Capítulo 7

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Mary Narrando

- Bom, aqui estamos. - Peter comenta.

- É, não deve ser difícil. - Tento convencer a mim mesma.

- Claro que não verás qu... - Antes que o Peter termine, escutámos um assobio atrás de nós (viramo-nos).

- Peter Bartholy... andas escondendo uma jóia! - Um rapaz alto de olhos claros fala. Ele parece pertencer a algum grupo de jogos escolares.

- Loan, ela não é para o teu bico! - O garoto sorri.

- Vamos embora, Peter! - Mando.

- Calma, jóia. - Esse apelido está a me chatear.

- Garoto, eu não vou perder meu tempo com você! - Viro para Peter. - Vamos! - Ele acena e escuto uma gargalhada em nossas costas. - Quem era aquele? - Pergunto assim que entramos no edifício.

- Loan Huxley, ele é o típico rapaz que tem todas as miúdas a seus pés.

- Ah, um clichê. - Completo.

- É, acho que pode ser chamado disso mesmo. - Sorrio para ele.

- Bom, acho que é aqui que nos despedimos. Até mais, aluno.

- Até mais, senhora professora. - Rio.

Assim que vejo ele desaparecendo por entre os outros alunos, respiro fundo e ando até onde fica a sala dos professores. Bato na porta e entro. Lá já tem algumas pessoas.

- Boa tarde. - Eles acenam com a cabeça.

- Boa tarde. - Meus olhos recaem sobre um jovem alto, de olhos cor-de-mel. - É nova? - Aceno.

- Sim, tive a oportunidade de conseguir emprego em tão pouco tempo. - Sorrio e aperto sua mão. - Mary Mickaelson.

- Sebastian Jones. - Sorrio. - É professora de quê?

- Literatura.

- Estranho, nós já tínhamos professor de literatura. - Sorrio sem jeito.

- É, eu sei, mas o senhor diretor aceitou a minha inscrição. Ele falou que vai dividir as turmas entre nós.

- Oh sim, entendi. - Ele olha para mim e depois para a caneca em sua mão. - Ah... café?

- Bom, eu não gosto de café. - Escapo.

- Temos chá também. - Pelo menos eu tinha pensando que escapei.

- Na verdade, eu já tomei o pequeno almoço em casa.

- Ah sim, entendo. - Algo me diz que esse homem não é humano. - Venha, vamos nos sentar. - Aponta para o sofá. Ando até ao sofá e me sento. - Mudou-se para Mistery Spell? - Que homem curioso.

- Sim, estou morando na casa do meu noivo. - Melhor começar a espalhar a história.

- Hmm, entendi. - Algo me diz que ele ainda vai perguntar muito mais. - Mistery Spell é uma cidade pequena, se calhar conheço seu noivo.

- Pois, se calhar...

- Qual o sobrenome da família. - Invasivo, demasiado invasivo (E esse odor).

- Bartholy! - Assim que eu digo o nome, seu olhar muda drasticamente.

- Oh sim, bom, tenho que ir. - Se levanta de repente (franzo o cenho). - Gosto de chegar pontualmente em minhas salas de aula e está prestes a tocar.

- Claro, sem problema. - Sorrio. - Prazer, mais uma vez.

- Ele é todo meu. - Ele anda até à prateleira de manuais e pega a sua suposta pasta.

Bom, eu também gostaria de ir dar a minha aula, mas eu nem sei a sala. Me levanto e vou até ao gabinete do diretor. Bato na porta e entro.

- Com licença. - Vejo ele sorrir, meigamente (entro). - Bom, eu gostaria de saber, em que salas vou dar minhas aulas, o senhor não mas deu no dia que vim fazer a inscrição.

- Pode me tratar por Jonas. - Sorrio. - E aqui está a pasta. Espero que tenha um excelente primeiro dia de trabalho.

- Obrigada. - Me levanto. - Com sua permissão. - Ando até à porta e saio.

Agora é só encontrar a sala. Dirigi-me pelos corredores, em busca dessa mesma sala e é aí que eu encontro a mesma. Opto por não me sentar na mesa de professores, quero fazer uma brincadeira antes.

Ouço a campainha tocar (Bem na hora). Vejo todos os alunos entrando na sala.

- Gente, onde está o professor Martim? Ele não costuma se atrasar. - Escuto uma menina dizer.

- Mas Ana, não soubeste? Teremos um professor novo.

- Belo exemplo, seu primeiro dia de trabalho e já vem se atrasando! - Um garoto comenta (Contenho uma risada). - Olá, moça. - Olho para trás. - És nova aqui?

- Sim, sim. - Me levanto indo até aquele grupinho.

- Bom, então melhor andares com a gente, sabe, temos sempre forma de enganar os professores com cábulas e tudo mais. - Sorrio. - Nunca fomos pegos.

- Uau, isso é incrível. - Ele sorri.

- Mas porque não tens uniforme? - A menina de cabelo castanho e morena fala.

- Ah, isso. - Começo a andar até à mesa dos professores. - Isso é porque eu sou vossa nova professora. - Vejo a boca de todos cair (especialmente a do grupinho das cábulas). - E podem estar calmos, que eu não me importo com quem faz cábulas. - Sorrio. - Bom, vou me apresentar. - Me sento em cima da mesa com minha caneta na mão. - Sou a Mary Mickaelson, vossa nova professora de literatura.

- Professora? - Vejo a mesma menina que perguntou pelo o meu uniforme levantar a mão.

- Ah mais uma coisa, nas minhas aulas não será preciso levantar as mãos para falar e podem me chamar de Mary. Pode continuar menina...

- Sarah! - Aceno. - Porque o professor Martim foi substituído?

- Foi porque tínhamos que dividir as turmas.

- Mary, você é uma daquelas professoras que deixam sair mais cedo no primeiro dia de aulas? - Começo a rir.

- Sim, eu sou desse tipo. Apenas quero saber se estão todos presentes?

- Sim, estamos todos.

- Então podem ir para suas vidinhas. Nos vemos na próxima aula.

Todos eles se levantam e saem. Começo marcar a presença de todos e logo que termino. Preparo tudo para a outra aula, outra brincadeira.

Is it love? Nicolae Bartholy [CONCLUÍDA]Where stories live. Discover now