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— Você errou quase todas.

— Eu disse que física é a pior matéria — Thunder reclamou, se jogando na minha cama. — Qual é, Cass? Minha cabeça já está doendo.

— Deixamos o resto para amanhã então — falei, fechando os cadernos que estávamos usando. — Você sabe que também precisa estudar em casa, não sabe? Se você não me ajudar a te ajudar não vai adiantar nada.

— Eu sei e eu estou vendo algumas coisas em casa — ele contou. — Eu nunca mais coloco cola na cadeira de nenhum professor na minha vida.

— Eles agradecem por isso.

— Não sei porque esse alvoroço todo por conta de uma mísera cola na cadeira — Thunder se sentou na cama e eu fiquei girando virando com a cadeira giratória de um lado para o outro. — Ela por acaso perdeu alguma coisa?

— A saia dela — lembrei-o.

— Como se ela não tivesse dinheiro para comprar outra.

— Thunder, o que importa nessa história não é se ela perdeu ou não alguma coisa e sim a forma que você agiu — expliquei. — Você faz as coisas sem pensar nas consequências.

— Entrou no assunto do meu namoradinho de novo? — questionou com a voz tediosa.

— Eu não disse nada sobre o Adam — dei de ombros. — Mas isso é um dos casos também, você faz as coisas por impulso e nem pensa na consequência que isso pode trazer.

— Eu nunca fiz nada que machucou ninguém naquela escola.

— Fisicamente pode até ser que não, já mentalmente...

Thunder suspirou e revirou os olhos, logo, olhou para mim como se tivesse acabado de lembrar de algo.

— Você sabe quem próximo à nós faz parte de ajudantes da Secretaria? — perguntou. No colégio alguns alunos se candidataram para ajudar em questões da escola que envolvia a Secretaria, tinham acesso à certos dados de alunos, não eram completos pois tinham coisas que eram bem confidenciais.

— Que eu saiba, não. Por quê?

— Alguém meio que pediu informações sobre mim — contou. — Sobre porquê eu mudei de cidade, essas coisas.

— E por que você mudou de cidade? — perguntei.

— Os meus pais enjoam de ficar no mesmo lugar por muito tempo — contou rapidamente. — É meio chato ficar mudando toda hora, mas não posso fazer muita coisa.

— A antiga cidade que você morava era Woodbury não era? — perguntei. — Aquela cidade é bem legal, não sei como os seus pais enjoaram de lá.

— Verdade — disse simplesmente. — Mas enfim, agora eu vou encontrar seu namoradinho para pedir desculpas. Se ele não aceitar eu não vou ficar implorando nada — avisou. — Ele é um cara legal mas não sou de ficar pedindo desculpas mais de uma vez.

— Vai dar certo — encorajei.

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