My Sobrenatural Lover🧛‍♂️🐺❤ Primeira Edição (Fanfic FKBU)

O início de uma Maldição

Playlist: https://youtube.com/playlist?list=PLVJHF2zfbmOGSOocEyg-IzFD_dpccfwg5

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Eu estava morrendo de fome. Não consegui caçar nada, já que era inverno. Mas por algum motivo senti que aquele inverno era bem diferente de todos os outros que eu já presenciei na vida. Aquele inverno em que me encontrava era mais forte, mais violento do que qualquer outro. Tinha uma vila perto da floresta em que eu caminhava lentamente. Desci o morro e fui até a vila que eu havia visto. Coloquei meu capuz para ninguém saber quem eu sou de verdade. Até porque ninguém tem que saber que eu sou um Lobisomem, fruto de uma maldição. Minha mãe era humana, e meu pai, era um lobo por completo. Até o dia que uma bruxa o transformou em Lobisomem, metade homem, metade lobo. Meus pais se conheceram, e um dia eu nasci. Minha mãe morreu quando deu à luz à mim, e meu pai depois daquele dia nunca mais foi visto... O problema é que eu carrego uma maldição comigo: Eu também sou um Lobisomem, e as chances de um dia eu ter um filho também lobisomem são de 100%. Passei a vida tentando descobrir como ser um humano normal, mas nunca consegui entender como a maldição funciona, e pelo visto, sou o único ser vivo com essa maldição nas costas, já que ninguém nunca ouviu falar sobre isso! Não existe cura ou feitiço que possa quebrar essa maldição, não há poder que faça eu me livrar disso! Eu tinha me juntado à uma alcatéia, mas eles nunca tinham me tratado igual, então em uma noite, eu fugi, sem pensar duas vezes. Só não pensei que fugiria na véspera desse inverno tão diferente dos outros.
Tinha um mercado aberto e decidi entrar. Notei que era um mercado porque tinha comida do lado de fora, então era provável que teria comida do lado de dentro também. Vi um caixote bem grande de maçãs e outras frutas na porta, estava coberto com um pouquinho de neve em cima das frutas, mas não era nada de mais, não iria atrapalhar nos negócios ou coisa do tipo. Eu entrei e o lugar era bem quente. Fiquei aliviado, mas mesmo assim não tirei o capuz. O lugar era todo feito de pedra e madeira. Tinha caixotes de madeira por todos os lados, e estavam muito bem organizados. Cada caixote tinha o nome do produto comercializado, e tinha uns números em cima. Não entendi o que poderia ser. Eu peguei uns biscoitos em forma de ossinhos. Aquilo cheirava muito bem.
Fui até um balcão de madeira, onde estava uma moça com vestes bem simples. Um vestido vermelho vinho e um avental. Tinha uma faixa branca na cabeça, e cabelos de cor castanho escuro bem longos. Ela sorriu pra mim. Eu sorri de volta, mas eu sabia que aquele sorriso ainda seria substituído pelo medo e apreensão de estar cara a cara com um lobisomem. Muitos sabiam que eu andava pelas florestas próximas, muitos nem sequer sabem da minha existência. Já é a décima vila somente esse semestre que eu tento conseguir alguma coisa pra comer. Sempre falho, sempre alguém vê que têm algo de errado comigo, sempre apontam e gritam: " Ele é uma besta! Têm cauda e orelhas de lobo!". "Monstro" me chamam... "Aberração"... Simplesmente por não ser totalmente igual à eles. Porquê homens precisam ser assim tão frios? Será que ainda existem pessoas boas assim como esta humilde moça que vejo na minha frente?

Moça: Bom dia, senhor! Então você está comprando biscoitos caninos? Que bom! São os melhores da casa!

(Espera biscoitos caninos? Tipo biscoito pra cachorro? Então é por isso que tem um cheiro tão bom?)

Eu estava salivando! Não via a hora de abrir aquele saco de biscoitos e acabar de vez com a minha fome e seguir meu caminho. Mas tinha um problema... Um problema que obviamente eu não poderia resolver!

Moça: Isso vai custar 5 moedas de ouro.

Eu não tinha nenhuma moeda de ouro... Como iria conseguir os biscoitos sem as moedas?
Eu olhei pra moça com um olhar triste. Não queria abrir a boca pra ela não ver minhas presas. Da última vez que eu falei com alguém, a garota tinha gritado muito alto e disse que eu era um demônio em pessoa! Daquele dia em diante, nem abro mais a boca pra me comunicar. Descobri que meu olhar diz muito...