Capítulo 12.

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Pov. Autor
As aulas se passaram rapidamente, logo chegando novamente a hora da janta. Hermione já estava melhor e se juntara aos amigos para aproveitar o jantar que a encheram de perguntas sobre seu estado. Hermione olhava várias vezes para Gina, Harry, Pansy e Draco. A amiga estava com pena de Pansy, triste por Draco e preocupada com Harry, mas sabia que fazer qualquer pergunta só iria chatear mais ainda o amigo. Quando o jantar acabou, o trio de Prata se levantou e foi até a mesa dos Grifinórios. Gina já tinha ido para o salão comunal da Grifinória e por isso Pansy não se importou em ir até os novos amigos para saber como Hermione estava.

-Pansy: Como você está, Granger?

-Mione: Eu estou bem. Obrigada por ficarem do meu lado na enfermaria.

-Blaise: E como você sabe que ficamos lá?

-Mione: Eu estava consciente, só não conseguia abrir os olhos. -Draco virou a cabeça para olhar a menina quase que imediatamente e Hermione o olhou com cara de "mais tarde a gente conversa."

-Harry: É, eu estou bem cansado e por isso vou ir deitar.

-Rony: Mas só são 20:30. A gente só tem que ir para os dormitórios 22:30.

-Harry: É, mas eu realmente não estou me sentindo muito bem. Mais tarde a gente se fala. Até amanhã, gente.
Harry se virou e saiu dali, Draco abaixou a cabeça um pouco envergonhado e ainda muito triste pelo que dissera ao moreno que sempre tomava conta de seus pensamentos. Mas infelizmente aquele era só o primeiro dos vários dias que se seguiram com Harry o ignorando.

Já havia se passado duas semanas desde a briga de Draco e Harry, Draco recebeu mais uma carta de sua mãe atualizando as informações, informações essas que possibilitaram Draco de saber que Voldemort planejava torturar Harry por pesadelos por enquanto até chegar a hora de dar o próximo passo. Nessas duas semanas, os dois trios se aproximaram muito. Hermione já não se reprimia mais e considerava todos seus amigos, embora ainda se ressentisse um pouco com Draco. Rony não estranhava mais a presença dos sonserinos e por mais que odiasse admitir, gostava muito da presença dos mesmos. Ele não confiava 100%, mas já os considerava amigos. Com Pansy e Blaise não era diferente e até Draco estava gostando da presença dos amigos de Harry Potter embora o próprio Potter não estivesse falando com ele. Mas ele não aguentava mais, ia colocar um basta naquela situação que ainda o machucava toda vez que via Harry sendo frio com ele.

O plano já estava formado em sua cabeça que com a ajuda de Hermione ele colocaria em prática: O plano consistia em 4 fases: 1- Convencer Harry de ir até o armário de Vassouras, 2- Trancar Harry lá junto com Draco, 3- Draco abrir seu coração para o moreno e 4- Se tudo desse certo ele além de pedir desculpas iria se declarar para Harry.
Draco estava nervoso, mas tentou ficar o máximo de tempo possível sob controle. Pansy e Hermione chamaram Harry depois do almoço durante o intervalo e o conduziram para perto do armário.

Harry estava desconfiado, mas não ia falar nada pois quanto mais longe de Malfoy ele ficasse, melhor. Até que o inesperado aconteceu, Pansy e Hermione o jogaram para dentro do armário e ele escutou a porta ser trancada. Ele praguejou baixinho e gritou perguntando o que estava acontecendo, mas estremeceu ao ouvir a voz de Malfoy atrás de si.

-Harry: Que palhaçada é essa?

-Draco: Foi o único jeito que eu encontrei de você me ouvir, você não falou comigo desde aquele dia.

-Harry: Você já falou o suficiente, Malfoy. Não sou brinquedo para você me tratar como tal.

-Draco: Só me escuta, por favor.

-Harry: EU NÃO QUERO TE OUVIR! -Harry gritou e imediatamente vassouras voaram na direção de Draco. Draco se assustou ao sentir o poder inexplicável vindo do corpo de Harry, mas ao invés de simplesmente fugir ele não iria deixar Harry escapar. Foi rapidamente para perto de Harry e segurou seus ombros. Harry não suportou mais e desabou, caiu de joelho no chão segurando as lágrimas. Draco se sentou e o puxou para perto, que apesar de hesitar, se aconchegou no peito do loiro.

-Draco: Eu sinto muito por tudo o que disse a você, Harry. Fui um completo idiota e coloquei a culpa na pessoa errada. Eu sei que vai ser difícil você me perdoar, mas só me escuta pelo menos.- Draco acariciou os cabelos de Harry, que não respondeu mas suspirou o que incentivou Draco a continuar. -No ano passado me assumi gay para os meus pais. -Na mesma hora Harry o olhou em surpresa, por isso ele realmente não esperava, mas não interrompeu a história. -Como você sabe meu pai é fiel ao Lord das Trevas e queria que eu me tornasse comensal da morte, quando eu recusei ganhei uma boa punição. - Draco balançou a cabeça espantando as lembranças dolorosas do pai o punindo.- Ele simplesmente não aceitou minha vontade é só me tratou mais mal ainda depois de eu me assumir. No dia que eu te disse aquelas coisas minha mãe havia me enviado uma carta dizendo que eu iria receber a marca de comensal de qualquer jeito e isso me enfureceu. Você estava lá e descontei em você uma coisa que você não tinha e nunca teve culpa. Eu só estava com medo... medo do que eu me tornaria ao receber aquela marca, medo do que aconteceria a minha família e medo dos meus sentimentos. -Draco suspirou e olhou para Harry que o observava em silêncio. Tomou coragem e continuou.- Harry, eu sei que você está magoado com o que eu disse e eu também sei que você merece coisa bem melhor, mas eu não aguento mais guardar em mim algo que já está transbordando no meu peito.

Harry o analisou e esperou para que ele continuasse, mas nenhuma fala veio do loiro. O que veio foi algo muito mais surpreendente: um beijo. Draco juntou gentilmente os lábios dele no de Harry que apesar da enorme surpresa retribuiu segundos depois. O beijo era lento e até bem carinhoso, o que fez o coração de Harry saltar uma batida ou duas a mais. Harry estava em choque se perguntando se aquilo era real e desejando que se não fosse que ele não voltasse a realidade nunca mais. Eles se separaram lentamente e Draco olhou para Harry, tentando decifrar o olhar que o moreno tinha em seu rosto.

-Harry: A quanto tempo você quer fazer isso? -Harry havia finalmente se pronunciado, fazendo Draco ter um fio de esperança.

-Draco: Acho que desde o 4° ano para falar a verdade.
Harry sorriu e juntou novamente os lábios aos de Malfoy, que retribuiu imediatamente, dessa vez puxando Harry para seu colo. O beijo não foi muito diferente do anterior, mas agora era um pouco mais rápido e necessitado como se os dois tivessem medo daquilo ser apenas uma mera ilusão. Quando os dois se separaram por falta de fôlego, Draco perguntou finalmente o que queria perguntar.

-Draco: Você me perdoa, Harry?

-Harry: Eu ainda estou muito chateado, mas não consigo ficar bravo com você por muito tempo.

-Draco: Acredite é muito difícil dizer o que vou dizer agora, mas: Eu sei que você é uma pessoa incrível e merece alguém mais incrível ainda porém deixa eu te mostrar que posso te fazer feliz.

-Harry: O que você está me propondo?

-Draco: Estou te propondo uma aproximação. Uma maior do que amizade, talvez uma amizade colorida. Quero mostrar para você que o que eu sinto por você é realmente verdadeiro e se você achar que eu mereço, quero ser mais do que um amigo colorido.

-Harry: Tudo bem, eu aceito. Mas se você me usar eu juro que te mato. -Harry sorriu e Draco lhe deu um breve selinho e abraçou o corpo de Harry ainda sentado em seu colo. Ele sabia que iria precisar de muito mais do que aquilo para ficar com Harry, mas agora ele não tinha mais dúvidas: estava mesmo gostando do moreno de olhos esverdeados e a dor de pensar que nunca poderia tê-lo para si só confirmou isso.

Como se por mágica Hermione e Pansy adivinharam que eles já tinham se resolvido e abriram a porta e encontrando a cena fofa de Harry alinhado ao colo de Draco. Elas suspiraram e deram uma leve comemorada já imaginando o casamento dos dois. Os garotos se levantaram e seguiram para a aula, agora bem mais felizes do que duas semanas atrás.

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Amor inesperado. ~Drarry Место, где живут истории. Откройте их для себя