Capítulo 22 - Maya

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Uma força me impede de puxar o gatilho.

Então lembro do meu sonho e das palavras da minha mãe.

Não deixe a raiva ou a mágoa dominar seu coração, perdoe meu amor, todos merecem perdão. Você vai precisar dele assim como ele vai precisar de você, seja luz e não escuridão meu amor.

Olho para o Alec e lembro de como eu o amava.

-Abra os olhos Alec. -Peço.

Ele me olha e seu olhar está tão perdido que alguma coisa dentro de mim se quebra. 

-Você está livre. -Falo antes que eu me arrependa. 

-O que? -Pergunto confuso.

-Vocês estão livres.

-Maya ... 

-Mas eu nunca mais quero ver vocês na minha frente de novo entendeu?

-Não fala isso por favor. 

-Não faça eu me arrepender dessa decisão.

Volto a colocar a minha arma na cintura e me viro para sair.

-Paul. -Chamo o soldado que estava na porta de guarda.

-Senhora.

-Os dois estão livres per favore peça para trazerem o médico para examinar os dois, depois ajudem eles a tomar banho e sirva uma boa refeição aos dois. -Termino de falar e vejo o Paul de boca aberta.

-Sim senhora. -Responde se recuperando do susto.

-Vou para a minha sala e não quero ser incomodada por ninguém entendeu?

-Sim.

-Grazie Paul. 

Entro na minha sala me sentindo cansada emocionalmente. 

Passei tanto tempo planejando essa vingança para no fim deixar os dois viverem. Ouvir a história do Alec mexeu comigo mais do que deveria. Porque minha mãe rejeitou o próprio filho? A perda do seu grande amor foi um golpe forte para ela. Mas ele era apenas um menino. Estou confusa com tudo isso. 

Será que um dia terei um amor assim? 

Depois de saber por tudo que o Alec passou posso entender sua raiva de mim mesmo que suas atitudes tenham sido baixas e mesquinhas.

Me deito no sofá e tento desligar a minha mente disso tudo. 

Preciso ir embora daqui e encerrar de vez essa parte da minha vida, nada me prende aqui agora que minha mãe morreu. Não quero nunca mais pisar nessa cidade de novo. 

Dessa vez não quebrarei meu juramento. 

Mas antes tenho que acabar com o Ramon. 

Ouço uma batida na porta. 

Cazzo eu disse que não queria ser incomodada. 

-Entre.

-Você está bem? -Kyra me pergunta.

-Sim, porque não estaria?

-Você desistiu. 

-Não consegui puxar o gatilho Kyra. 

-Quer conversar?

-Falhei na minha missão. -Falo sentindo um gosto amargo na boca. 

-Você lembrou dela não é? -Kyra me conhece bem.

-Minha mãe? Sim, me lembrei dela e não consegui matar o Alec. 

Pelo seu perdão ( Keeper livro 1 )Where stories live. Discover now