Capítulo 1

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Olá, amores. 

Uma nota rápida.

Antes de iniciar a leitura, quero avisar que alguns trechos podem haver gatilhos que possam trazer sentimentos e reações desagradáveis, aborda alguns temas sensíveis, como, assedio sexual, violências, drogas, bebidas alcoólicas, luto e armas.

E vale ressaltar que não compactuo com nem um dessas atitudes e não romantizo nenhum desses temas.

E é bom dizer que é um romance adulto, para maiores de dezoito anos.


LUIZA NARRANDO

Toda a história começa, quando meus pais morreram em um conflito com a polícia no morro do alemão onde morávamos.
Meu pai era o braço direito de Otávio, chefe do morro, os policias pegaram ele e minha mãe em beco e mataram eles com mais de vinte tiros em cada um deles. Lembro até hoje daquele cena, os dois caídos no chão, não gosto muito de lembrar disso
Eu tinha apenas doze anos na época e meu irmão Mateus, quinze anos, que depois disso começou a trabalhar para Otávio como foguete para nos sustentar, e sempre falava que queria pagar que eu estudasse para sair daquele lugar.
De foguete ele foi subindo de cargo e sendo melhor amigo de Lucas, filho de Otávio ajudou muito.
Trabalhava dia e noite, não deixando faltar nada em casa.
Eu estava com dezesseis anos quando Mateus cisma em me tirar do morro e alugar um apartamento para mim no Méier. Falava que eu ia estudar e ser diferente dele, pagaria meus estudos e que eu ficaria longe do morro.
Também me afastar de Lucas que estávamos de rolo, na época eu estava muito apaixonada por ele, meu primeiro amor, meu primeiro beijo. Hoje agradeço a Deus e ao meu irmão por ter me livrado daquilo.

Nunca mais o vi, minha amiga Paula, que mora no morro, sempre me conta das coisas que rola por lá e sempre tem nome dele no meio.

Se passaram quatro anos e eu estava fazendo faculdade de arquitetura, Mateus sempre vinha me vê e trazia dinheiro. Quando fiz dezoito anos me deu um carro.

Namoro um gatinho aí, chama Rui e amo muito. Conheci ele na faculdade e ele não sabe nada sobre meu irmão, acha que Mateus é empresário. Rui cursa advocacia, e quer seguir a profissão do pai que é delegado.

- Caraí - falo desligando o despertador do celular.
Não era nem sete da manhã ainda e já tinha que ir para a faculdade.
Me levantava da cama, quando sinto duas mãos me puxando me fazendo deitar novamente.

- Bom dia... Vamos levantar? - falo me virando para Rui.

- Só dez minutos - ele fala me abraçando.

- Não dá amor... Já estou atrasada - falo dando um selinho nele e me levantando.

Vou até a cozinha e ligo a cafeteira.
Tomo banho rápido, me visto e volto a cozinha para tomar meu café forte sem açúcar, coloco um pouco na minha garrafa térmica que levo para a faculdade, um café lá custa, quatro reais. E não consigo tomar um copo só pela manhã, pelo menos três eu tomava e estava ficando caro na semana.
Não despeço de Rui que estava dormindo novamente.

Durante a aula, não conseguia me concentra de tanto sono, se não tivesse que apresentar trabalho voltaria para casa.

Na noite passada fiquei até tarde assistindo a decima temporada de Grey's Anatomy.

****
Já na porta de casa, após a faculdade sinto cheiro de comida maravilhoso, jogo minha sandália longe e minha bolsa no sofá.

- Que cheiro gostoso - falo indo até Rui e lhe dando um beijo.
Ele me agarra pela cintura me colando em seu peito, estava apenas de bermuda, mostrando seu abdômen malhando, rato de academia.

Nos braços de um traficanteOù les histoires vivent. Découvrez maintenant