CAPÍTULO 12

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NATALIE LANSKY STRAND


Assim que chegamos em uma pequena praça em Brentwood, descemos da limusine e Bryan já foi logo se reunindo com os seguranças dos dois carros pretos que vinham nos escoltando desde o hotel.

— Vamos ser discretos, pessoal — pediu Logan à medida que Dante se organizava.

"O cara chega de limusine num bairro pobre, e quer pedir discrição para os outros" pensei avaliando a hipocrisia dele ao pedir aquilo.

— Deveríamos ter vindo de dia — murmurei ao começarmos a andar pelas ruas do bairro e eu notar alguns pequenos grupos de homens espalhados ao longo da avenida, que nos encaravam entre meio hostil e curiosos enquanto fumavam ou usavam drogas, não dava para ver direito.

— Não fique com medo, querida. Eu te protegerei.

— Eu prefiro os drogados ali à sua proteção, senador — rebati, fazendo McFadden rir.

Ele começou a falar com os moradores que saiam de suas moradias, ouvindo-os e os informando em seguida para que fossem à pracinha do bairro a fim de pegarem os mantimentos, colchonetes e os cobertores que nós havíamos trazido.

Logan demonstrava muito carisma com eles, até mesmo com os homens de semblantes fechados que se aproximavam de vez em quando e perguntavam o que "branquelos engomados" estavam fazendo ali. De repente, uma senhora se aproximou de mim enquanto McFadden se encontrava falando com algumas pessoas a alguns poucos metros à frente.

— Minha filha, com licença. Esse rapaz é o que veio ajudar quem precisa aqui no bairro?

— Sim, senhora — murmurei após me virar para ela — Do que a senhora está precisando?

— Ah, não é para mim. Há uma mãezinha que precisa de muita ajuda. Ela mora na outra rua, mas o fundo da casa dela é ligado ao meu. Nós tentamos ajudá-la ao máximo, mas não temos quase nada para dar. Ela não tem nada, minha filha. Nós...

— Quem não tem nada? — ouvi Logan perguntar já se encaminhando para perto de nós duas.

— Oh, meu filho! É uma jovem mãe com 3 crianças. Ela não tem nada e tudo que ganha, dá para os filhos não morrerem de fome.

— E o marido dela?

— A largou sem nada e cheia de dívidas.

— Ela está em casa?

— Está sim. Venha comigo. Dá para acessar a casa dela pelos fundos da minha.

— Naty, venha comigo — McFadden ordenou e eu o acompanhei, juntamente com alguns dos seguranças que nos escoltavam, sendo guiados pela senhorinha através do terreno dela.

Assim que entramos, notei que a casa estava caindo aos pedaços então peguei discretamente no braço do senador, o que fez ele me olhar.

— Vamos tomar cuidado — alertei, indicando as rachaduras das paredes e pedaços soltos onde eu conseguia identificar.

Ele assentiu e agachou, se apresentando à jovem que se encontrava em um quartinho sentada com um bebê no colo e com os outros dois filhos deitados sobre um fino colchonete improvisado no chão, já começando a conversar com ela.

— Essa casa, se é que podemos chamar isso de casa, é da senhora?

— Não, senhor. Estava abandonada quando cheguei nesse bairro, após ser despejada pelo banco da minha antiga casa. Os vizinhos fizeram o que podiam para deixar o mais confortável possível para os meus filhos dormirem.

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⏰ Last updated: Apr 23 ⏰

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O Senador Mafioso e a Assessora VirgemWhere stories live. Discover now