Capítulo 29

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Sophi

Alguns fragmento são palpáveis, outros apenas coexistem em nossa alma. Me sinto assim, e a presença de Ayron me incomoda, instiga.

Desperta desejos que precisam ser esquecidos. Somos melhores separados. É algumas pessoas são assim, por mais que sintam que existe algum sentimento simplesmente não conseguem estar juntos e viver isso.

Assim somos nós, ou pelo menos é assim que eu sou. Não consigo negar que aquele homem me deixa completamente maluca, com uma mistos de sentimentos que faz com que esteja quebrada em milhões de pedaços dentro de um todo sem sentido algum.

Decido mais uma vez ir para meu refugio, sim um esconderijo onde eu consigo sentir apenas meu corpo pulsando e todos os meus desejos sendo extravasado. Tenho frequentado mais do que o habitual, mas se assim consigo pelo menos acalmar meu corpo, então aqui estou eu novamente.

A máscara em meu rosto permite que os sentimentos comandem meus movimentos. Olhos apetitosos devoram cada célula do meu corpo, meus movimentos são sincronizados com a música que ocupa todo o ambiente, se torna sólida quase palpável.

O ar de luxúria está a minha volta, e eu gosto disso, muito.

Sem falsos julgamentos, sinto prazer em ser objeto de cobiça inalcançável para todos que estão além das paredes de vidro. É como jogar brasa sobre a fogueira.

Estou usando uma lingery, meias e meus sapatos, tudo preto, talvez essa cor consiga refletir o meu interior. Mas mesmo que não cumpra essa missão, a cor instiga esse devoradores que me observam.

Rebolo até o chão apoiada em uma cadeira, de costas para todos, e meu corpo se arrepia. De uma forma quase dolorida. Sinto meus mamilos endurecerem aumentando o toque da renda. É quase torturante se não fizesse com que o meio de minhas pernas molhasse desejando uma atenção especial.

No momento em que me viro dou de cara com os olhos que tanto me perturbam.

Ele está perfeito em seu traje de gala, cabelos penteados para trás, molhados com um ar de sofisticação. A máscara prata não faz com que passe imperceptível, não para mim.

Uma fúria está explicita em seus gestos. As mãos fechadas com força ao lado de seu corpo. Seus ombros sobem e descem de maneira ritmada demonstrando uma respiração pesada, seu maxilar está tenso deixando claro o quanto ele está se segurando.

Mas agora eu não estou ao seu alcance. E isso me excita!

Do contrario do que Janet faria, eu Sophi, rebolo ainda mais, sento na cadeira com as pernas abertas, jogando meus ombros no encosto, arqueio minhas costas e viajo com as mãos tentando acalentar o impacto que esse maldito homem me causa.

Encontro minha intimidade úmida e esfrego meu clitóris sobre o fino tecido da calcinha, enquanto a outra mão aperta o bico do meu seio.

Sei que ele está olhando, e também sei que ele não pode fazer nada.

Acelero os movimentos de meus dedos e já não controlo mais meu corpo que busca por si só encontrar sua liberação. Sons saem por entre meus lábios. Começo a me contorcer desejando ser tocada por ele.

Mas ele não pode.

Sabendo o quanto estou sendo desejada, coloco a mão por dentro de minha calcinha introduzindo dois dedos em minha entrada que pulsa por atenção enquanto massageio com a palma meu clitóris, e a tão esperada liberação vem de forma avassaladora, me tirando os sentidos, gozo sendo observada e desejada por muitos olhos, mas um par deles conseguiu me atingir a ponto de não pensar.

Apenas agir.

Quando saio do quarto pela porta dos fundos me dou conta do que aconteceu. Coloco meu vestido e meu casaco as pressas, tenho que estar longe.

Ele está me seguindo, só pode ser isso, varias perguntas estão passando pela minha cabeça.

Ele não tem como provar nada.

Uma mão forte me prende e antes mesmo de virar sei que agora ele terá todas as provas possíveis.

_ Quem merda você pensa que fez naquele quarto Sophi? _ Contra a parede seu corpo musculoso me prende.

Sua fúria deixa seus olhos em um tom de cinza que só se pode ver de perto, bem perto, assim como a respiração descontrolada que bate contra meu rosto inebriando tudo a nossa volta.

Mas o momento de sedução passa quando lembro que provavelmente estou sendo seguida. Empurro seu corpo para uma distância confortável, onde eu consiga raciocinar.

_ Não te interessa! Estou apenas vivendo, longe de você!

Suas mãos vão até seu cabelo e ele puxa com força como se buscasse direcionar sua raiva para eles.

_ Todos aqueles abutres estavam cobiçando você, como pode gostar disso. _ Agora sou eu que precisa se controlar.

_ Seu machista do caralho! São minhas escolhas, minhas vontades e principalmente o meu corpo e sinto prazer da forma que eu quiser! _Antes que responda escuto a voz de Nathaniel. _ Só podia ser você!

_ Sophi! _ Cumprimenta. _ Ayron, aqui está a chave do quarto que me pediu. _Indica a porta do final do corredor, mas não tira os olhos de mim.

_ Para de olhar pra ela assim! _ Vocifera Ayron, ainda mais nervoso.

_ É que... Ual! Eu vi o que você fez e... nossa! Me deixou sem palavras. _ Nath arregala os olhos quando Ayron pega no colarinho de sua camisa após suas palavras. _ Calma cara só estou olhando com todo respeito.

_ Eu juro por Deus que se você olhar pra ela dessa forma de novo eu arrebento sua cara!

_ Já chega! Parecem dois animais. Ayron? _ Estou indo embora e espero não ser mais seguida. _ Me viro para sair, mas Ayron é mais rápido do que eu e me puxa pelo braço em direção ao quarto.

_ Nem pense nisso, nós vamos conversar agora. _ Então a porta do quarto é fechada a chaves, ele coloca ela no bolso de sua calça e me olha de forma inquisitória. _ Que porra você faz aqui Sophi?

_ Sexo!

Ele fica me olhando incrédulo, como se eu tivesse cometido algum crime.

Então senta na cama e esfrega o rosto com as mãos, sua expressão muda.

_ Porque? Poderia ter me procurado. Você sabe o puta tesão que sinto por você mulher!

_ Simples, não fomos feitos pra ficar juntos, e aqui eu esqueço que você se enfiou em minha casa. Eu sou mulher Ayron, gosto de tudo que meu corpo me dá. Preciso sentir prazer. _Falo tudo de uma vez e sento na poltrona em sua frente.

_ Você tem certeza que não podemos pelo menos tentar. _ Ele escora seus braços no joelho e quase sinto pena de suas palavras.

_ Tenho! _ Sou firme. _ Não confio em você, simples assim. É melhor esquecer. _ Levanto esticando a mão para que ele coloque a chave nela. _ E sinceramente espero que ninguém mais fique sabendo que venho aqui.

_ Eu não vou desistir de você. _ Se levanta quase que furioso e agarra minha cintura me puxando para um beijo alucinante.

De forma bruta, carnal Ayron suga meus lábios impedindo qualquer tentativa de me afastar. Em um momento de descuido sua língua invade a minha boca e sou possuída pelo fogo que existe quando encostamos um no outro.

Uma de suas mãos agarra meu cabelo e a outra aperta meu quadril diminuindo a distancia de nossos corpos.

Sua boca me consome e suas mãos me incendeiam.

Sinto seu membro duro de encontro a minha virilha, de repente as roupas incomodam e eu preciso que ele esteja dentro de mim. 

Mais uma vez eu não penso, apenas estou agindo.

Abro o fecho de sua calça abaixando junto com a boxer de forma automática, ele puxa meu vestido que se enrola em minha cintura.

Sua boca não para, degusta meu pescoço com mordidas e chupões causando um frenesi por onde passa, ondas de calor percorrem minhas costas. Minha intimidade pulsa.

Minhas meias são rasgadas e minha calcinha posta para o lado. Sou invadida de forma deliciosamente dolorosa. Ayron não espera meu corpo se acostumar com o dele, está tão necessitado quanto eu.

_ Como você pode dizer que não podemos ficar juntos. _ Sua voz saí como um sussurro gostoso em meu ouvido. _ Você também está sentindo isso linda!

Apenas solto gemidos contra seu ombro. Sou presa contra a parede, e minha perna é suspensa pelas mão enormes dele. Suas estocadas aumentam de ritmo, mas quando estou quase alcançando o paraíso elas param.

_ Responde pra mim Sophi, diz que não somos compatíveis. _ Uma estocada forte.

_ Vai fala.  _ Outra estocada forte.

_ Fala que esse corpo gostoso não me quer. _ Mais outra.

_ Fala que isso é igual a todos. _ Mais uma vez.

Mas então ele para saí de dentro de mim deixando um vazio, olho para ele confusa e necessitada.

Seus olhos percorrem meu corpo e ele fica de joelhos em minha frente sugando cada pedaço de minha vagina, sua língua passeia por entre minhas dobras e logo encontra o ponto me tirando o equilíbrio.

Me apoio em seus ombros e vejo quando uma de suas mãos vai até seu membro, masturbando de forma rápida.

Ele está no limite tanto quanto eu.
Sua boca suga forte e não consigo me controlar quando libero tudo que estou sentindo na boca desse homem que me tem em suas mãos.

Percebo que ele também chegou ao seu ápice, porque apoia sua cabeça em minha barriga respirando de forma irregular, os fios de seu cabelo estão revoltados deixando ele ainda mais sexy.

Afasto minhas mãos de seu corpo sem conseguir racionar direito diante do que aconteceu, ele percebe minha confusão e se levanta olhando no fundo de meus olhos, não consigo sustentar o olhar.

_ Abre a porta! _ um fio de voz sai de minha boca mas é o sufiente para mudar totalmente o semblante do homem em minha frente.

Seus ombros caem em sinal de descrença e ele apenas abre a porta e se afasta sem olhar para meu rosto.

Arrumo minha roupa e saio de cabeça baixa sem voltar meus olhos para ele.
Corro até meu carro, mas quando fecho a porta um vazio se instala por todos os lados. Quero voltar e tomar aquele homem para sempre, mas não sei se ele quer um “para sempre.”

Meu celular vibra ao meu lado e três palavras conseguem nublam meus olhos.

“ Não vou desistir”.

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Capítulo sem revisão 😘😘😘😘

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