BOURBON NO CEMITÉRIO

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Briana havia aproveitado o momento de estupor do pai para refugiar-se em seu quarto, e agora ignorava seus pedidos para que ela abrisse a porta

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Briana havia aproveitado o momento de estupor do pai para refugiar-se em seu quarto, e agora ignorava seus pedidos para que ela abrisse a porta. Ele queria conversar, mas não era o momento, ela só queria ficar sozinha.

Tinha gritado sua frustação para seu pai pela primeira vez na vida e agora, apesar de sentir seu peito um pouco mais leve, a culpa começava a pesar. Talvez devesse pedir desculpas? Na dúvida, era melhor manter-se quieta, também precisava de um tempo longe dessa bagunça.

Assim que percebeu que Stefan não estava mais parado na porta, apanhou o celular e discou o número do único amigo normal que tinha feito naquela cidade. Não demorou para Jeremy atender.

— Fala, patinha.

— Não gosto quando me chama assim.

— Agora, esse não é um problema meu. — Bria inspirou fundo rolando na cama. — Aconteceu alguma coisa?

— Quero sair hoje a noite. — Foi direta evitando falar de seus problemas. Não significava que não confiava em Jeremy, era mais para não pensar neles.

— Tudo que temos é o Mystic Grill.

— Pode ser.

— Nos encontramos lá às sete então. Mas leva bastante dinheiro porque hoje é você que paga.

Antes que ela pudesse protestar o moreno desligou.

Depois de um longo banho relaxante de banheira, ou seja, uma playlist inteira de músicas tristes depois, Ana estava terminando de ler um dos livros de Steven quando Stefan voltou a bater na porta. A loira prendeu a respiração esperando o que viria a seguir.

— Estou indo pra casa da Elena, tem certeza que não quer ir? — Revirando os olhos claros enquanto fechava seu livro com mais força do que o pobre coitado merecia, ela permaneceu em silêncio.

A voz de seu pai parecia tristonha e Ana lutou consigo mesma para não abrir a porta correndo e fazer o que fosse necessário para deixá-lo feliz novamente. Entretanto, mordendo o lábio inferior ao ponto de dor, ela se segurou.

— Eu fiz bolo de chocolate. — Voltou a se pronunciar e a loira condenou-se por sentir-se ainda mais tentada. Tudo culpa do seu leve amor pela comida. — Deixei lasanha na geladeira, é só esquentar. Deixa pra comer bolo depois do jantar.

O vampiro esperou pela resposta que não veio, então suspirando se afastou da porta do quarto de sua filha com o coração pesado. Essa sensação era horrível, saber que de alguma forma havia faltado com ela. Mas não conseguiria se afastar de Elena, estava completamente apaixonado. Precisava que Aninha entendesse isso.

A garota esperou apenas o tempo de ver, através da janela de seu quarto, o pai saindo e então desceu correndo para o primeiro andar, quase batendo em Zach que subia as escadas tranquilamente.

— Depois de jantar uma ova. Huh.

Devorar o bolo ao invés do jantar parecia a vingança perfeita em sua cabeça.

White - D. Salvatore 1 (✔)Where stories live. Discover now