Bicuço é um bom amigo.

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Ele estava quase chegando quando Minerva o esbarra.

– Aonde vai Potter? – perguntou Minerva, o que fez Harry congelar.

– Hã... hã... eu... – Harry não conseguia responder, nem tinha nada na cabeça.

“Que falta faz Hermione” pensou Harry.

– Você vai onde Harry? Ou melhor, pensa que vai?

– Bem... estou indo ver Hagrid, preciso conversar com ele, a senhora sabe como ele é quando está triste...

– Oh sim claro, claro, ele fica descontrolado. Harry, você sabe que não pode andar por ai...

– Professora McGonagall é o Hagrid...

– Tudo bem, você poderá ir, mas só essa vez.

Harry odiava mentir, mas naquele momento era preciso, ele se virou para ir quando Minerva o chamou.

– Harry?

– Hã... Sim?

– Cuidado.

Harry assentiu e foi para fora. Quando chegou Bicuço estava descontrolado, quicando o chão e fazendo um barulho terrível. Harry fez a reverencia e tentou se aproximar do hipogrifo, afagando sua cabeça para ele se acalmar. Sem sucesso, quando Harry chegou perto o hipogrifo o puxou pela gola da camisa e o jogou para cima dele. Harry não entendeu nada, desceu e voltou para o chão, mas ao fazer isso Bicuço fez novamente um ruído terrível e começou ir para cima de Harry.

– Calma ai amigão, não posso montar em você. – ao dizer isso o hipogrifo quicou o chão.

“Talvez ele queira me dizer ou mostrar algo” pensou Harry. “Não, não, impossível, ele não seria tão inteligente” Harry o olhou.

“Tenho que tentar, se tudo der errado... Bom, vamos ver” Então Harry fez a referencia novamente e subiu em Bicuço. Eles voaram por uma hora e meia, então Bicuço desceu, a principio era uma floresta, Harry não entendeu nada então sacou sua varinha e continuou andando. Bicuço ficou parado, como se estivesse esperando Harry, caso algo desse errado.

Harry andou mais ou menos uns quinze metros até sair da floresta e ver uma casinha, muito pequena, que parecia com uma caverna. A porta da casa estava trancada. Harry se aproximou e disse:

– Alohomora.

A porta destrancou, Harry entrou. Era exatamente como no pesadelo, tudo escuro, paredes mofadas e sem nenhum móvel, só as paredes e o chão. Harry saiu correndo e abriu uma porta pequena no canto da parede. De repente seu coração acelera, ele corre em direção a ela, Hermione.

A única coisa diferente do pesadelo dele com tudo que havia ali era que no pesadelo Hermione estava algemada e ali ela estava amarrada com cordas. Harry tentava desamarrar as cordas, mas os nós eram muitos e bastante complicados. Quando finalmente conseguiu soltá-la, ele a abraçou e lhes deu um beijo. Uma pontada de felicidade invadiu seu coração, daquela vez não era um sonho, era real, o cheiro, os olhos dela...

– Ah meu amor... – Harry suspirou de alivio e abraçava Hermione – Você está machucada?

– Não, não, estou bem, juro.

Harry fechou os olhos, a sensação era de que não a soltaria nunca mais. Hermione pôs a mão no rosto do Harry e seu sorriso desapareceu.

– O que você está fazendo aqui? Como conseguiu...?

– Bicuço, ainda não sei como, mas ele me trouxe até aqui, acho que deve gostar de você.

– Com certeza deve gostar – brincou Hermione, mas sua seriedade voltou logo em seguida. – Não era para você ter vindo, não mesmo Harry.

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