- O destino está sempre se reescrevendo através de nossas escolhas.
Eu sempre acreditei que tinha um momento primordial na nossa vida, que mudava nosso geito de ver as coisas, que nos tornava quem éramos, e determinava como nos relacionavamos com as...
— É amiga dele? — arqueou uma sobrancelha como se eu fosse uma idiota.
— Sim, senhora. — fiz um esforço para ser educada, mais fiquei magoada pela forma que ela falou.
— Lá encima. — apontou para a escada — pode até tentar, mas ele não vai abrir.
Ela me deu passagem e eu subi apressadamente. Ela não me disse onde era o quarto dele mas lá só tinha duas portas. Abri a primeira sem sorte e fui para a segunda, tava fechada logo era o quarto dele.
— Vá embora — falou a voz dele lá de dentro quando mexi na maçaneta. Estava irritado, mais depois do que eu ouvi ele tinha um motivo mais que bom.
Isso não ia ser fácil.
— Severo, sou eu. Amélia. — falei contra a porta, eu estava assustada, fazer parecer que não estava assustada era dificil mais me dava algo pra me concentrar.
Houve uma pausa, que se estendeu por um tempo longo.
— Amélia? — pela sua voz eu podia imaginar o quão incrédulo ele estava.
— é, sou eu. — falei sem graça.
Mais silêncio até que eu resolvi perguntar.
— pode me deixar entrar. Por favor. — alisei a mão suada no meu jeans.
Outra pausa e ouvi um clique na porta. Esperei e abri a porta com cuidado.
Prendi a respiração assim que o vi, ele estava na cama sentado de costas na cabeceira e visivelmente machucado.
Não se deu ao trabalho de se levantar, ou vestir uma camisa, não se escondeu de mim. Não parecia desconfortável de todo, ele estava mais para que diabos você faz aqui.
— Por que esta aqui? — questionou.
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Me aproximei e sentei na ponta de sua cama ao seu lado, esperei que ele se afastasse mas ele não se moveu um centímetro, nem pra longe nem para perto.
— Estou em Londres por uns dias. — comecei..mas depois parei com um suspiro. — eu queria ver você.
— Foi o Regulos que te deu meu endereço. — constatou sem expressão.
Anui.
— Não fala isso para ele. — disse simplesmente.
— Eu não ia. — falei.
— Quem estava lá em baixo?
— a sua mãe.
Ele assentiu pensando, quase achei que ele estivesse aliviado então não contei sobre ter ouvido a briga.
