Penumbra

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Ó solidão! Por que prendes
meu coração? Tuas garras fere
minha alma, teus tentáculos abraça
meu ser! Já não sei mais o que fazer.

Sinto-me abandonado, acorrentado
nesse abismo, onde estão todos?
Estou sem ânimos; não vejo ninguém,
seus passos são muito além.

Parece que estou sempre para trás;
Sempre à cair, cansei de me iludir!
Sou errante, um insignificante;
Vivo à vagar, sozinho à caminhar.

Esse aperto no peito me sufoca,
convoca-me à seu sofrimento;
A angústia tira meu sossego,
Quão bom seria ter um aconchego.

Não sei se mereço, esse triste
desfecho! Mas não cabe à
me julgar, nem tão pouco criticar;
Nada sei, nada desejei.

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