Capítulo 10

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Mary Narrando

Finalmente terminou. Posso dizer que dar aulas é bastante cansativo. É difícil conseguir agradar a maior parte dos alunos.

Caminho até à sala de professores e encontro o tal Sebastian sentado num dos sofás, ando até ao mesmo e me sento do seu lado.

- Dar aulas é tão maçante. - Ele levanta sua cabeça em minha direção assustado (parece que não tinha dado por minha presença ainda, o que é estranho, Lobos normalmente sentem nosso cheiro, como nós o dele. E sim, eu descobri finalmente o porquê de reconhecer seu odor.)

- Estás custando a te dar com os alunos?

- Na verdade não, eu gosto de fazer tudo de forma diferente e mesmo assim eles não ficam satisfeitos. Dei uma redação para eles fazer e eu dei a oportunidade de votação. O tema era o amor. - Suspiro. - Começaram a reclamar e por isso eu desisti.

- Eles não são fáceis! - Sorrio.

- Realmente não. - Escutamos a porta, abrir e encontramos o diretor Jonas passando pela mesma.

- Excelente trabalho senhorita Mary, ouvi dizer que tens motivado imenso nossos alunos a ler Shakespeare. - (Eu?) - Vi um casal de alunos treinando uma parte da peça.

- Peça? - Ele acena.

- Sim, eles iam para uma parte em que aconteceria um beijo, eu logo pensei que fosse algo nada haver com português e já ia me impor.

- Impor, porquê?

- Isso é uma escola, não é permitido alunos agarrados por aí! - Acho que entendi o interesse dos alunos.

- Oh sim, já me lembrei. Eu mandei a turma A, ensaiar algumas peças do Shakespeare, por isso eles estavam se dedicando e estou muito feliz por ver que eles ficaram interessados. - Ele sorri.

-Realmente, notei um interesse nela.

- Posso saber quem seriam os alunos que estavam treinando? - Só porque eles vão gostar do que tenho em mente.

- Hm, penso que era a menina Sara e o Vicente. - Sorrio, os meus meninos cabulistas.

- Oh sim, muito potencial o deles. - Sorrio para ele e pego minhas coisas. - Bom, eu vou andando, está ficando tarde. - Ele concorda, olho para o Sebastian e aceno para ele. - Boa noite. - Saio da sala de professores e ando em direção a casa.

A rua está escura, apenas tem uma iluminação pequena das luzes que colocam ao longo do caminho. Posso dizer que se fosse humana sentia um certo receio em andar sozinha, mas com a minha condição vampírica, eu sei que minhas chances de proteção, são enormes.

Fico andando e quando finalmente chego em casa, abro a porta e encontro a Lorie.

- Boa noite, Lorie.

- Ah, minha felicidade se foi. - Fala cabisbaixa. - Pensei que finalmente terias desaparecido. - Incrível.

- Bom, desculpa estragar a tua felicidade, mas hoje não. - Ela fecha a cara e sobe as escadas.

Será que ela tem alguma paixão escondida por Nicolae? Eu não me admiraria, ela pode parecer uma criança, mas na verdade ela é uma adulta presa em um corpo de uma criança para sempre. Deve ser frustrante.

Ando até à cozinha e me encontro com o Nicolae falando no celular.

- Sim... Mas Viktor, mais uma mulher na casa?... Certo... Tudo bem. - Vejo ele encerrar a chamada.

- Boa noite. - Ele sorri.

- Mary, chegas-te tarde. Já estava ficando preocupado.

- Horários de professores é mais puxado que de alunos. - Falo me referindo a seus irmãos. - Eu sei que é falta de educação, mas ouvi um pouco da tua conversa ao celular, vai vir mais uma mulher? - Ele suspira.

Is it love? Nicolae Bartholy [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora