CAPÍTULO 07

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LOGAN MCFADDEN


Cheguei ao Capitólio mais cedo do que o de costume e assim que me aproximei da minha porta, achei estranho a sala de Leslie estar aberta àquela hora da manhã, então me virei dando alguns passos à frente, surpreendendo-me ao ver Natalie ali, em sua mesa.

— Você chega que horas mesmo? Dormiu a noite pelo menos? — a questionei enquanto adentrava o escritório, fazendo com que ela erguesse a cabeça e me olhasse.

— Sim. Eu dormi. Bom dia, senador.

"Será que ela ainda estava com raiva de mim por causa de ontem à noite?" indaguei pensativo.

— Bom dia, querida esposa — falei, decidindo provocá-la um pouco mais, já sorrindo internamente ao vê-la endurecer sua expressão facial numa carranca.

— Eu não sou sua esposa, então pare de me chamar assim, por favor. E se por um acaso do destino você cruzar com o caminho da minha mãe de novo, não a chame de sogra também não.

— Você fica linda com raiva, sabia? E a propósito, eu amei a minha sogra. Irei visitá-la hoje à tarde. Coloque isso na minha agenda, por gentileza — comuniquei, já me virando e saindo do escritório, indo para o meu, sem esperar que ela me desse alguma resposta, mas Naty logo apareceu em minha sala, ainda com a cara de poucos amigos.

— Qual a minha agenda do dia, querida esposa? — perguntei à medida que tirava o paletó do meu terno e o colocava no encosto da cadeira.

Assim que me sentei, a encarei com uma das sobrancelhas erguida, pois ela não havia se pronunciado ainda.

— Minha agenda, Natalie — ordenei de modo pausado e sério, olhando-a fixamente até que ela pediu um momento e saiu.

Naty retornou segundos depois, com a caderneta e o Ipad em mãos, já começando a me informar sobre os meus compromissos do dia.

Naty retornou segundos depois, com a caderneta e o Ipad em mãos, já começando a me informar sobre os meus compromissos do dia

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— O Dante achou essa história de casamento uma boa ideia. Disse que essa imagem de homem de família pegaria bem para mim — comentei encarando Natalie, que se encontrava agora sentada em uma das poltronas à frente de minha mesa — Você concorda com isso também?

— Por acaso, estava ouvindo a minha conversa ontem?

— Não. Quando falei para ele, no carro, de que você iria ser como uma esposa para mim aqui no trabalho, ele riu e comentou que essa seria uma boa ideia — informei, recostando-me despreocupadamente em minha cadeira — Mas a pergunta que não quer calar é... Você estava falando de mim ontem à noite?

— Não. Minha mãe é que estava.

— Ela me amou, não foi? Eu também gostei muito em conhecê-la e...

— Mas não vai mais chegar perto dela — Naty me interrompeu, em um tom de voz sério então fiz questão de rebater com a mesma seriedade na minha voz, mas com um leve toque de cinismo.

O Senador Mafioso e a Assessora VirgemWhere stories live. Discover now