[MDZS] Sweet Dream...

Procura

"Ando por aí querendo te encontrar
Em cada esquina paro em cada olhar
Deixo a tristeza e trago a esperança em seu lugar
Que o nosso amor pra sempre viva
Minha dádiva
Quero poder jurar que essa paixão jamais será

Palavras apenas
Palavras pequenas
Palavras .. Momentos"

Palavras ao vento - Cássia Eller

Em algum lugar

Seus olhos se abriram.

Aos poucos observando ao redor, a luz incomodava um pouco e sentia que os olhos estavam um pouco ressecados. Piscou algumas vezes, ajudando a visão a claridade do dia.

O céu foi a primeira coisa que foi vista.

Um azul sem limites.

Sentiu que poderia ficar assim durante mais tempo.

Mais um pouco.

E ficou.

A luz estava incomodando seus olhos.

Ahhh tinha que estar tão claro aqui?

Tentou cobrir com o braço, mas o mesmo não levantou, na verdade o pequeno movimento apenas o fez ficar mais consciente do seu corpo, ou do estado dele. Cada pequeno pedaço de pele, ardia em brasa, seus ossos pareciam esmagados.

Ohh tudo dói.

Na verdade, que péssimo lugar para tirar um cochilo realmente, deitado em meio a pedras grandes e brancas, o que ele estava fazendo, buscando sofrimento incondicional?

Já consciente do seu corpo, também ouviu o som de água.

Um rio.

Tentou novamente se levantar, porém uma dor forte de cabeça o fez se sentar.

Um zumbido se fez presente dentro da sua cabeça. Chacoalhando seus pensamentos mais caóticos. E depois, nada.

A dor de cabeça foi embora, tão rápida quanto veio. Ainda dolorido, se levantou para ir ao rio buscar água e lavar o rosto.

-" Ahhhhhh."

Tomou um susto com a imagem fletida.

A figura que o olhava de volta era...

Ele sempre foi assim?

Não era que fosse feio, na verdade, era uma grande beleza.

Sorriu para imagem refletida.

-" Ohhh... que bela figura." - Piscou um dos olhos para si. - "Olá bonitão. Como se chama? "

A frase dita em gozação aos poucos foi tomando sentido em sua mente. A grande beleza no rio foi ondulando, mudando a expressão para algo vazio e indiferente.

Como ele se chamava mesmo?

...

Fez um esforço e procurou qualquer pensamento que lhe desse uma dica.

Não lembrava.

A idade? Não lembrava.

Na verdade, não lembrava de nada.

A alma daquela pessoa agora era calma, sem tristeza e sem felicidade.

Sem história ou arrependimento.

Uma casca.

Olhou para o próprio corpo, não era ruim, realmente. Mas, haviam vários tipos de cicatriz, e uma que nem estava cicatrizada, ardia como um inferno. Em seu peito, havia uma queimadura.