Fantoche

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Tudo que eu desejava era ser livre,
mas a liberdade não toca em mim;
Sim! Sou prisioneiro do meu ser,
vivo uma fantasia viciosa à mercê.

Sou chuva, sou sol, sou noite e farol;
Aliás, o que sou? Não tenho identidade,
sou apenas mais um réu da sociedade;
Alguém sem noção, sem voz, sem razão.

Ser diferente é ser insurgente, guiar
com tolerância causa desconfiança;
Ter compaixão é ato para ostentação,
doar alegria é visto como hipocrisia.

Que incrível, devo continuar invisível!
Apenas seguir, sem nunca questionar,
porque inadequado e errôneo é pensar;
Tu, homem vil, foge desse mundo frio!

A gaiola está aberta, mas ninguém se
liberta! Todos seguem um padrão,
um guia cego orienta a multidão!
Pobre realidade, sem personalidade.

Espelho da AlmaWhere stories live. Discover now