still with you

7.1K 751 881
                                    

nessa maravilhosa memória, a chuva cai, embora eu dance sozinho.
quando esse nevoeiro levantar, eu vou correr para você com os pés molhados.
então, me abrace forte.

[still with you by jungkook]

Agora me explica, Jeongguk-ah — a voz exasperada de Jimin vinha dos alto falantes do celular, apoiado em um pote de biscoitos na bancada da cozinha —, por que diabos ele veio me perguntar se eu gostava dele se não ia fazer nada sobre isso?

Jeongguk amava seu hyung. Amava muito mesmo. Ele estava acompanhando a batalha de Jimin contra a falta de iniciativa e lentidão perceptiva de Hoseok desde o dia em que se conheceram. Não era segredo para ninguém — com exceção do mais velho do trio — o enorme penhasco que o Park sustentava por seu melhor amigo desde os confins dos tempos e Jeongguk realmente adoraria ver os dois finalmente se acertando, sem rodeios ou mal entendidos (O sujo falando do mal lavado, Jimin sempre recrutava), porque sabia que os sentimentos do seu hyung não eram unilaterais. Hoseok só era um pouquinho devagar em se dar conta do que sentia ou simplesmente estava acomodado demais com a situação; as duas alternativas eram perfeitamente plausíveis. A questão era que sim ver seus hyungs enfim se acertando estava no TOP 3 da sua lista de desejos, mas não naquela manhã.

Naquela manhã, Namjoon estava voltando para casa. Seu período de quinze dias em quarentena total, após chegar de viagem em Seul, havia terminado no dia anterior e ele estaria no apartamento na hora do almoço. Tanto Taehyung quando Jeongguk ficaram animados com a notícia e decidiram fazer uma refeição completa e deliciosa como um presente de boas-vindas para o Kim mais velho. Eles estavam planejando o presente desde o dia que Namjoon pisou em terras coreanas e, com a organização de Jeongguk e a disposição de Taehyung, não tinha como nada dar errado. Bem, se não fosse sobre Jeongguk e Taehyung que o assunto se tratasse.

Na noite passada, uma maratona de vídeos culinários no Youtube acabou no Kim implicando com o namorado, que resultou no Jeon tentando revidar com tapas, que prosseguiu para os dois bolando e rindo alto no colchão da cama do mais novo, enquanto tentavam atacar um ao outro com apertos, mordidas e cócegas, e concluiu em Jeongguk em cima do mais velho beijando-o fervorosamente. O celular foi esquecido, assim como as obrigações. Taehyung deixou o mais novo guiar o beijo por vários minutos até que, enfim, cedeu à sua vontade gritante e inverteu as posições, orbitando acima do rosto alheio por tempo o suficiente para memorizar o cabelo bagunçado, os olhos cintilantes e o rosto vermelho, tão vermelho que todo o sangue do seu corpo parecia estar concentrado nas bochechas. O Kim marcou seus lábios, pescoço, ombros e clavículas com beijos ávidos. Desenhou caminhos com as mãos por todo o seu corpo, sorriu para risada involuntária do mais novo quando os dedos roçando a pele próxima ao cós da sua calça causou cócegas, pintou manchas escarlate e violetas pela epiderme alva e deixou que o Jeon fizesse o mesmo consigo.

A madrugada foi seguindo e seguindo, repleta de risadinhas baixas, estalos de beijos e gemidos trocados. Adormeceram abraçados — Jeongguk com o rosto pressionado no peito do Kim, onde o coração batia gritante e agitado — e o cansaço foi o suficiente para que nenhum dos dois ouvisse o alarme tocando pela manhã. Jeongguk quem acordou primeiro, horas mais tarde do combinado, porque tinham esquecido de fechar as cortinas e o sol forte irradiando em seu rosto o incomodava. O resto da história era caos.

ConfinadosWhere stories live. Discover now