Todos os motivos para te amar

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Maratona de dia dos namorados; 1/6 🫶🏼

Nathália Gomes

Eu estava ansiosa, por dois motivos: o primeiro seria minha segunda consulta com a médica e o segundo eu veria minha mãe depois da discussão horrível que a gente teve, eu tinha vindo direto do meu serviço para o consultório e estava na frente dele esperando minha mãe, eu simplesmente tremia na base, pois eu não sabia como ela estava em relação com a minha gravidez, talvez fosse melhor eu tivesse vindo sozinha, acho que teria menos estresse, eu olho novamente para o meu celular,  daqui a pouco é a hora da minha consulta e então eu olho novamente em direção à rua, e eu vejo um carro familiar chegar perto de mim e estacionar ao alguns metros de distância, minha mãe sai do carro e meu pai também, eles vêm em minha direção, e então meu pai me pega de surpresa e me dá um abraço muito forte, eu retribuo o gesto dele.

-Me desculpe filha por ser tão duro com você no outro dia!- diz meu pai, então ele se solta do abraço e me olha nos meus olhos. - Essa notícia pegou tanto eu como sua mãe de surpresa! - então olho para minha mãe ela está um pouco afastada de nós dois.

-Eu sei pai, me pegou também de surpresa! - digo a ele e olho nos seus olhos.

-Mesmo assim a gente tem que te apoiar, até porque é nosso neto ou neta, então nos desculpa novamente! - diz com olhar mais carinhoso, eu apenas aceno com a cabeça e abraço ele novamente, eu e meu pai sempre fomos mais próximos, ele sempre me apoiou em tudo que eu tentei fazer na minha vida, ele simplesmente é meu herói.

-Bom eu tenho que ir, eu preciso estar logo na transportadora. - Então ele me deu um beijo na minha testa e se soltou de mim, apenas ficou eu e minha mãe ela não disse nada até a gente entrar no consultório da minha médica.

A minha médica pede para fazer novamente o ultrassom, mas agora ela passa um gel em cima da pequena bolinha que está se formando na minha barriga, e eu olho para tela e a minha médica mostra aonde estava o meu bebê praticamente todo formado, eu olho em direção para minha mãe e ela está com lágrimas nos olhos eu seu seguro sua mão e ela me olha e dá um pequeno sorriso, então me viro para doutora.

-Doutora já para ver o sexo do meu bebê? - pergunto para ela.

-A gente pode tentar, mas tem 20% de estar errado o mais indicado é esperar até a vigésima semana de gestação. - diz ela com tranquilidade. - Vamos escutar o seu coração? - eu confirmo com minha cabeça e logo o ambiente é tomado por um barulho ritmado, era o coração do meu bebê batendo com toda sua força, eu dou um longo suspiro e olho novamente para minha mãe. Então a médica diz que o bebê está em perfeito estado, me dá uma lista de alimentos que tenho que comer, e logo eu e minha mãe saímos do consultório.

-Fico feliz que meu netinho ou netinha estejam bem! - diz e nós duas vamos até o elevador. - E vê se come tudo que está na lista que doutora te deu viu! - diz ela.

-Tá bom, mãe!- então a porta do elevador se abre e nós duas entramos. - Eu estou fazendo tudo que a médica fala para mim, tudo bem que eu não queria ser mãe agora, mas também não sou irresponsável! - digo a ela.

-A controvérsias, se não fosse irresponsável não tinha engravidado de um homem casado! - diz ela num tom de acusação.

-Mãe eu já disse que não sabia, e quando eu descobri terminei logo com ele, mas aí eu já estava grávida! - digo me defendo. Minha mãe dá um suspiro e me olha.

-Desculpa filha é que eu fico preocupada com você, está sozinha nessa situação, já complicado quando tem o apoio de um parceiro e imagina sozinha e tão nova. - diz ela para mim.

-E tu acha que eu não sei, a única coisa que eu penso nas últimas semanas que eu não vou dar conta.- digo dando de ombros e já um pouco irritada.

-Então filha conversa com ele novamente, tenta fazer ela participar da gravidez! diz ela para mim.

- Não mãe! - falo já brava com toda essa conversa. - Eu não vou pedir para ele participar por duas razões, ele sugeriu que eu abortasse e me ameaçou me mandar embora do meu emprego, eu não quero esse tipo de gente perto do meu filho! - então nesse momento a porta do elevador se abre eu saio pisando duro, eu sei o que minha mãe estava pensando, se o Rodrigo participasse mais da minha gravidez, assim ele tocaria seu coração e separaria da sua mulher, minha mãe é aquele tipo de pessoa que acha que para ter um boa criação dos filhos os pais tem ficar juntos! Então minha mãe me alcança na calçada e eu peço um Uber para nós duas, até o caminha de casa não dizemos nada uma para outra.

-Oi pessoal essa é minha mãe! - digo quando eu passo pela porta da sala. - Dona Lúcia, pessoal, pessoal, dona Lúcia! - digo apontando para o grupo que estava na sala, meu irmão se aproxima e dá uma abraço na minha mão e olha para mim.

-Como foi a consulta? - pergunta para nós duas.

-Tranquilo. - eu digo dando de ombro. -O meu bebê está bem, e já dá para identificar que é um bebê. - digo e tiro da minha bolsa as fotos da ultra e mostrei para o meu irmão, o pessoal que não é pouco curioso se junta a nós para ver também.

-Já dá para saber se é menino ou menina? - pergunta JP pra mim.

-Ainda não, tenho que esperar mais algumas semanas.- digo a ele.

-Mas, você tem preferência? - pergunta a Lu.

-Hã, não. - digo a ela. - Mas eu meu sexto sentido acha que é uma menina! - falei sorridente.

Então fomos todos se sentar na sala e ficamos batendo papo até meu pai vim buscar minha mãe, quando ele chegou eu e Lucas fomos lá fora receber ele, mas meu pai não quis entrar por que queria chegar logo em casa, então na hora de me despedir da minha mãe me olha e me fala.

-Filha quem é aquele moço todo tatuado? - pergunta ela

-É Victor mãe, por que você está me pedindo isso? - pergunto olhando para ela.

-Eu reparei que ele olha para você com uma cara diferente! - diz ela, eu franzo minha testa.

-Que cara? - pergunta a ela incrédula.

-Cara de apaixonado! - ela apenas responde.

-Tu está viajando dona Lúcia! - digo negando com minha cabeça e então minha mãe entra no carro.