VERDADEIRA FACE

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Já fazia quase meia hora que a garota estava sentada no banco da praça principal de Mystic Falls

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Já fazia quase meia hora que a garota estava sentada no banco da praça principal de Mystic Falls. As pessoas que outrora inundavam as ruas com a intenção de ver o cometa foram aos poucos desaparecendo. Todos seguindo para suas casas em pares ou grupos com sorrisos estampados no rosto, apenas alguns adolescentes decidiram estender a noite indo ao Mystic Grill.

Briana encarou o celular pela segunda vez, não estava com medo de fazer o que queria, temia as consequências se seu pai soubesse. Entretanto procurou o contato desejado no celular e ligou para o mesmo. Completaram-se apenas duas chamadas e então a voz rouca soou do outro lado.

— Quero saber como conseguiu meu número.

— Se você não perguntou quem é, é porque também tem o meu. — Uma pausa ocorreu e Ana quase pode ver Damon revirando os olhos.

— Stefan não é muito cuidadoso com suas coisas.

Sua frase tinha um tom de sarcasmo e estava cheia de duplo sentido, mas tratava-se do Damon, então era normal. Por isso a Branson apenas se fez de desentendida.

— Bem, com isso tenho que concordar.

— O que foi, Coelhinha? Já está sentindo saudades? Não acho que seu pai gostaria disso.

E não gostaria mesmo, mas ela precisava fazer isso. Queria saber porque o moreno estava tão empenhado em fazer da vida de seu pai um inferno. Queria saber sua razão, então talvez pudesse entendê-lo melhor, e arrumar uma forma de fazer os dois irmãos se darem bem de novo. Seria perfeito.

— Preciso falar com você.

— Já está falando.

— Não assim.

— Assim? — A loira sobressaltou quase deixando o celular cair quando o vampiro apareceu de repente à sua frente.

Depois de deixar Vicki com o Stefan, Damon estava caminhando para o Mystic Grill, tinha planos para colocar em andamento. Ele viu Briana na praça parecendo solitária com uma expressão um tanto quanto preocupada no rosto bonito, e até pensou em se aproximar, mas decidiu que era melhor ignorá-la. Já tinha empurrado Stefan de mais para um só dia, contudo, mudou de ideia ao receber a ligação da mesma. Foi ela quem deu o primeiro passo.

— O que você quer?

— Quero saber porque — A loira levantou-se do banco e se aproximou do vampiro com passos determinados. — Por que você continua atacando meu pai?

— Esse não é um problema seu, Coelhinha. — Seus dedos frios escorregaram pela bochecha da menina levando um  arrepio até sua espinha. O toque era gentil, mas o prenúncio de perigo estava incluso. — Você deveria continuar sendo uma boa menina e voltar pra casa.

O vampiro afastou-se sem esperar por resposta, mas Briana não desistia fácil. Mesmo  sentindo seu coração trovejar dentro do peito, apressou-se para acompanhar o moreno.

— Vocês poderiam conversar, resolver essa briga idiota. Vocês são irmãos!

A parada brusca do outro fez com que ela trombasse nas costas largas, entretanto, logo ele estava a encarando com os olhos vermelhos de raiva.

— Idiota?!  — Seu tom estava mais profundo do que o normal. — Não, Briana, não vamos resolver nada. E você deveria se manter longe do que não te interessa, ou não vai gostar das consequências.

Ele estava prestes a desaparecer quando a voz teimosa da menina se fez ouvir novamente.

— Você não é tão ruim quanto quer parecer.

Os olhos muito azuis de cílios escuros a encararam de baixo enquanto um sorriso cafajeste se desenhava em seu rosto.

— Não? E você me conhece tão bem assim?

Com passos lentamente perigosos, Damon invadiu o espaço pessoal de Briana. A loira segurou a respiração automaticamente, piscando os olhos exageradamente enquanto sentia seu rosto aquecer. Ele parecia perigosamente sedutor.

— Você não conhece nem a minha camada mais rasa, Briana. — Seu nome saindo dos lábios dele parecia música, mas o tom não estava certo. — Sabe, em algum momento eu devo ter te passado a impressão errada. Mas eu vou te mostrar quem eu realmente sou.

Em um instante ela estava parada no meio da praça de Mystic Falls questionando o vampiro, e no segundo seguinte sentiu o vento em seus cabelos e seus pés sem apoios. Estava pendurada na beira do grande relógio da cidade e a única coisa a impedindo de cair lá em baixo era a mão de Damon apertando seu pescoço.

Briana sabia que não devia olhar para baixo, mas sem nem ao menos perceber o fez e o grito subiu em sua garganta saltando de seus lábios de forma aterrorizante.

Suas mãos apertaram a do vampiro e seus olhos foram para os do mesmo. Foi a primeira vez que realmente viu o vampiro assassino que seu pai sempre avisou, a primeira vez que sentiu verdadeiro medo de Damon Salvatore.

— Acha mesmo que sou bom, Coelhinha?

O soluço deu início às lágrimas da menina. Suas mãos continuavam apertando os pulsos do Salvatore na tentativa de se manter mais segura. Mas ela não conseguia falar nada, o ar passava escasso em sua garganta e seu coração estava acelerado.

— Não volte a me questionar como se tivesse o direito.

•••

A loira se encolheu, ficando menor contra a cabeceira de sua cama enquanto soluçava entre suas lágrimas pesadas. O quarto iluminado apenas pela tenra luz noturna que vinha da janela parecia um tanto quanto sinistro junto com o barulho de seu choro. E nem mesmo o grande gato branco que se alisava nas pernas encolhidas da menina a acalentava.

Ainda não podia acreditar que Damon havia a ameaçado daquela forma. Só a lembrança de seu olhar zombeteiro ao deixá-la sozinha jogada na frente da torre do relógio, fazia seu peito se apertar e suas lágrimas se intensificarem. Teve sorte de não encontrar seu pai quando chegou, mas era confuso, porque também se sentia mal por isso. Ele sempre estava lá quando ela se machucava, dessa vez nem em casa ele se encontrava.

Um galho fino bateu insistentemente contra sua janela aberta, o vento que balançava as cortinas selvagemente também o acompanhava. Isso chamou a atenção da loira e a incomodou, então ela levantou-se limpando os rastros das lágrimas de sua bochecha. Assim que Briana se aproximou pra fechá-la, outra coisa lhe tirou a atenção. Lá em baixo estava seu pai e Elena, os dois estavam se beijando como um belo casal apaixonado.

Um sentimento desconfortável picou o coração da garota que, de forma agressiva, abaixou o vidro e se afastou da janela. Estava de saco cheio dessa cidade e das novidades que ela trouxe para sua vida, contudo, mal sabia ela que esse era apenas o começo.


Eai, pessoass!!! Como foi o Natal de vocês? Espero que bem

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Eai, pessoass!!! Como foi o Natal de vocês? Espero que bem.

Esse capítulo era pra ser postado no dia 25, mas a bonitona tava de ressaca, então não conseguiu fazer nada. Sorry.

O que acharam desse capítulo? Senti que faltou mais emoção na escrita, mas percebi que se ficasse tentando encontrar essa emoção acabaria postando o capítulo no ano que vem.

Não estou dizendo que não gostei do capítulo, até porque se a autora não gosta da sua história, como os leitores vão, não é? Eu o senti um pouco... sei lá. Kkkkk 

See you guys!!

White - D. Salvatore 1 (✔)Where stories live. Discover now