O Salvatore de cabelos castanhos claros suspirou reconhecendo a intenção de seu irmão.

— Sei o que está fazendo, Damon. Não vai funcionar.

Damon ao vê-lo tentar se esquivar, bateu no peito do outro em uma provocação deliberada tentando chamar sua atenção.

— Não sente falta?

— Pare!

— Vamos fazer juntos. Vi duas garotas. — Não estava funcionando, mas Damon conhecia o ponto mais fraco de seu irmão. — Na verdade, já que você gosta tanto de animaizinhos... — Finalmente pode ver uma reação desejada no rosto de seu irmão, as veias aparecendo aos poucos mostrava que ele já sabia o final da sentença de Damon. — Vamos pegar a Coelhinha. O sangue dela deve ser doce.

— Eu mandei parar! — Enquanto gritava, o Salvatore atacou seu irmão mais velho com suas presas de fora.

Os dois atravessaram a janela de vidro do sótão onde Stefan dormia, e o barulho que repercutiu pela casa assustou Briana, que estava sentada no sofá batendo os calcanhares no chão e mordendo as unhas, enquanto se perguntava o que seu pai estava escondendo. Ele parecia saber quem era o vampiro visitante que estava por aí atacando pessoas inocentes.

Levantando-se ela saiu de casa correndo quando escutou outro barulho vindo de fora, mas antes pegou a primeira arma que viu pela frente para se proteger. O que acabou sendo um troféu antigo que ficava na entrada. Nas pontas dos pés a loira se aproximou do lugar de onde vinha os sons de conversa, apenas pra ver alguém parado de pé ao lado de seu pai, que estava caído no chão não parecendo nada bem.

— Papai! — Correndo até o mesmo, não se preocupou com o impacto que sentiu em seus joelhos ao se ajoelhar ao lado de seu pai. — O que houve?

— Não, Briana, vai pra dentro. — Stefan comentou tentando se levantar, mas logo uma expressão de dor apareceu em seu rosto enquanto ele levava a mão para o lado do corpo.

— Ora, ora, falando do diabinho... — O homem que falava tentou se aproximar, mas Bria, ainda ajoelhada ao lado de seu pai, levantou o troféu de forma ofensiva em sua direção. Damon riu. — Sério? Vai me matar? Oh, não, por favor.

Debochou levando a mão ao peito dramaticamente. Briana não podia ver de forma exata já que o homem estava contra os focos de luz. Mas havia olhos claramente azuis, e eles lhe tiraram o fôlego. Tão bonito, ela os conhecia de algum lugar. Sua mão tremeu no troféu com a cena familiar e Damon se divertiu ainda mais pensando que poderia ser de medo. Mal ele sabia que não era nada nem perto disso.

E assoviando como se aquela fosse só mais uma noite bonita, virou-se e foi embora.

— Briana. — Chamou seu pai ainda soltando alguns silvos de dor enquanto se sentava.

Soltando a respiração que não sabia que segurava, a garota voltou sua atenção para seu pai.

•••

— Damon Salvatore. — Sussurrou a loira para seu quarto vazio.

Seu pai havia dito que o homem que o atacou era seu irmão mais velho. Quando ela, suspirando aliviada, comentou que a briga era só um desentendimento de irmãos então, ele não gostou nada. E mandou que ficasse longe do vampiro mais velho, sempre que ele aparecesse e Stefan não tivesse por perto sua ordem era pra correr. Mas o que fazer se não era isso o que a loira queria? Muito pelo contrário, ela queria...

Estava quase pegando no sono, com suas pálpebras pesadas quando imagens bateram violentamente em sua cabeça a fazendo ofegar arregalando os olhos e sentando-se na cama. Estava acostumada às imagens que nunca deixavam sua cabeça, graças a maldita memória fotográfica, mas aquelas eram diferentes. Ela não se lembrava.

White - D. Salvatore 1 (✔)Where stories live. Discover now