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LUIZA NARRANDO

Acordo e Lucas não estava ao lado.
Vou ao banheiro faço xixi, escovo os dentes e penteio meu cabelo.
Visto o cropped.

Olho pela cortina e vejo Lucas fumando maconha, como sempre.
Abro a porta e tomo um choque com o calor que tava lá fora.

- Que calor  - falo e beijo sua cabeça.
Ele me puxa me fazendo sentar em seu colo, passo os braços por cima do seu ombro e o beijo, gosto de maconha. Ele passa a mão pela minha bunda.

- Que horas são em? - pergunto e ele pega seu celular.

- Duas horas - ele responde.

Me levanto do seu colo e chego da sacada, estava limpo já lá embaixo.

- Você que limpou aquela bagunça? - pergunto, e olho para ele, que encarava minha bunda.
Ele rir e vem até mim, me abraçando por trás.

- Ana - ele responde.
Afasta meu cab__elo da nuca e a beija.
- Tenho que ir na boca - fala me virado para ele.

- Não vai não? 

- Um pulo -  bate na minha bunda e entra, vou atrás.
Me jogo na cama e pego meu celular.
- Tu que é melhor com essa parada de roupa, podia olhar aqui para mim. Que a mina vai trazer da loja lá - ele fala saindo do closet apenas de bermuda e me entrega o celular dele.
- Senha é doze vinte... Paola o nome da menina... Ela trabalha numa loja, lá naquele Village - ele fala do shopping.

- VillageMall...

Ele volta para o closet e sai de lá com o fuzil nas costas.
Pega o radinho e coloca na cintura.

- Demoro não - ele fala e sai.

Pego meu celular e mando mensagem para Yara. Última visualização dela foi ontem.
Mando mensagem para Maria, perguntando se Yara estava por lá. E ela fala que sim que chegou tem umas duas horas almoçou e tá quieto demais no meu quarto, que deve tá dormindo.

Desbloqueio o celular de Lucas e vou no whatsapp.
Havia apenas duas conversa, porque ele apaga tudo e pede para todos que troca mensagem com ele para apagar também.
Abro a foto da menina e reconheço.
Acho que vi ela na social ontem, é daqui do morro mesmo.
As que gostei fui mandando para mim, ficar mais fácil de mostrar ele.
Gostei mesmo de três camisas e quatro bermudas só.

Desço para esquentar o almoço, tô numa fome doida.
Amo demais, arroz, feijão, bife de porco e salada.
Sento para comer e escuto a moto de Lucas.

- Cheiro bom - ele fala entrando na cozinha, me dá um beijo na cabeça.
Lava às mãos na pia e coloca comida.
- Tem suco será? - pergunta abrindo a geladeira.
Não tive nem tempo de responder, ele achou.

Santa de frente para mim.
Meu celular toca e tiro do bolso, é Yara.
Queria saber se eu ia descer e falei que sim.
Lavo meu prato e tampo as panelas.

- Vou descer lá... Yara tá sozinha - falo e tomo um pouco do seu suco.

- Vai brotar na quadra né? 

- Sim - respondo e dou nele um selinho.

- Te busco

- Yara tá lá... subo andando - falo e ele resmunga algo deu chegar na quadra sozinha e os outros cair matando.
- Tóxico...  

Passo a padaria pois Yara falou que estava com fome, peguei um salgado e coca.

- Oi - falo com Maria que passava pano na sala. 

Nos braços de um traficanteOnde histórias criam vida. Descubra agora