Carência

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Sou milionário para sociedade,
um mendigo diante da felicidade;
Olho-me no espelho, vejo decepção;
Para que tanta ganância e ambição?

O dinheiro me envelheceu, me
empobreceu de ternos sentimentos;
Títulos e bens colecionei! Mas falhei no
essencial, na riqueza emocional.

Minha alegria é vento, meu coração
é avarento; a corrida pelo poder é
viciante, tornei-me um arrogante;
Conquistei, acumulei e nada aproveitei.

Luxo, onde está o teu prazer? Fortuna,
cadê meu entreter? Tudo é transitório,
a cobiça e o status é somente ilusão;
Uma corrida sem fim rumo à perdição.

Espelho da AlmaWhere stories live. Discover now