capitulo 22

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       Lua

    Meu coração apertava na medida que o ponteiro do relógio na parede da cozinha se movia, fazia horas que Luísa  estava chorando e eu sem respostas e notícias de Anna e João Lucas. Minha respiração estava ficando cada vez mais pesada, sentia minhas mãos soarem e então a porta da sala se abriu bruscamente, fazendo com que eu e Lu levantasse num só pulo.

    Juca olhava pra gente com seu rosto vermelho e inchado, seus olhos passaram por todo o lugar e então ele correu pela casa como se procurasse algo, subiu as escadas pulando degrais até que voltou ao primeiro andar nos olhando preocupado.

    - Vocês estão bem? Cadê a Anna?? - falou ele preocupado

    - Eu pensei que ela estivesse com você, ela não me atendeu e nem respondeu minhas mensagens - Falei ficando preocupada, ele então pegou o celular e começou a ligar acredito que pra ela, na mesma hora meu celular tocou.

    Ligação on

    - Lua, Cadê os meus filhos? - Alice falou com a voz tremula

    - Alice? Eu.. o João está aqui, mas a Anna saiu e não responde as nossas mensagens, mas eu acho que ela deve estar chegando - Falei e pude escutar um soluço, ela estava chorando? Eu sem entender olhei pra João que ainda tentava ligar para Anna.

     - Lua, eu recebi uma ligação! Liguei com medo de ser trote ou alguma brincadeira de mal gosto.... - Pude escutar seu choro desesperado e sua voz embargada - Disseram que Anna Sofreu um acidente na estrada e que eu era o primeiro contato de emergência, Levaram ela para o Hospital daí.. por favor cuidado, e confirma isso pra mim estou indo agora praí - Disse Ela ainda chorando, senti meu coração errar a batida.. olhei para Juca que parecia preocupado ao me encarar

    -Ananda? O que foi?? Quem era?? - Disse ele vindo em minha direção

    - Era.. é.. Era sua mãe, disse que parece que.. a Anna sofreu um acidente e foi pro hospital - Falei engolindo o choro

     - O que?? Você ta brincando né?? Você Ta brincando?? Fala alguma coisa caralho - Disse João ficando nervoso, seus olhos encheram de lagrimas e então correu em direção ao carro, eu e Luísa que estava confusa com tudo aquilo apenas fomos correndo atrás entrando no carro

     João chorava enquanto dirigia, acho que nunca o vi daquele jeito. Parecia tão frágil, como se qualquer coisa que o tocasse o fizesse desmoronar em lagrimas.

     Chegamos ao Hospital, fomos correndo em direção a recepcionista que nos observava, atenta.

      - Oii, é minha irmã sofreu acidente e trouxeram ela pra cá.. foi um acidente de carro, nome dela é Anna García. - Disse João limpando o rosto

     - Oi, vi que deu entrada na emergência 5 vítimas de acidente de carro 3 mulheres e 2 homens.. vou pedir que alguém venha conversar com vocês - Disse a moça com um olhar piedoso, minha respiração começou a ficar cada vez mais rápida me fazendo ficar com falta de ar.

   Esperamos sentados na sala de espera, João chorava enquanto Luísa o consolava. Eu queria tanto chorar mas nada daquilo parecia fazer sentido, minha cabeça ainda estava na noite anterior quando ela estava deitada comigo, apenas nós duas pra eternidade.

   - Olá, Vocês estão a procura de uma jovem vítima de acidente de carro certo? - Disse um homem de uns 50 anos com seu jaleco branco

  - Sim, somos nós - disse João se colocando em pé

   - Bom, tem 3 mulheres  uma na faixa de 17 anos e outra na faixa de 20 e outra de aproximadamente 30 - disse ele olhando na ficha em sua mão - Quantos anos tem sua irmã?

   - 17 ela tem 17, somos gêmeos!- Disse João de prontidão

   - Poderia nos descrever sua irmã para eu poder ver se bate com a paciente? - Disse ele, Mas João começou a chorar

   - É.. ela tem cabelos castanhos escuros e liso, pele branca, olhos castanhos, mais ou menos 1,60 de altura e magra. Se ela saiu hoje de manhã com a roupa que dormiu ontêm, ela estava com um short braco de listras azuis e uma camiseta larga branca com uma rosquinha estampada - conforme eu falei senti meu coração palpitar e um nó em minha garganta se formar

   - as roupas parecem as mesma que tiraram da vítima, e as características físicas também batem - disse ele sério

  - Posso ver ela?- disse João em meio as lágrimas

  - Pode sim - disse o doutor, porém sua feição era de dó.. eu nunca quis tanto socar alguém como eu queria socar aquele Cara

  Alice apareceu na sala, seu rosto era de choro.. sua feição preocupada passou seu olhar em nós, e se dirigiu ao médico.

   - Como ela está?? - disse ela claramente preocupada

   - Olá, a senhora deve ser a mãe! Sou o Dr.Marcos Manzetti.. se quiser me acompanhar por favor - disse o Dr. E fomos todos o seguindo entrando no corredor onde podemos avistar portas que inaginei ser para os quartos de pacientes.

  Paramos de frente a porta 276, e o dr. Abriu a mesma nos dando passagem, Alice e João se mergulharam em lagrimas ao vê-la na cama, ela estava inchada, seu rosto machucado, ligada aos tubos e fios, seu corpo palido e sua feição vazia.. meu amor, o meu amor não estava mais ali.

   Senti meu coração apertar, meu estômago se revirou em uma cambalhota, o nó na minha garganta quase tão grande que não cosegui respirar.. vê-la deitada ali, tão fragil fez meu coração se despedaçar.. as lagrimas já caíam sobre meu rosto sem controle nenhum.

   - O que aconteceu com a minha filha?? - Disse Alice inconsolável

    - Infelizmente, os danos ao cérebro foi irreparável.. não conseguimos detectar nenhuma atividade cerebral, o coração dela bate, mas sua filha já não está mais ai.. vou dar um tempo para vocês - Disse o dr. Saindo do quarto

    Eu mal conseguia respirar, como assim ela não estava mais ali?? Como assim o coração dela batia?? Por que ela saiu de casa, por que ela me deixou sozinha ma cama?? Ela me prometeu, prometeu não me abandonar, Anna como você pode?? Como você pode me deixar depois de me fazer te amar tanto??

 

          Eeeeiii vocês meus leitores do coração, me desculpem por essa morte mas não desistam da história.. comentem o que estão achando dessa história!! Até o próximo cap. <3

De volta para casaWhere stories live. Discover now