Começando do começo (só agora...)

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Pois é, pessoal! Sei que eu devia ter feito isso,assim que comecei essa obra, pra "começar do começo propriamente dito", né? Pra ser sincero, eu não tava muito a fim de falar das origens das HQs, sabe? Pra quê? O que deve ter de sites, artigos, blogs, vídeos e diabo a 4 por aí na rede que falam disso, com o perdão do trocadilho cretino, "não tá no gibi"! 

Mas, pra não dizerem que eu não sou "um-fã-de-quadrinhos-que-escreve-sobre-quadrinhos-que-se-preze", então, vamos lá! Afinal, não me custa nada! Na verdade, falar de quadrinhos, seja qual temática for, pra mim, sempre é algo que vale a pena! E, espero que valha a pena também pra vocês ler o que eu escrevi! 

Se bem que, não esperem um tratado acadêmico sobre o assunto, ou uma abordagem extremamente abrangente. Quem me dera ter todo esse "cacife" pra tanto! Só o que posso falar é sobre oque aprendi durante toda a minha vida como leitor assíduo e colecionador, não só de HQs como de revistas sobre HQs ("Wizard" - tenho as coleções completas de todas as encarnações da Wizard que saíram no Brasil, "Mundo dos Super-Heróis", "Herói" (a clássica revista da ACME Editora), "HQ - Revista Especializada em Quadrinhos", "Heróis do Futuro", "Comix Magazine", "Recado", fanzines diversos, etc). 

Portanto,se quiserem um aprofundamento maior do tema, nem de longe sou o mais indicado pra isso. Digamos que, se eu pelo menos conseguir despertar o interesse de algum de vocês em se aprofundar no assunto, já me dou muito mais do que satisfeito! 

Bom, então, pra início de conversa, apesar de ensaios precursores provenientes dos folhetins ilustrados, o nascimento da primeira história em quadrinhos na forma como a conhecemos atualmente, ou seja, como gênero narrativo próprio da moderna comunicação de massa, data de um domingo, 5 de maio de 1895. 

Foi quando o artista norte-americano Richard Fenton Outcault publicou The Yellow Kid (O Menino Amarelo) pela 1ª vez, no jornal americano New York World (não existiam as revistas ainda), que evoluiu de uma imagem única (conhecida como lâmina) para o formato de várias imagens em sequência. 

Por ter sido produzida de forma contínua com um personagem fixo e já como um produto de comunicação de massa (atingindo um vasto público e repercutindo até mesmo fora dele), além de ter trazido pela primeira vez o elemento do balão de diálogo, já ...

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Por ter sido produzida de forma contínua com um personagem fixo e já como um produto de comunicação de massa (atingindo um vasto público e repercutindo até mesmo fora dele), além de ter trazido pela primeira vez o elemento do balão de diálogo, já que antes o texto vinha sempre no rodapé das ilustrações, The Yellow Kid ganhou o status de primeira história em quadrinhos oficial. 

Pra se ter uma ideia do sucesso que foi essa HQ, que começou como Down Hogan's Alley e depois se tornou The Yellow Kid, quando Outcault mudou de jornal, por causa da cor da vestimenta do personagem, um menino pobre, de traços orientais (e portanto visto sob uma ótica de preconceito na época) e que vivia num cortiço, a crítica da ocasião adotou a expressão "imprensa amarela" para designar o jornalismo sensacionalista, que não tem credibilidade. 

Em páginas coloridas dominicais e depois em forma de tiras diárias, as HQs foram se popularizando cada vez mais,ao mesmo tempo em que o tema básico, geralmente só humor, ia cada vez mais se diversificando, passando a abranger histórias do cotidiano, aventura, espionagem, faroeste, ficção científica, e tantos outros, o que alavancava cada vez mais a venda de jornais. 

AÇÃO COMICSWhere stories live. Discover now