Sentei na mesa da cozinha com uma braço cruzado. Minha mão machucada ardia e doía embaixo da faixa que Bucky enrolou para não machucar ainda mais.
Steve e ele estavam encostados na pia, os dois de braços cruzados e tensos. Fury estava sentado no outro extremo da mesa, com Café no colo. Ele tinha desistido de tirar depois que o gato pulou pela sexta vez.
Arthur estava na minha frente, com um pequeno sorriso e as mãos cruzadas entre os joelhos, enquanto batia os dois pés no chão.
Naquele posição, ele me lembrou muito aquele garoto novo, o Peter Parker.
Respirei, dando uma olhada rápida para todos os outros três homens e, depois, encarei Arthur.
-Okay, Arthur. Supondo e admitindo que você é mesmo o meu irmão... O que você quer com isso?
Arthur se ajeitou na cadeira e me encarou.
-O que eu quero com isso?
Finalmente, notei o leve sotaque francês que algumas pessoas do Canadá tinham.
-É... Um lugar para ficar? Ajuda financeira...?
-Minha irmã. - Arthur deu de ombros, esticando as pernas. - Eu só queria te conhecer, K... Naomi. É muito chato ser uma pessoa sozinha, sabe? Eu não tenho família, só amigos... Mas sei lá... Não é a mesma coisa e... Desde que eu descobri que você existia...
Pausa. Arthur deu de ombros de novo e deu um sorriso.
-Tô sendo sentimental demais, né? Mas é verdade... Só quero manter contato com você.
-E vai fazer o que com esse contato? - Retruquei.
Ouvi Bucky e Steve pigarrearem e rolei os olhos, enquanto Arthur me olhava confuso.
-Ham... Manter esse contato?! Saber onde você está? Ligar de vez em quando? Descobrir se vou ser tio?
-Não posso ter filhos. - Cortei.
Antes que eu pudesse continuar falando, Fury me interrompeu.
-Arthur, é melhor você saber que a Naomi está sendo hostil dessa forma porquê ela tem dificuldade de confiar nas pessoas e, além disso, sua chegada coincidiu com um problema grave. Ela normalmente, é mais legal.
YOU ARE READING
A Herdeira. - Bucky Barnes.
Fanfiction"Desde o início da minha vida, eu sabia que meu nome era Kaya. Só Kaya, sem sobrenomes. Sabia de quem eu era filha e para quê eu existia. A realidade que me foi ensinada, nunca tinha sido a certa. Mas eu não sabia disso. Eu matava, seduzia, roubava...