16 ~ Parte da Família ~

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Logo iremos completar uma semana de namoro, e eu ainda estou me acostumando com a nossa nova relação.
Para falar a verdade, poucas coisas mudaram. No colégio ainda nos mantemos um pouco distantes, para o descontento de Hoji, que queria que deixássemos nossa relação espalhafatosa para os outros alunos.

Quando contei a ele, que meu admirador era ninguém menos do que o Rantaro, Hoji explodiu em uma mistura de surpresa e felicidade. Ele ficou ainda mais eufórico quando contei que fui pedido em namoro.
Como o melhor amigo que eu poderia ter, Hoji logicamente me apoiou e me parabenizou pela nova "fase" em minha vida.

Fora o nosso comportamento "normal" no colégio, eu e o Kiyama às vezes sentamos para almoçar juntos em algum lugar afastado, apenas nós dois, curtindo a companhia um do outro.
E claro, às vezes trocamos alguns beijos.

Mas a nossa relação fora do colégio foi o que de fato teve uma grande diferença. Passamos a sair mais juntos e também caminhar de mãos dadas, que no início, era algo que me incomodava um pouco pelo simples fato dos olhares maldosos das pessoas. Mas comecei a seguir melhor o conselho que o Rantaro me deu naquele dia que caímos da árvore e parei de me importar com o que os outros pensam ao nosso respeito.

Outra coisa que começou a acontecer com frequência, foi o contato físico. Rantaro sempre foi de se expressar com toques, isso nunca foi uma surpresa. Às vezes era uma mão no ombro, outras vezes um enrolar de dedos em meu cabelo, e é claro: um deslizar de braços por cima dos meus ombros. Esse último com certeza sempre foi o mais frequente.
Mas ultimamente os toques começaram a ser outros. Além das mãos dadas, outro contato muito recorrente foi: a carícia em minhas bochechas e os braços ao redor da minha cintura.
Algumas vezes beijos suaves e quentes são depositados em meu pescoço.

São tantas carícias, que ainda não me acostumei, embora eu aprecie muito o calor corporal que ele transmite.
Algumas vezes eu retribuo o carinho com um cafuné ou com beijos suaves em suas sardas, que para o meu contentamento, ele as deixa expostas para mim.

Na minha família, além do Sr. Sujihara e do Hoji, ninguém mais sabe sobre o meu namoro. E contar para o meu pai, com certeza é um pensamento que quero longe de mim no momento.
Já por parte da família do Rantaro, bom... Estou neste exato momento me dirigindo até a residência dos Kiyama para poder almoçar com eles e dar a notícia ao lado do meu namorado.

Estou um pouco nervoso.
Sei que a mãe do Rantaro vai ser compreensiva e provavelmente irá apoiar o nosso relacionamento, ela não é o motivo pelo qual estou nervoso, minha maior preocupação, é o irmão mais novo: Ranjiro. Que com certeza me odeia profundamente.

Ao parar em frete a porta, respiro fundo e toco a campainha. Não demorou muito e logo fui recebido por Rantaro, que ao me ver sorriu e me cumprimentou com um selinho.

— Fico feliz que tenha vindo. — Disse ele assim que entrei em sua residência. — Se sente nervoso?

— Um pouco.

— Fique tranquilo, minha mãe gosta muito de você, tenho certeza que ela apoiará a nossa relação. — Disse enquanto alisa um pouco minhas costas.

— Eu sei. — Os cantos de meus lábios se curvaram em um pequeno sorriso.

Eu sinceramente espero que dê tudo certo e que o Ranjiro não faça nenhum escândalo. Isso arruinaria o almoço em família.

Assim que entrei na sala de estar, a Sra. Kiyama veio até mim.

— Wakiya, é muito bom vê-lo novamente. — Ela sorriu e me abraçou rapidamente. — Por favor, sinta-se em casa, ainda estou terminando de preparar o almoço.

— A senhora gostaria de ajuda? — Ofereci com um sorriso.

Balançando as mãos em negação, ela disse rapidamente:

♡ Amor Secreto ♡ AUWhere stories live. Discover now