CAPÍTULO 2.

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– O que está fazendo aqui? – dei uma encarada nele por completo e percebi que ele ainda vestia a mesma roupa da noite passada – O que houve? Você ainda não foi para casa?

– Te conto o que houve, mas primeiro, por favor, me deixa entrar? – ele estava com uma cara de assustado e eu já começando a estranhar. Fechei a porta e ele se jogou no sofá. 

– Ah, Elena, um dia essas mulheres ainda vão me matar... você não sabe o que aconte...

– Nem quero saber, agora sai do meu sofá com essa roupa suja, não sei e nem quero saber aonde você se meteu, – soltei sem pensar, sem deixar com que ele terminasse de falar. Na hora veio em minha cabeça o que eu acabará de falar e o quanto soou que eu estava com ciúmes. O que não era nem de longe – quer dizer, desculpa, pode falar o que aconteceu.

– Calma Elena, não precisa ficar toda bravinha. Não tenho culpa se você tem uma queda por mim – ele sorriu enquanto se olhava pela câmera do celular – nossa eu realmente estou péssimo... que noite foi essa hein...

– Vai, me conta logo que eu não tenho o dia todo para você – falei sendo um pouco grossa.

– Ontem... quando descemos para comprar as bebidas, esbarrei com sua vizinha, a que mora ao lado, ela me encarou por longos segundos, de pronto pensei que mulher linda e comentei com Ric, que disse a conhecer de algum lugar... – ele se levantou e foi até a geladeira pegar água – Ric achou o Instagram dela e na mesma hora mandei mensagem. Você sabe como é um homem bêbado querendo transar, né? – revirei os olhos para ele – enfim... foi isso, sai daqui e fui para casa dela e ela simplesmente não me avisou que tinha um marido. Ele chegou, queria me bater, eu corri e cá estou eu te contando. 

– Sabe o melhor de tudo isso, Damon? – arqueei uma sobrancelha e dei uma mordida na primeira maçã que achei.

– Humm? Fala... pode soltar seu veneno Elena. Hoje eu estou merecendo. – ele levantou-se, pegou a maçã da minha mão e tascou uma mordida.

O modo como ele não se importava com nada conseguia me deixar irritada.

– Não sou nada sua e muito menos sua mãe para falar sobre o que você faz ou deixa de fazer, não sei como essas mulheres conseguem se deixar levar por alguém como você, mas enfim, o que eu ia dizer é que o melhor é que você nem fica vermelho contando uma barbaridade dessas – dei uma leve risada.

– Aiai sempre uma grossa comigo... até quando vai ser isso? Até você ceder e entender o porquê de todas se deixarem levar? – ele aproximou-se de mim e mordeu seu lábio inferior. Nessa hora minha respiração até falhou.

– Você sabe bem que isso jamais vai acontecer – puxei com dedo seu lábio que continuava pressionado pelos seus dentes – Você precisa é de um banho! – mudei de assunto cortando o clima.

– Posso ficar aqui até eu ter certeza que o cara ao lado não vai estar na espreita para me pegar? – ele continuava a rir da situação.

– Tenho outra escolha? Amigos servem para isso! Pode usar meu banheiro, vou procurar umas camisetas do seu querido amigo Alex que ficaram perdidas por aqui para te emprestar.

Damon sempre odiou meu ex-namorado Alex. Na verdade ambos se odiavam a ponto de não trocarem uma palavra se quer mesmo estando sozinhos em um mesmo ambiente.

Fomos até ao meu quarto, área nunca permitida a ele ou qualquer um dos homens os quais nunca fui íntima.

– Ora ora, Elena Gilbert deixando eu conhecer o seu famoso quarto e ainda deixando usar o seu banheiro. Não vou encontrar nenhum brinquedinho seu perdido por aqui não, né? – disse Damon escorando seu corpo na da porta do banheiro.

HEAVEN AND HELLOnde as histórias ganham vida. Descobre agora