty desmaiou ele quer que tudo seja feito em caráter de urgência.

- Eu não vou fazer exame de sangue. Me recuso. - Thimoty fala enquanto o doutor preenche os papéis.

- Doutor ele vai fazer todos os exames, pode preencher a papelada, inclusive pede exame de sangue completo. - Digo apertando a mão de Thimoty de leve.

- Fim dos tempos... colapso... - Thimoty começa a balbuciar e cruzo os braços o fitando.

Quando ele percebe que estou o encarando fecha a boca e não diz mais nada.

Daí em diante Thimoty começa a fazer uma bateria de exames. Roger vem até nós com a minha bolsa.

- Eu trouxe a sua bolsa, como estão as coisas? - Roger pergunta me entregando a bolsa.

- Obrigada, Roger. Já fizemos o exame de sangue, o de urina e um do coração, temos mais dois exames para fazer. - Explico.

- Meu pobre braço foi perfurado e meu precioso sangue arrancado. Estão fazendo exames sem necessidade. A Luíza me chantageou e estou sendo coagido a fazer os exames. - Thimoty resmunga emburrado.

- O Senhor comunicou o médico que poderia ser gases? - Roger pergunta fitando Thimoty.

- Infelizmente não tive tempo. - Ele diz fitando Roger, acho estranho a maneira que os dois se olham, mas uma enfermeira nos chama e vamos para o próximo exame.

Roger fica conosco e o tempo vai passando, o último exame é feito e fico preocupada com o Thimoty.

- Eu posso ir com ele para a lanchonete? Ele fez exame de sangue e pelo que entendi o resultado dos exames vão demorar mais de uma hora para sair. - Pergunto para a enfermeira.

- Só um momento, eu vou analisar alguns dados. - A mulher diz e assinto.

- Tomara que ele te libere, não é nada bom tirar sangue e ficar sem comer. - Digo preocupado abraçando Thimoty.

- Eu preciso ser alimentado, estou ferido e com saudades da nossa residência. Nós deveríamos ir dormir, eu estou exausto e necessito de todos os cuidados possíveis. - Thimoty diz dramaticamente.

- Coitadinho... - Digo dando corda para Thimoty, pois ele passou por vários exames, mas parece tão bem.

- Eu necessito de um banho demorado. E depois pretendo fazer uma longa visita para a Luizinha. - Thimoty fala baixo e dou graças.

Fico ali fazendo cafuné nele até que a enfermeira volta com o médico.

- Senhor Thimoty os resultados dos exames não chegaram, não acho seguro te liberar para comer algo. - O médico diz vindo até nós.

ThimotyWhere stories live. Discover now