Capítulo 41 ( ponto de vista S.S )

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Acontece que um dia antes do que eu pretendia conversar com ela, encontrei Anna Carpl pelo corredor e ela comentou que chamaram Amélia na diretoria a um tempo, perguntou se eu sabia o que era, falei que não, no entanto me perguntei o que ela poderia estar fazendo na diretoria. Resolvi passar lá perto para ver se descobria algo, e se a encontrasse não importava, ja que ia procura-la na manhã seguinte de qualquer jeito. Não esperava que o Direto em pessoa me chamasse no corredor, imaginei que ele estava com Amélia. Ele havia me dito que minha amiga podia precisar de mim e que a senhas era bala doce. Perguntei o que tinha é acontecido? Porque ele parecia estar meio louco. Então ele disse que o pai de Amélia estava na diretoria. Nem lembro se disse algo antes de correr, ou quase isso, até a sala de Dumbleodore. Acontece que de todas as coisas que podiam acontecer com Blackwood, essa era a que eu menos pensava, e a mais preocupante de todas.

Nem pude praguejar, para isso eu precisaria de tempo, e o tempo andava contra mim ultimamente.

Não me detive um segundo e entrei bruscamente na sala, se eu não estivesse tão preocupado teria me encolhido com o estrondo assombroso da porta batendo contra a parede.

Mas então e a vi, ela estava chorando. Ela chorava com frequência, mas era a primeira vez que eu não sabia o motivo, esperava que ela estivesse com raiva daquele imbecil, mas não que chorasse culpiosamente. O que aquele credino havia feito?

A puxei para mim para acalma-la, protege-la, o para não socar aquele homem, não sei, não pensei quando fiz. Quem esse desgraçado pensa que é para deixar ele chorando assim? Pro inferno que o pensamento fosse descaradamente hipócrita, eu estava morrendo de raiva assim mesmo.

Ela estava tremendo e eu olhando para aquele homem, consegui não cerrar os punhos, mas a vontade de esmurra-lo era grande, acabei apertando mais Amy contra mim. Ela não reclamou e eu vi seu pai sair dali a passos largos e rápidos, sem uma palavra. Só me olhou o quanto pode e depois foi embora.

Levei Amélia para a sala precisa quando ela parou de chorar e o diretor voltou com água com açúcar e a deixou lavar o rosto no pequeno banheiro da sala.

Ela parecia esgotada e eu não toquei no assunto. Só a levei para lá e a deixei dormir quando disse que sentia uma dor forte de cabeça. Fingi ler um livro até que ouvi sua respiração ficar lenta e regular. Então deixei o livro de lado e virei o rosto para olha-la, era a primeira vez que eu a observava dormir, que observava de verdade. Apesar de termos dormido justos, eu não o fiz na época, e não saberia dizer o porque.

Amélia Blackwood parecia mais linda conforme se olhava mais tempo e se atentava aos detalhes, não era algo natural, sempre pensei que ninguem parecia perfeito, que quanto mais se olhava de perto os detalhes, mais imperfeições surgiam, mais reais as pessoas se tornavam, mais falhas esteticamente. Mas ela não, talvez eu nunca tenha notado, porque nunca tinha me dedicado a olhar. Ela não era exuberante ao primeiro olhar, mas era perfeita quando olhada minuciosamente. Era estranho pensar nisso, como ela podia se fundir a qualquer lugar sem se notar, como se comum demais e no entanto ser tão desumanamente perfeita, desde o cílios grossos e olhos grandes que agora estavam fechados. As sardas pareciam estar em perfeita simétria em cada lado de seus rosto, a pele era imaculada e pareciam tão suave e bonita, que quase esperei que cintilasse. Então lembrei que Richard falara exatamente a mesma coisa um tempo atrás, e que ela era tão delicada quanto uma boneca. Ele me achava louco por não ver, e pude intender o porque. E tambem tive certeza que ela não era "tão perfeita" ano passado, e menos que isso no terceiro ano. Eu podia não ter percebido até hoje e estar ainda com raiva de Miracle, mas se ela fosse assim antes, Richard seria o primeiro a notar. Pode ser só seu desenvolvimento que faz com que ela fique cada vez mais bonita, mas me espanta não ter notado. Eu podia entender porque Régulos dizia que eu estava cego.

Não dormi, só fiquei a olhando enquanto o tempo passava, talvez para recuperar o tempo perdido, talvez para encontrar defeitos.. ou só talvez, porque eu queria olhar.

Quando parei de olhar fiquei pensativo, olhando para o teto. A janela magica no teto mostrava que estava tarde, e fiquei vendo aquele céu fictício escurecer até o negro da noite. Então virei o rosto para ela, sentindo observado porque ela de fato me olhava.

A pedi em casamento, demandou esforço usar as palavras. Eu não estava tão pronto a dar o braço a torcer e por um segundo pensei em desistir. E foi por isso que eu perguntei de um vez, sem nenhum preparo, se eu enrolasse, não conseguiria, minha mente encheria de coisas e eu encontraria um motivo para parar. Eu soube que ela aceitaria muito antes de pedir, mas não estava preparado para que deixasse claro que queria me beijar, eu nunca tinha feito isso. Era deprimente pensar que só houveram duas garotas em minha vida, e uma delas fugiu de mim nesse momento preciso de um quase beijo, e a outra estava a centímetros de mim, querendo exatamente isso.

Eu estava nervoso demais, mas aquilo era uma das poucas coisas que eu tinha a oferecer a ela, enquanto ela podia ter muito a perder comigo. Merlim sabe porque ela foi gostar justamente de um zé ninguém como eu. Porque ela podia conseguir coisa bem melhor. Mais se fazer isso e tratar ela bem era tudo oque eu podia fazer por ela, teria que servir.

Foi abrupto, suas mãos estavam em mim e meus cabelos logo após eu ter dito que ela podia. Sua boca e minha estavam juntas e o contato disparou um arrepio e um choque fraco pelo meu corpo. Não sei dizer se a tentação tinha um gosto mas eu o sentia na minha boca enquanto nos beijavamos, tinha começado desajeitado de minha parte, quando eu tentei pensar no que deveria fazer, quando parei tudo se tornou instintivo. Era profunda e loucamente irresistível, eu não conseguia parar, era uma sensação que não tinha nome. Apagou qualquer pemsamento de mim, mandou qualquer advertência para longe. Eu fiquei ciente de mim mais do que ja estive na vida.

Quase rosnei de frustração quando a falta de ar me forçou a parar. Eu estava ofegante, frustrado e completamente desejoso. E quando meus pulmões tiveram ar o suficiente, me perdi em sua boca de novo.

Ela era minha. E eu podia sentir isso em cada poro do meu corpo. 

 ℳℯ𝓊 𝒫𝓇𝒾𝓃𝒸𝒾𝓅ℯ ℐ𝓂𝓅ℯ𝓇𝒻ℯ𝒾𝓉ℴ.- 𝐒𝐞𝐯𝐞𝐫𝐨 𝐒𝐧𝐚𝐩𝐞Where stories live. Discover now