Capítulo 5 - O Castigo

7 1 0
                                    

Como eu já havia dito antes, eu preferia sair durante a noite para manter a minha segurança em minha vida intactas. hoje eu resolvi fazer algo diferente, alguns amigos irão vir em casa e querem ter uma conversa, uma coisa no qual eu tinha saudades mas do que nítidas.
Me arrumei, almocei e agora estou vendo TV enquanto eles não chegam, minha família não está em casa, sou apenas eu meu cachorro, sendo ele o único ser vivo daquela casa que me entende. Depois de aproximadamente 2 horas eles chegaram, Fui até a saída da casa encontrar eles, ficamos alguns minutos na frente de casa conversando antes de entrarmos, enquanto conversávamos um carro preto passou rapidamente atrás deles, havia uma mulher dentro daquele carro que olhou fixamente para mim durante alguns segundos que conseguia ver seu rosto, eu me senti desconfortável E com uma sensação de que corria perigo. 
Entramos, aproveitamos cada segundo que tínhamos com a presença um do outro, conversamos sobre diversos assuntos, mas o meu assunto preferido sempre foi a cultura, principalmente a música, pegamos a nossa caixa de som onde colocamos as mais diversas obras para que pudéssemos aproveitar sua energia positiva, cantamos loucamente e nos abraçamos como se fosse a última vez. Foi um dia memorável, o dia no qual eu imploraria para que acontecesse novamente.
Ao anoitecer, levei os meus amigos para o portão, nunca gostei de despedidas mas aquilo era uma ocasião especial, me despedi com abraços, beijos e muitos chamegos. enquanto eles entravam no carro escutamos um carro acelerar muito, quando olhei para a minha direita aquele carro preto novamente apareceu para mim, ele veio na minha direção como uma flecha alcança seu alvo, foi tudo muito rápido e quando me dei conta eu já estava contra a parede com aquele pedaço de metal me partindo ao meio, gritei desesperadamente enquanto o carro se distanciava de mim e acelerou para nunca mais fosse visto. fui acolhido por todos aqueles que estavam presentes ele foi levado para o hospital às pressas, depois de alguns dias voltei para casa com apenas algumas diferenças, eu não posso mais andar.
Depois de 2 semanas tive coragem para sair na rua novamente, eu me locomovia com muita dificuldade, eu somente poderia sair de casa com uma cadeira de rodas, as minhas pernas infelizmente não puderam ser salvas, viraram migalhas ao serem prensadas contra a parede. parecia que o mundo havia escurecido, não conseguia imaginar outro dia a minha frente, o meu mundo havia acabado as minhas lágrimas corriam soltas todas as horas do dia.
No dia seguinte ao amanhecer, uma de minhas vizinhas veio até minha casa, junto com ela havia uma pequena carta no qual estava escrito o motivo de tanto ódio por mim, ela leu aquela maldita carta que foi assinada com apenas uma palavra “Castigo". Nesta carta descrevia tudo que essa mulher sentia por mim, o ódio que ela diz sustentar por muitos anos e que ela não aceitaria que eu fosse viver mais um dia, e que naquele momento declarou que eu sofreria um castigo por querer ser eu.
Em um momento de ódio e revolta, eu quebrei todos os meus instrumentos musicais, incluindo o meu violão favorito, eu não me sentia mais apto para usá-lo. tudo aquilo que eu mais amava foi perdendo o sentido, eu não enxergava as coisas com os mesmos olhos é apenas o meu quarto virou o meu mundo sombrio.
Eu não saía nem para a sala, eu me tranquei no meu próprio mundo eu não faria questão de sair de lá, além do mais eu não via mais motivos para querer aprender novamente a viver. Todos para mim pareciam pessoas ruins, eu não confiava mais em ninguém e eu só queria manter distância de todos que conheci.
Em um sábado qualquer, eu vi uma pequena batida na porta de meu quarto, perguntei quem era mas não obtive resposta e ignorei por imediato aquilo. A batida voltou e eu não pude evitar a minha curiosidade e fui abrir a porta e para a minha surpresa não havia ninguém lá, apenas o meu violão consertado como se fosse novo e nele havia uma folha no qual estava escrito “Sonhe, Viva e Realize”, peguei o violão e com muito esforço sentei na minha cama e comecei a praticar, e quem diria que depois de alguns dias depois de sofrer eu conseguiria compor uma das mais belas canções da minha vida.

Nem ele, nem elaWhere stories live. Discover now