CAPÍTULO 27

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Uma coisa que aprendi nesses anos de jiu-jitsu, é a defesa pessoal. Não esperei nem mais um segundo e já dei um golpe no abdômen de seja lá quem estiver me agarrando. Puxei a mão em minha boca para baixo, a torcendo em seguida. Passe meu braço esquerdo por trás de seu pescoço, e enrosquei minha perna direita na sua, o jogando no chão em seguida, ficando em cima do mesmo. Tudo isso em menos de 3 segundos. Arregalei os olhos ao ver quem eu tinha nocauteado. 

- Para, Luna!- Osten disse em desespero, encarando-me assustado. 

- Mas que merda, Osten! Quer morrer?!- sai de cima do mesmo irritada. Que brincadeira besta, eu podia ter matado ele se quisesse!

- Minha nossa! Por um segundo pensei mesmo que ia. - sentou no chão, fazendo uma careta de dor- ai... - passou a mão no local onde acertei teu abdômen.

- Te machuquei?- perguntei preocupada.

- Bom, nada que gelo não resolva. - sorriu, sinto um alivio percorrer meu corpo. Ainda bem... -  mas vou ficar dolorido, com certeza. - riu. Revirei os olhos.

- Bem feito!- sorri convencida, estendendo a mão para Osten, o puxando para cima. 

- Hun... Violenta. - sorriu debochado. 

- Por que me chamou na biblioteca? E por que me puxou desse jeito?- cruzei os braços.

- Eu te puxei por dois motivos- levantou dois dedos sorrindo- Um, você tava indo para o lado contrário da biblioteca. Dois, era uma brincadeira, e eu me esqueci que você luta. - ri negando com a cabeça- vamos, tem uma pessoa te esperando.

- Hã? Quem?- começamos a andar.

Osten não disse nada, só sorriu olhando para frente. O mesmo me abraçou de lado, e ai meu coração disparou. Mas que merda! Para de ser emocionada, menina! Paramos na frente de uma porta, que Osten abriu em seguida. A biblioteca era enorme, e muito organizada.

- Willians?- Osten chamou atrás de mim, fazendo-me olha-lo.

- Aqui, Alteza!- voltei a olhar para frente, encontrando Josh sorrindo. 

- Vou deixar vocês conversarem. - Osten beijou minha bochecha e saiu, deixando-me com Josh.  

- Posso te abraçar, Luna?- pediu abrindo os braços, não pensei duas vezes antes de abraça-lo. 

Esse era um abraço familiar, um que eu passei anos desejando. Era o que eu precisei tantas vezes, quando me encontrava sozinha, com medo, triste... Saber que Josh está bem, foi um alivio imediato. Ele ainda estava aqui, comigo. Isso me confortava... Sem perceber, deixei uma lágrima escorrer em meu rosto.

- Eu senti tanto a sua falta... - sussurrou apertando-me mais em seu abraço.

- Onde você esteve?- perguntei me afastando, e limpando a lágrima solitária em meu rosto.

- Aqui, em Angeles. Tivemos que mudar algumas vezes, 4 pra ser exato. E nessas mudanças, eu acabei perdendo o contato com você... Passamos por dificuldades, Luna. Um dia você parou de atender e eu de ligar.

- Eu nunca parei, Josh. Meu pai, depois de você ir, mudou o número de telefone, não só uma, mais várias vezes... Eu achei que você estivesse morto, sei lá. Mesmo sabendo que você não atenderia, eu te ligava, mandava até cartas.  Cheguei a pensar que tivesse desistido de mim...

-  Nunca. Você é minha melhor amiga, lembra? Minha Luna, minha Luz... - segurou meu rosto com suas mãos- eu não deixei de pensar em você, um dia se quer. Eu imaginava como você estaria, se tinha outro amigo, se já era faixa preta, se tinha conseguido ficar mais linda- ri, Josh sorriu e continuou- nessa parte de ser linda, você se superou. Achei que era impossível uma pessoa ficar tão linda com o passar do tempo!- gargalhamos.

- Você também não fica pra trás- sorri debochada. Nos sentamos em um dos sofás que tinham ali.

- Como estão seus pais e Malu?

 Com essa simples pergunta, Josh conseguiu tirar-me o chão. Eu não sabia com contar a ele que meu pai morreu. Que tudo aconteceu na minha frente...

- Minha mãe e Malu estão bem... - engoli em seco, olhando minhas mãos.

- E seu pai?

- Ele... - peguei a mão de Josh, e o olhei- ele foi assassinado, há dois anos, Josh. Na minha frente- lágrimas caíram. Por que ainda dói tanto?- eu tentei entrar em contato com você e seus pais, mas...

- Luna... - Josh também já chorava. O mesmo não disse mais nada, só me abraçou.

Nós ficamos conversando por mais um tempo, até Josh ter que voltar ao trabalho. O mesmo me pediu desculpas por não poder estar comigo quando tudo aconteceu. Me contou que seus pais passaram por dificuldades em Angeles, depois de seu pai perder o emprego, na empresa que mais tarde faliu.

Contou como foi quando se alistou para a guarda do palácio. Perguntei a ele como ele deixou de ser cagão e ele me respondeu: " foi quando eu percebi, que não teria mais você pra me defender" Ri muito da sua conclusão, e de suas histórias... Foi assim que eu percebi, que não importa quanto tempo passe, nós sempre seremos melhores amigos...

Continua...

Eae, Kiridus!

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