Mistério em Forest Village

Capítulo XIII

— Impossível! — digo já me alterando. — Ele está sendo muito rápido. Que droga é essa? 

— Eu não sei, mas Megan pediu para vir para cá. Será que tem algum problema? — meu amigo indaga. 

— Claro que não. Deve estar sendo muito difícil, é melhor ir buscá-la. 

Ele assente e sai do meu quarto às pressas. Eu não consigo acreditar! Mais uma mulher sumiu, e nós não temos nada que ajude a solucionar essas mortes e desaparecimentos.

Minha mãe tem que saber disso, talvez a garota ainda não tenha dito as autoridades, e querendo ou não, a polícia é mais preparada que eu e Peter. É pensando nisso que desço as escadas rapidamente, e caminho até a sala de estar. 

Encontro ela e o namorado sentados no sofá conversando, estão aparentemente tranquilos, o que me diz que ela com certeza não foi informada do acontecido. 

— Mamãe, uma mulher desapareceu. Dessa vez foi Margareth Brown. — digo sem rodeios, não quero perder um só segundo. 

— O quê? Como assim? — perguntou-me enquanto levantava subitamente. 

Seus olhos se arregalaram enquanto o restante de seu corpo emanava medo, e nervoso. Eu sei como ela se sente. Sei exatamente o que se passa em sua cabeça. 

— Eu e Peter estávamos conversando quando ele recebeu uma mensagem de Megan, sobrinha da Margareth. Ela falou que a tia dela desapareceu, e ele foi buscá-la. Os dois já devem estar chegando aqui. 

— E por qual razão essa garota não ligou para a polícia? — Ethan pergunta sem entender. 

— Eu não faço a mínima ideia. Quando ela chegar aqui, vocês fazem os protocolos necessários, e eu e Peter podemos ficar com ela enquanto vocês vão fazer o que é preciso fazer. — digo já me disponibilizando a realizar algo útil.

Minha mãe não me responde, ela sobe para o andar superior da casa com Ethan a seguindo logo atrás. Os dois provavelmente foram vestir seus uniformes, pegar as armas e o que mais for necessário.

Eu mal consigo controlar toda a ansiedade que toma conta do meu corpo. O que será que vai acontecer? Será que mais uma mulher vai morrer sem que possamos fazer nada? 

Ando de um lado para outro sem conseguir acalmar minha mente e as inúmeras perguntas que a rodeiam. Volto minha atenção para o barulho de um carro sendo estacionado em minha casa. 

Eles chegaram. 

Dou uma pequena olhada pela janela de casa para confirmar que são Peter e Megan, e quando tenho a certeza que queria corro para abrir a porta. 

— Oi! — ela me cumprimenta um pouco tímida. 

Percebo em seu olhar o quanto ela já chorou. Por fora não parece estar tão mal, mas eu imagino a confusão que existe dentro dessa garota. 

— Vem, pode entrar. Fica a vontade. — abro mais a porta para que os dois consigam entrar. 

Convido-a para sentar no sofá, e ela me acompanha. Logo ouço passos se aproximando de nós. Mamãe e Ethan. 

Os dois já estão vestidos para trabalhar, como imaginei que estariam. Posso ver os revólveres acoplados em uma espécie de cinto na cintura dos dois. O distintivo da minha mãe brilha em seu peito, e de longe já se vê quem é a xerife dessa cidade. Não dá para esconder o quanto tenho orgulho dela e de tudo que ela conquistou nos últimos anos.

— Megan não é? — a xerife pergunta, e a garota dá um aceno como resposta. — Eu quero que me conte o que aconteceu, pode ser? 

— Sim, contarei tudo que for preciso para acharem a minha tia.