A SESSÃO QUE NÃO PODERIA ACONTECER

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Eu tô surtando com esse capítulo, sim senhora! Tá lindo gente, eu prometo. Por favor, me digam que acharam, pois esse capítulo foi assim, do meu coração mesmo, mesmo, mesmo.

Espero que gostem de leitura, um beijo e um queijo.


Diana estava sozinha em seu escritório.

Havia apenas dois abajures ligados em todo o seu escritório, trazendo uma penumbra intimista e pessoal que Diana adorava. Claro que a cidade lá fora também ajudava a iluminar o seu escritório. O centro de Rudápave era preenchido com grandes prédios empresárias e eles ficavam iluminados como vagalumes fixos pendurados ao céu, até a madrugada, as vezes eles nunca nem se apagavam.

Tinha sorte em morar na zona Leste, uma parte da cidade considerada bastante nobre e com lindas casas que se permeavam perto de morros e lagos.

Diana queria estar em sua casa com sua filha, talvez bebendo um vinho, perto da lareira, enquanto Bianca lia algum livro e ela apenas relaxaria. Mas, ao invés disso ela estava em seu escritório, bebendo o que restava do seu chá gelado em meia penumbra, onde recém saia de uma ligação com a baba de Bianca para se certificar que tudo estava certo. Tinha que agradecer a Vera profundamente, pois a jovem quase sempre estava a disposição de ficar com um sua filha quando necessário. Porém, não podia negar estava com uma certeza ansiedade de encontrar Astra.

Diana estava no sofá com os pés sobre eles, enquanto lia em seu Kindle algum romance policial, que não tinha achado tão interessante. Seu rosto estava levemente iluminado, enquanto seus olhos verdes passeavam pelas linhas, distraidamente.

Ela bocejou e maneou sua cabeça para o pequeno relógio em cima da mesa.

20h30.

Astra só poderia estar brincando com ela.

Diana fechou o seu Kindle, colocou os pés no chão e se levantou, enquanto ajeitava a saia de seu vestido.

Foi em direção a sua mesa, onde pegou sua bolsa e desligou o abajur. Foi ao encontro do outro perto de sua poltrona, mas no último instante resolveu o deixar ligado. Direcionou-se a porta, ao mesmo tempo que pegava o seu celular, assim poderia avisar Vera que estava já a caminho.

O telefone começou a chamar.

Ela abriu a porta e quando abriu a porta, deu de cara com os olhos cinzas lhe encarando.

— Alô? — a voz de Vera saiu do outro lado, mas Diana não deu nenhuma atenção.

Astra olhou para a terapeuta sob os óculos de armações pretas grossas e tentou soltar um sorriso de desculpas.

Diana ficou a encarar, reparou na jaqueta vermelha escura que usava e a touca preta que praticamente combinava com o tom da cor de seu cabelo.

Ela tirou o celular da orelha e o bloqueio, assim terminando a ligação.

— Como reparou, não sou boa com horários, desculpe. Mas não é culpa minha. — Astra falou, ao dar de ombros.

— Você sempre desvia sua culpa?

— Ela é minha, não é? Então posso fazer o que eu puder com ela. — Astra se explicou, ao abrir sua jaqueta vermelha.

Novamente, Diana reparou no colar de coruja.

— Hm... compreendo.

Era um sinal de imaturidade.

— Na realidade, — Astra começou balançando o seu corpo um pouco para trás e para frente. — Você disse que estaria livre depois das sete e meia... Eu fiquei com medo de você ainda estar em uma consulta.

Verdades Esquecidas (Romance Lésbico)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora