Capítulo dezessete

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- O apartamento está tão livre sem a sua namorada capivara. - Me joguei ao meu sofá, liguei a televisão.
Estava passando The Vampire Diaries, a melhor série do mundo, digo, não por causa do Damon, mais a história é muito mais muito perfeita. Me chame do que quiser, sempre desejo que a toalha caía do corpo do Damon.
Erick havia batido a porta, se sentou no sofá ao lado, olhou para a televisão e fez uma careta. Careta é meu pau, filha da puta.
- A gente não namora mais. - Ele parou de fazer careta, olhei para ele com um sorriso ao rosto.
Vou festejar logo ali, já volto.
- Que bom! - Me levantei ainda com o sorriso no rosto. - Para comemorar, você vai ter que fazer um lanche para mim.
- Não quer nem saber o motivo? - Ele se levantou.
- Não, que fique chorando com os seus problemas. - Me joguei ao sofá de novo, olhei para a televisão, melhor cena de Delena.
Ele foi em direção à cozinha, eu estava prestes a pular no sofá de tão animada que eu estava, não tinha que ver a capivara humana, e sem contar que, Erick teria o maior tempo para ficar comigo. Ficar comigo, sendo meu mordomo, não pensem outra coisa.
Mais ao mesmo tempo, me senti meia mal, quem eu iria bater em casa? Quem vai ser meu saco de pancandas? Ah, que seja.
- Toma aqui. - Damon, não mentira, Erick nunca vai ser o Damon, se apróximou de mim com um prato com um sanduba de carne.
Só peguei da sua mão, sem ao menos dizer 'obrigada', devorei o lanche em um minuto só. Eu estava com fome, oras.
Joguei o prato na sua mão, o que quebrou, porque não estavámos perto. Ele deu um gritinho fino e insuportável, que me fez sair do sofá.
- Nem doeu, menininha. - Abri a porta de meu quarto, em seguida, bati-a.
As roupas estavam ao chão da minha cama, puxei um vestido florido, até perceber que aquilo nem era um vestido, era uma camisola. Joguei de lado, pulei em minha cama, olhei para o teto.
O que aconteceu mais cedo: Um abraço e um beeeelo beijo, digo, foi muito bom. Pena que ele é idiota, muito idiota é insuportável. Imagina se eu namorasse com ele? Seria tão... Ah, deixa.
Me levantei da cama, puxei o meu celular o chão, fui para o whatsapp e vi que havia mais ou menos quinhentas mensagens. Não foi só de grupo, foi do privado também.
Não respondi ninguém, ninguém mesmo. Joguei meu celular ao chão, tirei a minha blusa ficando só de sutiã e calça, e sem ao menos me mexer, fechei os olhos.
Eu só queria tentar esquecer o beijo, mais não foi missão comprida, na medida em que eu fechava os olhos, me lembrava da sua boca na minha, o filha da mãe do motorista buzinando, enfim, vocês me entenderam.
A porta se abriu, me tirando daquele mundo, quando olhei para a porta vejo Erick com os olhos no meu sutiã. Revirei os olhos. Homens são todos iguais, não podemos ficar sem blusa que já querem ficar secando nossos peitos.
- O que você quer? - Peguei a primeira blusa que vi na frente, ela era transparente, o que não ajudou muito.
- O-os ga-garotos querem... - Dei um tapa em seu rosto, que fez voltar ao normal. - Vitória, Feijão e Daniel vão vim pra cá.
Não falei nada, apenas pulei em minha cama. O garoto veio aqui para falar isso?
Ao ver que não falei absolutamente nada, se virou e foi em direção ao seu quarto. Peguei no chão uma blusa que vinha até o meu joelho, um short preto, e por fim, meus lindos chinelos.
Entrei ao banheiro, fiz toda aquela babozeira de 'tirar a roupa, abrir o box, entrar no chuveiro, ligar, e tomar banho'. Como sempre, pensar na vida no banho virou o meu hobbie.
Depois de uns dez minutos, ou mais, desliguei o chuveiro, peguei a toalha azul, a única que vi pendurada no box, e me cobri. Me enxuguei, é claro.
Coloquei a blusa que vinha até o joelho, em seguida o short, meus chinelos, e por fim, fiz um rabo-de-cavalo.
Abri a porta, nenhuma voz de ninguém, puxei a porta de Erick que estava meia encostada, e vi que não havia ninguém em sua cama. A porta do banheiro estava fechada, ele deveria estar lá.
Me sentei na cama, de uma forma totalmente embaraçosa, a minha perna estava em cima do meu braço que estava na cama, e o outro braço arrumando o rabo-de-cavalo.
Só pude perceber que o quarto dele era totalmente diferente do meu, havia dois ventiladores e ar-condicionado. Porra, dois ventiladores, DOIS VENTILADORES, e um ar-condicionado. O meu quarto só tem um ar-condicionado queimado, isso é injusto.
Havia uma mesa enorme com cd's, um notebook, carregadores, e por fim o seu celular. Não perdi a oportunidade de não cheretar em suas coisas. Me levantei, sem fazer barulho, e assim peguei o seu celular.
Estava com foto de peitos na tela de bloqueio, é claro. Nem para ser um peito que não estava caído.
A porta se abriu, sem ao menos eu perceber, mãos rodaram a minha cintura.
- Saí daqui. - Empurrei-o, o que fez voar longe, e a toalha também.
Não vi nada, apesar de eu ser uma capeta, tampei os meus olhos. Ele riu.
- Pode olhar. - Ele berrou.
Abri os olhos e vi a toalha branca em sua cintura. Suspirei, aliviada. Me dirigi até a porta, até que sinto mãos me puxando.
- Tchau. - Abri a porta e assim saí.
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- Que horas que começa a festa? - A Vitória já havia chegado com os meninos. - A Bárbara vai?
- Não. - Erick falou.
- Sim. - Me levantei, todos me olharam. - Você não manda em mim, quero curtir, não sou boneca de pano para ficar aqui.
- Bárbara Pierce dizendo isso? - Vitória ergueu as sombrancelhas.
- Às vezes tempos que mudar, não? O filme fica repetitivo, e eu odeio filmes repetidos. - Dei um meio-sorriso.
Aquilo deve ter soado meio que parecendo que eu sou puta que acabou de sair da igreja.
- Se você se embebedar, não vai ser eu que irei te levar para casa. - Erick me olhou. - Começa as dez.
Como ele podia ser insuportável até em quase-hora de curtição?
Me levantei, fui ao meu quarto, entrei ao banheiro, tomei aquele banho de 'Vou sair daqui arrasando', e logo enrolei uma toalha em meu corpo.
Peguei o primeiro pente que vi, desembaracei a guerra em meu cabelo, e assim o sequei. Estava parecedo garotinha que vai ao shopping todo sábado.
Acabando de secar, passei a linda da chapinha, não me imagino sem ela. Assim que eu acabei de queimar totalmente à minha cabeça, me a baixei para pegar uma roupa que fique parecendo que eu sou uma garota meiga e legal, o que era mentira.
Coloquei um cropped de pedrinhas, uma saia preta, e um salto que eu nunca usei, digo, nunca usei mesmo. Ele era preto, o que fazia com que o look ficasse perfeito.
Fiz uma maquiagem básica, rímel, lápis, delineador, e por fim, batom vermelho. Passei um perfume, me olhei ao espelho, até que gostei.
Peguei o meu celular, fui a sala, todos me olharam, o que fez com que eu me sentisse bem mais diva.
- A machona é feminina. - Erick se pronunciou, estava de boca aberta.

Bárbara (Correção) Onde as histórias ganham vida. Descobre agora