Garoto perigoso

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Faziam alguns meses que estávamos no segundo ano do ensino médio e por algum motivo Luffy se tornou muito popular entre os alunos, todos pareciam gostar muito dele e o queriam por perto, sempre acabávamos no refeitório com uma mesa repleta de rostos diferentes aos quais tive certa dificuldade de lembrar seus nomes.
Perona começou a sair com um cara do terceiro ano, um tal de Mikauque, Mirok, Mihawk algo assim, ele era bonitinho, não posso negar, mas o que mais chamava atenção nele eram seus olhos de gavião,  aqueles olhos que pareciam estar atentos à tudo.
Algumas vezes Perona aparecia para comer com a gente, mas a maior parte do tempo ela passava com o seu namorado. Claro que sinto um pouco sua falta nos intervalos, mas sempre nos víamos nas noites de filmes que acabou virando uma rotina nossa. Estava feliz por Perona, ela é uma garota incrível e o tal de Mihawk a tratava muito bem.
-Ei, Luffy, já te contei daquela vez que pesquei um peixe enorme de 100 quilos? - perguntou um dos amigos novos de Luffy, acho que era Supop? Algo assim, ele tinha um nariz bem longo e os cabelos enrolados - era parecido com um tubarão, mas tinha um bico fino e afiado que nem uma espada e ele era verde reluzente.
-Uau, é mesmo, Usopp? Que incrível - comentou Luffy apoiando as mãos em cima da mesa e seus olhos brilhavam de animação - um dia eu quero pescar um peixão desses.
-Usopp, para de contar mentiras para o Luffy só porque ele é ingênuo demais para acreditar - disse uma garota ruiva puxando a orelha do narigudo, o nome dela era Nami, pelo que eu me lembre - não acredite no que Usopp fala, Luffy, ele é um grande mentiroso.
Todos que estavam à mesa riram e continuaram com as piadas, voltei meus olhos para o refeitório e percebi um garoto encostado a parede olhando fixamente para nossa mesa, ele usava um chapéu um tanto quanto esquisito branco e preto com uma camisa preta com uma caveira desenhada em amarelo, seu olhar parecia irritado e continuei o encarando até o momento em que ele decidiu sair de onde estava e andar em direção à saída do refeitório.

Continuamos falando de amenidades até o momento em que tivemos que voltar para a nossa sala, era aula do Ace e não podíamos nos atrasar de jeito nenhum ou ele iria puxar a nossa orelha até ficar vermelha e ardida. Logo o sinal indicando o fim das aulas tocou e saímos em direção ao pátio para nos encontrarmos com nossos amigos mais próximos e voltar para casa juntos ou nos despedirmos.

Luffy e eu chegamos no pátio e Perona, Mihawk, Nami e Usopp já estavam lá nos esperando, acenamos e andamos o mais rápido para alcançá-los.

-Hoje o dia foi cansativo - comentou Nami se espreguiçando - estou exausta, não acredito que ainda terei que ajudar na colheita hoje.

-Nami, você pode trazer tangerinas amanhã para gente? - perguntou Luffy, ele adorava as frutas que a família de Nami cultivava, todas eram doces e saborosas.

-Claro, Luffy, trago sim.

Luffy comemorou agitado como sempre e todos riram se divertindo com o bom humor do nosso amigo. Senti alguém olhar para a gente e levantei meu olhar procurando pelo pátio e novamente encontrei o rapaz que estava no refeitório, ele permanecia com um olhar pouco amigável e olhando fixamente para nós.

-Ei, pessoal, aquele cara não para de encarar a gente, olhem discretamente um de cada vez - falei direcionando meu olhar sutilmente para a direção do garoto, Nami foi a primeira a olhar e vi seu olhar assustado ao voltar sua atenção para o grupo.

-Aquele é Trafalgar Law, chamam ele de cirurgião da morte, dizem que ele matou um aluno recentemente - comentou Nami sussurrando para que somente a gente ouvisse - ele é perigoso, melhor não nos aproximarmos nem olharmos para...

-Ei, garoto do chapéu de vaca - gritou Luffy antes mesmo de Nami terminar de falar atraindo a atenção do garoto aparentemente perigoso - por que você matou um aluno, hein?

-Puta merda, Luffy, eu falei pra não mexer com ele - falou Nami irritada prestes a socar a cabeça de Luffy.

-Que? Está falando comigo? - perguntou o garoto ainda com sua expressão de poucos amigos.

como iria te esquecer?Where stories live. Discover now