Capítulo 22.

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Pov. Autora
Os sonserinos e Grifinórios voltaram para a casa dos pais de Blaise, todos em profundo silêncio. Silêncio esse que incomodava Harry de maneiras agonizantes, levando em consideração o fato de ele odiar preocupar as pessoas. Mas dentre todos, Draco era o que mais estava sofrendo com os pensamentos.
Depois das cartas e de machucar Harry, Draco havia decidido deixar de lado todo e qualquer pensamento que o relacionasse a Voldemort. Porém agora, a única coisa que lhe vinha a cabeça era a marca negra que logo estaria entalhada em seu antebraço. O loiro se encolheu quando sentiu uma mão na sua repentinamente. Ao olhar para o dono da mão quente, sentiu seu coração se aquecer e o estresse ir embora. Harry o observava por detrás dos óculos, sorrindo minimamente como forma de amenizar a situação.

Blaise observava pelo canto de olho a situação, ele estava um pouco assustado com o poder enorme que Harry emanava de si, mas estava mais confuso ainda pelo fato de não saber determinar quando passou a se importar com o mesmo. Ele o considerava como um amigo? Provavelmente sim, foi o que ele concluiu. Porém agora sua preocupação era direcionada para Draco. Ele já havia notado que o loiro estava estranho e não era de hoje, mas não queria ter que questionar o amigo e fazer as coisas ficarem estranhas entre eles.
Em pouco tempo eles chegaram a casa dos pais de Blaise e saíram do carro. Harry foi direto para o quarto, estava precisando dormir! Draco foi para o jardim e Rony, Blaise, Pansy e Hermione ficaram na sala.

No jardim, Draco suspirava e tentava afastar os pensamentos sobre sua família. Quando menos esperou, uma coruja pousou ao seu lado trazendo uma carta. Ele reconheceu de imediato a coruja de sua família e puxou a carta do bico da mesma, fazendo um leve carinho em suas penas. Ao abrir a carta percebeu que a letra não era de sua mãe, mas sim de seu pai. Leu atentamente a carta, com as mãos trêmulas e o coração acelerado.

Caro, Draco.

A cerimônia de iniciação será daqui a 5 dias, você irá receber a marca e irá me agradecer por isso! Espero que esteja pulando de alegria nesse momento, pois não há honra maior do que seguir o Lord das Trevas.
Se você se atrasar para a cerimônia eu mesmo o buscarei e juro para você que te lanço a maldição cruciatos. Eu lutei muito para te colocar nessa e não vou deixar que você envergonhe o nome da nossa família.
Também quero te apresentar sua futura noiva, você irá ver que casar com uma mulher é maravilhoso. Até daqui a 5 dias. Sua mãe te mandou um beijo.

Lucius Malfoy.

Os olhos de Draco já estavam cheios de lágrimas, sua cabeça latejava e ele não conseguia se acalmar. Ele não conseguia acreditar que seu pai estava mesmo o obrigando a isso. E céus, uma noiva? Ele só tem 16 anos, como pode ter uma noiva? Draco se sentou no banco que tinha no jardim e baixou a cabeça, deixando que os sentimentos ruins fluíssem até sentir alguém se sentar ao seu lado. Ao olhar para o lado, Blaise estava lá. Draco pensou em secar as lágrimas rapidamente mas nem tempo deu pois Blaise o puxou para um abraço.
Draco fechou os olhos com força e desabou, sentindo a preocupação e o medo tomar conta de si. Blaise ficou quieto, acariciando os cabelos do amigo e esperando ele se acalmar para perguntar o que havia acontecido. Eles ficaram nessa por alguns minutos até Draco se acalmar e respirar fundo tentando encontrar palavras para explicar ao amigo. Ele sabia que não adiantaria mais esconder isso de ninguém e estava torcendo muito para que Zabini não o abandonasse. Blaise pegou a carta que Draco estendeu para ele e começou a ler, enquanto o loiro tentava descrever as emoções que Blaise transparecia. Medo? Não. Raiva? Sim. Nojo? Não. Tristeza? Sim.

Blaise: Seu pai vai mesmo te obrigar a isso?

—Draco: É o que parece.

Amor inesperado. ~Drarry Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ