Anelie e Anabelle possuem a mesma cor de cabelos e olhos, o mesmo tom de pele, a mesma idade e data de aniversário. São gêmeas idênticas, totalmente diferentes. Enquanto uma se mantêm nadando em dinheiro e esbanjando luxo, a outra trabalha arduament...
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- Eu tive a melhor noite de sono da minha vida! - Suspiro feliz enquanto coloco meu avental pronta para começar à trabalhar. - Eu acho que nunca acordei depois das dez. -Digo pensativa. - Foi incrível! - Beatrice me olha serena e aliviada.
- Se prepare para a melhor fase da sua vida, chica.
- Eu nem sei como te agradecer, Trice... Sério. Eu realmente não sei o que seria da minha vida sem você.
- Eu que não sei o que seria da minha vida sem você! - Eu estou em frente a pia arrumando a louça então minha amiga me abraça por trás, envolvendo os braços na minha cintura e encostando a cabeça nas minhas costas. Um abraço forte e rápido. Eu amo os abraços da Beatrice porque são sempre recheados de amor.
- Tem certeza de que o John não vai descontar do nosso salário por entrarmos depois das treze?
- Fica tranquila, eu já disse que não. O primo dele ficou aqui com ele na parte da manhã. - Nossa atenção é voltada para o sininho na porta que avisa quando um cliente chega. E como de costume, é ele... O grande Devin J. Quando ele nos olha ele disponibiliza para nós, meros mortais, seu sorriso lindo de sempre. - Você já está batendo carteirinha por aqui, deveríamos criar um lanche com o seu nome. - Beatrice diz divertida. O homem dos olhos pretos concorda rindo. O riso dele é gostoso de ouvir.
- Pode ter certeza que será o mais vendido, gatinha. - Gatinha. Ouvir Devin J pronunciar esse apelido para Beatrice me deixa desanimada. Ele me chamou assim na primeira vez em que veio aqui e eu, de alguma forma, me senti um pouco esperançosa... Mas agora eu tenho a constatação de que ele chama todas assim e isso não significa nada. Talvez ele nem tenha me achado gata de verdade.
- O que vai ser? - Ela pergunta.
- O mesmo de sempre! - Bacon a milanesa e fritas.
Quando Trice termina de anotar o pedido dele, ela coloca a caneta em sua boca, mordendo a tampinha azul. Rapidamente pergunta: - Você vai estar livre essa noite? - De imediato, eu estranho essa pergunta repentina. Ele, ao contrário de mim, apenas dá um leve sorriso.
