Capítulo 29

460 51 22
                                    

Depois de uma noite mal dormida, acordo sentindo a claridade do dia batendo contra meu rosto. Abro os olhos lentamente varrendo o quarto com o olhar, encontrando Fernanda sentada a uma cadeira próxima a minha cama.

-Bom dia?

Digo me sentando na cama e coçando meus olhos, Fernanda mantendo um olhar indecifrável.

-O pai quer conversar com você, mas antes quem vai falar sou eu.

Diz com seriedade e engulo em seco me acomodando melhor. Fernanda nunca foi de dar sermões nem nada do tipo, apesar de ser a irmã mais velha, então o que eu fiz de tão grave?

-Estou ouvindo.

-Meu pai me contou o que aconteceu quando cheguei em casa, foi o Jaymes, não foi?

Nego com a cabeça imediatamente e Fernanda levanta uma de suas sombrancelha, me olhando intrigada.

-Não foi ele, eu juro. Eu não conhecia o cara, isso vive acontecendo nos dias de hoje, eu só fui mais uma vítima.

Digo me levantando da cama e caminhando apressadamente até a porta. Sei que Fernanda me conhece o suficiente para saber quando estou mentindo e não quero correr o risco.

A maior segura no meu braço com certa força me impedindo de abrir a porta e me fita nos olhos.

-Você pode enganar quem você quiser, mas a mim você não engana, Dayane!

Me desvencilho de seu aperto e abro a porta descendo as escadas, encontrando meu pai sentado no sofá apreensivo. Respiro fundo e me aproximo do mais velho, atraindo sua atenção.
Ele me olha com os olhos vermelhos, gesticulando para que eu me sentasse ao seu lado.

-Pai, o que aconteceu?..

-Filha, você precisa ser forte.

Franzo o cenho e concordo com a cabeça sem saber aonde ele queria chegar.

-O Isaías veio aqui em casa e..

-E?..

-Ele não quer que você chegue perto de Carol..

Arregalo os olhos e me levanto do sofá incrédula.

-Que?! Ele não pode me impedir de vê-la!

Meu pai respira fundo e me puxa pela camiseta, me fazendo sentar ao seu lado novamente. Ele se vira segurando em minhas mãos.

-Day, esse relacionamento não vai dar certo. Eu não quero te ver sofrendo novamente, presa em um quarto ou se afundando nas bebidas. Filha, os pais dela não aprovam, você não está bem emocionalmente e tenho certeza que a Carol também não está. A Carol é uma menina muito sensível, eu tenho certeza que vai chegar uma hora em que ela não vai aguentar a pressão e vai recuar, afinal.. É normal o ser humano recuar quando sente insegurança.

Sinto as lágrimas banharem meu rosto e meu pai acaricia a minha mão em forma de conforto.

-Se for para ser, será! Mas acho que o melhor agora é vocês darem um tempo. Dê tempo ao tempo, querida.

Me levanto e caminho até a porta da entrada.

-Eu preciso ficar sozinha.

O mais velho concorda com a cabeça e saio rua a fora para tentar por minha cabeça no lugar.

Pov's Caroline Biazin

-Estranho, Day não deu nenhum sinal de vida desde ontem.

Comento com Thaylise enquanto jogava o extrato de tomate no macarrão. Estávamos fazendo algo para o jantar já que só estamos consumindo besteiras desde o momento em que cheguei aqui.

My safe harbor or my insecurity? -Dayrol  Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora