Capítulo 25

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Não entendeu nada até ver o seu pai caído no chão ensanguentado. Caiu de joelhos no chão chorando. Correu em direção ao seu pai. - Pai, Pai.

Falou com a voz do desespero. A angústia, a dor era tão grande que não sabia descrever. - Pai, eu te amo.

Foi a última coisa que falou até ser puxado por pessoas que estavam em volta, num estante viu no escuro do fundo uma pessoa encarando o acontecido. Não conseguiu identificar, mas parecia ser uma mulher. Quando voltou a olhar ela já não estava.

***

- Senhor. - falou um dos policiais. - precisamos que você faça um depoimento. - David ainda estava em estado de choque. - Senhor. - chamou o policial, outra vez.

- Desculpa senhor policial, é que não estou num bom momento.

- Se quiser o senhor pode passar na delegacia amanhã. - falou colocando a mão no ombro.

- Não, eu vou depor. Quero saber o que aconteceu com o meu pai.

- Vem comigo. - David seguiu ele até o terraço da casa. - Tem chances de ser um homicídio, também pode ser um suicídio. Teu pai teve mudança de comportamento, ou depressão?

- Não sei, a última vez que eu conversei com o meu pai foi resolvendo um problema de família. Não é possível ele se suicidar depois disso. Eu duvido que essa seja a razão de um suicídio. Não falo com certeza.

- Então o senhor supõe que tem possibilidade de ser um homicídio?

- Sim. Senhor policial, me mantenha informado e por favor, encontre o assassino, se tiver algum. Meu pai nunca iria... - caiu uma lágrima. - desculpe.

David olhou em baixo e viu que o corpo do seu pai estava a ser levado para um carro.

- Faz parte de ser Humano sentir dor. Sinto muito senhor.

- Obrigado. - leu no fardamento. - delegado James. Esse é o meu cartão, aqui tem o meu número e da empresa, qualquer coisa é só ligar.

David chegou em casa, tirou a mala do carro, decidiu desistir da viagem. Queria perseguir Victoria, mas decidiu dar espaço a ela. Talvez assim fosse melhor. Entrou em casa e sentou no sofá.

- Vicky desculpa por estar ligando a essa hora. É que... Meu pai... Ele morreu. Me liga de volta por favor.

O som da campainha fez David acordar, sentiu uma enorme dor de cabeça e um desconforto no seu pescoço, quando levantou-se apercebeu-se que havia dormido no sofá.

Abriu a porta e os seus olhos arregalados fez Victoria o abraçar.

- Sinto muito. - foram únicas palavras que soaram dela.

- Onde está nosso filho? - Perguntou preocupado.

- No carro com Birgith. - David saiu em direção do carro.

- Oi Birgith. - falou com os olhos arregalados.

- Oi David. Sinto muito pelo seu pai.

- Posso pegar? - Levou o seu filho. - Se me der licença. - Birgith abanou a cabeça e ele entrou em casa. - Onde vocês estavam?

A Mascarada : O Disfarce Em LondresOnde as histórias ganham vida. Descobre agora