11 ~ Convite ~

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Na semana seguinte, conseguimos dar início ao ritmo de estudos que eu havia idealizado para o Kiyama.
A verdade é que eu tive a ideia brilhante de confiscar os seus pirulitos e lhe dizer que só os teria de volta se ele se dedicasse e cumprisse a meta de estudos.
E como deu muito certo, comecei a ajudá-lo com as outras matérias também. Ele ficou muito feliz com isso.

Segui o conselho do Sr. Sujihara e parei de me preocupar com o meu pai, então como a biblioteca estava sempre ocupada pelo Valt, comecei a trazer o Rantaro para estudar aqui em casa sempre que possível.
E confesso que foi melhor do que eu esperava, conseguimos equilibrar o tempo de estudo com o tempo para descansar e curtir um pouco, sem comprometer o cronograma.

Em cada tempo de descanso, o Rantaro dava uma ideia diferente do que poderíamos fazer para relaxar: Ver filmes, jogar, ouvir música, passear pelo meu jardim, entre outros.
Me diverti muito.

Agora estamos no meu quarto, fazendo uma revisão da matéria, antes de darmos uma pausa.

Folheado o meu livro de literatura, uma ilustração chamou a minha atenção: um jovem casal caminhando de mãos dadas enquanto se olhavam apaixonadamente.
Isso me lembrou o meu admirador secreto. ...Essa semana recebi mais cartas, cada vez mais profundas e apaixonadas. E como diz o Hoji: todas muito "românticas".

Tantas palavras lindas e tão carinhosas, que fica difícil não se encantar por elas. E no fundo... acho que estou me apaixonando.

... É tão estranho pensar que posso ter sentimentos assim por uma pessoa que nem conheço.

Suspirei.

O despertador do meu celular toucou, sinalizando o início do descanso. Deixando meus pensamentos "afetuosos" de lado, desliguei o alarme e me levantei da cadeira, dizendo:

— Então, o que vamos fazer hoje?

O loiro ao meu lado bocejou e depois me olhou enquanto pensava a respeito.
Depois de ponderar por alguns segundos, ele me perguntou com um sorriso tímido:

— Podemos usar a sala de música?

Olhei um pouco surpreso para ele.

Eu não entro naquela sala desde... desde os meus 13 anos.
Lá era um lugar especial para a minha mãe...
Eu...

Rantaro notou a minha hesitação e imediatamente falou:

— Sinto muito, eu sei que lá é um lugar especial. — Ele colocou a mão na nuca e depois suspirou. — Esquece essa ideia. Vou pensar em outra coisa.

Abaixei o meu olhar me sentindo um pouco culpado, pois sei que o Rantaro mencionou essa sala porque tem boas intenções. Recusar assim soa um pouco egoísta da minha parte, afinal minha mãe não negaria esse pedido.

Balancei a cabeça levemente de um lado para o outro e em seguida olhei novamente para o outro rapaz loiro.

— Tudo bem. — Disse com um leve sorriso. — Acho que será bom voltar a entrar naquela sala com você. ...Era o que minha mãe iria querer.

Ele então se levantou e deu um passo em minha direção, enquanto olhava fixamente em meus olhos, ele perguntou:

— Tem certeza? Não quero que se sinta obrigado a fazer isso.

Obrigado pela sua preocupação, mas eu sinto que tenho que fazer isso.

Sorri um pouco mais confiante.

— Sim, tenho certeza.

Após me encarar um pouco, como se quisesse ter certeza das minhas palavras, ele sorriu.

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