Império (Malec)

Capítulo 36: Aposta

Magnus entrelaçou a sua mão com a de Alec e os dois começaram a andar pelas ruas de Londres.

Estavam sem rumo, sem ideia de onde poderiam ir e sequer sabiam se tinha algum estabelecimento aberto naquele horário.

As ruas estavam quase vazias, vez ou outra alguém passava por eles e os cumprimentava com gentileza. O clima naquele lugar era tão agradável, as pessoas pareciam mais felizes, era bom estar em um ambiente onde não precisava ficar em alerta vinte e quatro horas por dia para não ser morto por um rival.

-Só você pra me convencer a sair do hotel em plena madrugada sendo que podíamos estar lá transando. –Alec resmungou e Magnus deu uma risadinha. Até o mau humor daquele homem era uma graça.

-Estamos transando sem parar desde o dia em que chegamos, Alexander, parece até que estamos no cio! –Magnus disse gargalhando.

-Eu não tenho culpa se o meu marido é gostoso. –Alec deu de ombros. Continuaram andando de mãos dadas. Uma brisa gelada os atingiu fazendo Magnus se aconchegar mais ao marido.

-Parece até que não gosta da minha companhia para fazer qualquer outra coisa que não seja transar. –Disse fazendo drama e Alec o encarou indignado.

-Magnus, na maioria das vezes é você que começa as provocações! –Exclamou. –E eu amo passar o dia inteiro com você mesmo que seja apenas conversando, está bem?

-Então prova.. –Magnus lhe lançou um olhar desafiador.

-Como?

-Não iremos fazer nada sexual por vinte e quatro horas. –Pararam de andar para se encararem.

-Está brincando né? –Alec queria muito que o marido estivesse brincando. Vinte e quatro horas era muito tempo sem provar aquele corpo perfeito ainda mais em uma lua de mel.

-Não estou. –Sorriu. –Se você perder terá que pagar cem dólares.

-Eu não vou perder. –Alec respondeu entrando no seu joguinho. -Espero que a mesma regra se estenda a você.. até porque é você que não consegue se controlar.

-Pra ganhar essa aposta eu consigo ficar até sem beijar você. –Provocou e Alec arregalou os olhos.

-Não, pelo amor de deus! –Implorou. –Podemos deixar os beijos? Eu não vou aguentar ficar sem beijar você, Magnus.

-Tudo bem. –Magnus respondeu porque sabia que também não conseguiria. –Mas sem toques indecentes, beijos no pescoço, boquetes, masturbação.. –Dizia enquanto contava nos dedos.

-Ok, Magnus, eu já entendi. –Alec entrelaçou suas mãos novamente e eles voltaram a andar. –Espero que você tenha os cem dólares na sua carteira.. porque sou eu que vou ganhar essa aposta.

-É o que veremos, amor.. –Sorriu como um anjo, mas em sua cabeça já passava mil ideias para fazer o marido se render a ele e perder a aposta.

(...)

-Você sabe que eu não gosto de boates.. –Alec resmungou quando viu que os olhos do marido brilharam assim que encontraram uma boate gay pelo caminho.

-Você não gosta de nada que não seja ficar dentro do hotel. –Magnus respondeu. –Mas nós vamos ir em vários lugares ainda durante a lua de mel, então se acostume ou fique sozinho no hotel. –Alec estreitou os olhos pra ele. –Alec, você precisa se divertir um pouco.. –Estavam conversando na porta da boate, homens se agarravam em alguns cantos, outros passavam e olhavam Magnus e Alec de cima abaixo, admirando-os. –Você quase não se diverte, vamos mudar isso. –Falou o puxando para dentro.