Capítulo 3

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O preto e pequeno animal escalou até ao ombro do Edward, para depois subir até à sua cabeça.

-É um gatinho! - exclamei levantando-me e aproximando-me deste com um sorriso de ternura. Era demasiado fofo. Os olhos do gato eram azuis e o seu pêlo era completamente preto. Muito Edward.

-É meu? - perguntou Marcel.

O Edward fez uma careta enquanto o pequeno animal se aguentava na sua cabeça. Ri divertida. Era tão adorável. Supus que não teria mais de um mês já que era do tamanho da mão do Edward.

-Claro. - murmurou Edward assobiando com os dentes. - Não me espetes com as poucas unhas que tens, filho da puta. - Marcel tirou-o da cabeça e pegou-lhe em braços com um sorriso. - Disse-te que to trouxe a ti, porque caralho me perguntas se é teu? És burro?

-Muito obrigado, Edward. - disse Marcel sem tirar o olhar do pequeno animal. - Mas porquê preto?

-Os outros gatos eram maricas. Os gatos pretos têm mais personalidade.

-Isso é uma parvoíce. - aclarei.

-Talvez, mas a mim serve-me. - concluiu Edward.

-É tão pequeno e adorável! - exclamou Marcel. - Até te dava um beijo, Edward, mas não o vou fazer, que nojo.

-É suficiente com um agradecimento. - começou Edward. - Mas se chamas Einstein ao gato levo-o de volta.

Marcel sorriu suspeitosamente e acariciou a cabeça do pequeno.

-Bem-vindo a casa, Einstein. - disse Marcel e o gato miou.

-Não! - exclamou Edward. - Não, não, não! Procura-lhe um nome normal ou levo-o.

-Chama-lhe Ruperto Gartroff em honra ao filho da Lottie. - sugeri e o Marcel soltou uma gargalhada.

-Essa foi boa. - respondeu o rapaz de óculos enquanto o Edward olhava para nós com a testa franzida.

-Vai chamar Ruperto Gartroff ao seu filho? - perguntou sentando-se no sofá e eu imitei o seu ato sentando-me ao seu lado.

-Isso é o que ela diz. - disse-lhe enquanto o Marcel parecia estar noutra dimensão a escolher um nome para o gato.

-Meu Deus, esta casa está cheia de malucos.

-Ei! - queixei-me dando-lhe uma palmada. - Estás a chamar-me maluca?

-Sim. - afirmou.

-Olha quem fala. - comecei. - O que muda de casa mas continua a ter um baú cheio de pastéis e chocolates debaixo da cama.

-O que tem? - disse tentando parecer sério, mesmo que um leve sorriso divertido se desenhasse nos seus lábios. - Se acordo à noite e tenho fome não tenho que me levantar para buscar comida. E cada um tem debaixo da cama o que quer. É a minha casa, é o meu baú, são os meus chocolates e as minhas regras.

-Então é a minha casa e são os meus malucos.

-Esse é o primeiro da lista. - apontou para o Marcel que juntava o seu nariz ao do gato enquanto lhe dizia coisas.

-Ai Einstein, pequenino. És muito suave, vais dormir comigo e o Edward não te vai levar. - dizia Marcel.

-Maluco número um. - aclarou Edward. - Marcel, já te disse que não se vai chamar Einstein!

-É o meu gato, eu chamo-lhe como quiser.

-Mas fui eu que to trouxe.

-Não me interessa. - respondeu Marcel. - Tu deste-mo, é meu. Meu! Não é, Einstein?

Os Trigémeos Styles 3: Déjà vu (tradução)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora