Capítulo 3

89 22 18
                                    

"O Senhor te guiará continuamente, e te fartará até em lugares áridos, e fortificará os teus ossos; serás como um jardim regado, e como um manancial, cujas águas nunca falham. E os que de ti procederem edificarão as ruínas antigas; e tu levantarás os fundamentos de muitas gerações; e serás chamado reparador da brecha, e restaurador de veredas para morar." (Isaías 58:11-12)

Anastasia se abaixou para varrer por baixo do último banco do lado esquerdo

اوووه! هذه الصورة لا تتبع إرشادات المحتوى الخاصة بنا. لمتابعة النشر، يرجى إزالتها أو تحميل صورة أخرى.

Anastasia se abaixou para varrer por baixo do último banco do lado esquerdo. O culto das sete havia acabado há pouco mais de uma hora naquele domingo. O pastor Anthony estava falando com duas ou três pessoas que ficaram para conversar, desabafar e pedir aconselhamento. Ela sacudiu a mão direita, encarando-a: a vassoura de palha fizera — de novo — alguns calos próximos aos dedos. Respirou fundo, quase finalizando o trabalho, quando uma das três pessoas passou por ela, se despedindo. Ela acenou de volta e sorriu. Olhou para a outra direção, vendo seu pai entrar no gabinete com o casal que ficara: os Greech, reconhecidamente passando por uma crise.

Pela mais pura curiosidade, voltou-se novamente para a porta, a fim de ver o outro membro ir embora, quando algo lhe fez parar: ela viu uma moça, praticamente de sua idade, parada na porta da igreja. Ela tinha longos cabelos negros, olhos repuxados — mas ainda assim arredondados — e uma rala franjinha que ia até os olhos. Estava de uniforme branco de enfermeira e com uma expressão consternada.

Anastasia se endireitou, encostando a vassoura no banco e chegando mais perto. A moça tinha juntado ambas as mãos na frente da barriga, apertando as mãos uma na outra com força. Olhava apreensiva para dentro da igreja vazia, como se procurasse algo.

— Boa noite — Anastasia falou da forma mais calma e doce que pôde, para não a assustar.

— Boa noite — ela respondeu, finalmente percebendo a presença da outra. — Eu me atrasei?

— Um pouco — Anastasia respondeu.

A japonesa abaixou a cabeça, cerrando os punhos. Permaneceu inerte por alguns segundos, até finalmente trazer ambas as mãos ao rosto, escondendo-o. Curvou-se e abaixou-se cada vez mais, até finalmente se agachar. Permaneceu ali, de cócoras, e começou a tremer: estava chorando.

Anastasia arregalou os olhos e os piscou algumas vezes, estupefata e sem entender o que estava acontecendo. Então, finalmente, fechou os olhos por alguns segundos, fazendo uma oração rápida: "Pai, por favor, me ajude a falar coisas boas, frutíferas, de acordo com o seu coração. Em nome de Jesus, amém".

Caminhou até o lado da outra e se agachou ao lado dela, quase encostando sua perna direita na perna direita dela.

Eu sinto muito — ouviu-a dizer baixo. — Eu sinto muito...

Eu sei que sente — estendeu os braços em volta dela e abraçou-a de lado, encostando sua cabeça na dela e fazendo carinho em suas costas com a mão direita. Ficou ali um ou dois minutos, então finalmente voltou a falar: — Por que não entramos?

Kintsugiحيث تعيش القصص. اكتشف الآن