Pego meu notebook, respiro fundo e me ajeito na cadeira dele.
- Vamos lá Luíza, só faça o seu trabalho, você tem boletos pra pagar, menina. - Digo pra mim mesma e abro o programa da empresa.
Vejo o que tenho que fazer e resolvo começar.
Thimoty sai do banheiro e fica parado ao lado da minha cadeira me espiando.
- Senhor, isso é meio irritante. - Digo de uma vez.
- Está me chamando de irritante, Srta. Engraçadinha? - Ele pergunta sério.
- Não, Senhor. No caso a atitude de ficar espiando é irritante. - Falo de uma vez.
- Não seja maléfica comigo, eu não sou irritante. - Ele diz e olho pra ele.
- Até onde eu sei o Senhor tem documentos importantes para analisar. - Roger disse que era importante.
- Está me chamando de doidivanas? - Ele pergunta e paro por alguns segundos tentando me lembrar do significado de doidivanas.
- Irresponsável, desajuizado, imprudente... - Ele diz parecendo ler a minha mente.
- Por qual motivo o Senhor precisa dificultar as coisas? Não seria mais fácil falar irresponsável? - Falo de uma vez.
- Odeio coisas fáceis, tudo que vem fácil, vai fácil. - Ele diz gesticulando.
- Não é questão de ser fácil, eu admiro que o Senhor tenha um vocabulário vasto, mas algumas palavras não são comuns de se escutar, então as pessoas ficam meio que perdidas. - Ele obviamente é culto, mas ás vezes deixa as pessoas confusas.
- Nunca me falaram isso, ou melhor, só a minha irmã disse isso, mas a minha irmã não conta. Ela é uma pessoa difícil, e a Senhorita também parece ser difícil, claro que de uma maneira diferente. - Eu não sou difícil!
- Eu não sou difícil! Quer dizer, tenho um gênio ótimo. - Eu sou um amorzinho.
- Não é difícil? A Senhorita responde pra mim, não para de falar comigo e parece nem ligar para o fato de eu ser o seu chefe! - Ele diz exasperado.
- O Senhor que começou tudo isso, eu estava quietinha e o Senhor começou a berrar comigo. - Ele que começou e todo mundo está de prova.
- Eu? Eu sou um cavalheiro! - Ele diz e dou risada
- Claro. - Digo com deboche.
- COLAPSO! FIM DOS TEMPOS. - Ele berra fazendo o teatro dele e dou mais risada ainda.
- Para com isso! - Ele diz bravo.
- O Senhor é engraçado. - Digo tentado parar de rir.
Ele fecha a cara e fica me olhando feio, mas é tão bonito que fica sexy.
- Com licença, Senhor. - Roger diz abrindo a porta e entrando empurrando uma cadeira de patrão, ela é igual à que estou sentada.
- Roger, fale com ela! Ela está rindo da minha pessoa. Está fora de controle. - Thimoty diz apontando pra mim.
- Senhor, novamente eu não vou me meter nisso. Se resolvam. - Roger diz, deixa a cadeira perto da mesa e se vai.
- D... desculpa... - Falo me levantando e vou até a minha bolsa.
A abro e pego um saquinho de balas, sempre carrego umas balinhas na bolsa, tenho de paçoca, de banana e de canela. Comprei no mercado que vende produtos brasileiros.
- O Senhor aceita uma balinha? Tem de amendoim, banana e canela. - Digo me aproximando dele.
- Quer me dopar? - Ele pergunta desconfiado.
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Thimoty
RomancePeculiar, incomparável e um tanto quanto excêntrico. Talvez essas palavras consigam definir Thimoty Baker. Luíza Rocha por um capricho do destino, entra na vida do chefe bonitão de maneira inesperada, e assim o destino dos dois mudaria para sempre.
Capítulo 4
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