A Véspera do Natal.

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-Desculpe, eu tô nervoso... Não quero e nem vou deixar que nada aconteça com você, Naomi. 

Dei de ombros. 

-Você Não pode impedir tudo que acontece de ruim comigo, Bucky. Não pode e não deve! 

-Mas se eu puder ajudar, ao menos, eu vou ajudar! 

-Você já ajuda,James. 

Ele deu um sorriso e me deu um beijo estalado na bochecha. 

-Que bom! - Depois de uns segundos em silêncio, Bucky indagou. - Hey, quer tomar um vinho? É Natal... Eu tenho uma coisa para te dar... 

Arregalei os olhos e fiquei vermelha. 

-Eu não tenho nada para você... Esqueci completamente! - Admiti, baixinho. 

Bucky sorriu e se ajoelhou na minha frente. 

-Você está me dando seu primeiro Natal! Não preciso de mais nada! - Beijando o topo da minha cabeça, ele saltou da cama, igual uma criança empolgada. - Fica aí, não se mexe! Eu vou pegar! 

Bucky correu até a outra ponta do quarto e tirou, detrás do armário, um sacolinha branca e voltou para a cama, pedindo para eu fechar os olhos. 

Morrendo de vergonha, ouvi ele abrir  o que parecia um plástico e depois, o som suave de uma caixa abrindo. Bucky pulou para trás de mim e passou as mãos pelo meu pescoço. 

O peso suave de um pingente preso em um cordão fez pressão contra o meu colo, enquanto Bucky fechava o fecho, atrás.  Tirou meu cabelo de baixo da corrente com suavidade e me abraçou, apoiando a cabeça no meu ombro. 

-Eu sei que é a sua favorita... Quando eu vi, só consegui pensar que ele devia ficar ainda mais lindo em você. 

Abri os olhos e levantei para olhar no espelho. Era uma única florzinha de brilhante. Na verdade, uma margarida com as pétalas todas incrustadas de pontinhos brilhantes e o miolo, parecia feito de ouro. 

Perdi o fôlego. 

-Ai, meu Deus! Caramba, Bucky... É lindo! - Virei para ele e dei de cara com Bucky bem pertinho de mim. - Tô me sentindo mal de não ter comprado nada para você. 

Ele deu de ombros, segurando uma das minhas mãos. 

-Não tem problema. 

-Ele foi caro? Se foi, não posso aceitar... 

Bucky rolou os olhos, sorrindo. 

-Não foi caro. 

-Jura? 

-Juro! - Bucky se aproximou mais. Eu conseguia ver as pintinhas liláses no azul dos olhos dele. - Mesmo se tivesse sido, você merece. Fez tanto por mim, Naomi... Não sabe nem da metade! 

Assenti, sem raciocinar muito bem o peso daquelas palavras. Meu olhar desceu para os lábios dele durante segundos. 

Quando voltaram para os olhos dele, Bucky tinha o olhar perdido nos meus lábios. 

Meu coração acelerou e eu sentia que ia começar a ter outra crise de pânico, mas essa era diferente. Eu não conseguia respirar. E nunca imaginei que isso fosse  tão bom! 

Bucky não se mexeu. Mas parecia fazer uma força sobre-humana para isso. 

Um som alto nos assustou, fazendo a gente dar um pulo para trás e ele sorrir, completamente sem graça, enquanto eu desviava o olhar e saía de perto dele, em pânico. 

A gente ia se beijar? Ah, meu Deus... 

Era por isso que o Steve me odiava?! Não é possível, é? 

A Herdeira. - Bucky Barnes. Donde viven las historias. Descúbrelo ahora