Não entendeu nada até ver o seu pai caído no chão ensanguentado. Caiu de joelhos no chão chorando. Correu em direção ao seu pai. - Pai, Pai.
Falou com a voz do desespero. A angústia, a dor era tão grande que não sabia descrever. - Pai, eu te amo.
Foi a última coisa que falou até ser puxado por pessoas que estavam em volta, num estante viu no escuro do fundo uma pessoa encarando o acontecido. Não conseguiu identificar, mas parecia ser uma mulher. Quando voltou a olhar ela já não estava.
***
- Senhor. - falou um dos policiais. - precisamos que você faça um depoimento. - David ainda estava em estado de choque. - Senhor. - chamou o policial, outra vez.
- Desculpa senhor policial, é que não estou num bom momento.
- Se quiser o senhor pode passar na delegacia amanhã. - falou colocando a mão no ombro.
- Não, eu vou depor. Quero saber o que aconteceu com o meu pai.
- Vem comigo. - David seguiu ele até o terraço da casa. - Tem chances de ser um homicídio, também pode ser um suicídio. Teu pai teve mudança de comportamento, ou depressão?
- Não sei, a última vez que eu conversei com o meu pai foi resolvendo um problema de família. Não é possível ele se suicidar depois disso. Eu duvido que essa seja a razão de um suicídio. Não falo com certeza.
- Então o senhor supõe que tem possibilidade de ser um homicídio?
- Sim. Senhor policial, me mantenha informado e por favor, encontre o assassino, se tiver algum. Meu pai nunca iria... - caiu uma lágrima. - desculpe.
David olhou em baixo e viu que o corpo do seu pai estava a ser levado para um carro.
- Faz parte de ser Humano sentir dor. Sinto muito senhor.
- Obrigado. - leu no fardamento. - delegado James. Esse é o meu cartão, aqui tem o meu número e da empresa, qualquer coisa é só ligar.
David chegou em casa, tirou a mala do carro, decidiu desistir da viagem. Queria perseguir Victoria, mas decidiu dar espaço a ela. Talvez assim fosse melhor. Entrou em casa e sentou no sofá.
- Vicky desculpa por estar ligando a essa hora. É que... Meu pai... Ele morreu. Me liga de volta por favor.
O som da campainha fez David acordar, sentiu uma enorme dor de cabeça e um desconforto no seu pescoço, quando levantou-se apercebeu-se que havia dormido no sofá.
Abriu a porta e os seus olhos arregalados fez Victoria o abraçar.
- Sinto muito. - foram únicas palavras que soaram dela.
- Onde está nosso filho? - Perguntou preocupado.
- No carro com Birgith. - David saiu em direção do carro.
- Oi Birgith. - falou com os olhos arregalados.
- Oi David. Sinto muito pelo seu pai.
- Posso pegar? - Levou o seu filho. - Se me der licença. - Birgith abanou a cabeça e ele entrou em casa. - Onde vocês estavam?
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A Mascarada : O Disfarce Em Londres
RomanceVocê teria um desfarçe em londres? Foi o que aconteceu com a Victória Da Silva Montenegro uma brasileira com apenas 21 anos de idade. Formada, decide fazer faculdade em Londres. David Walker Brown, está no seu quarto ano fazendo doutorado na univers...